Continuando nossa viagem pelo Ceará e imediações (vide relato inicial - Jericoacoara aqui), acordamos na Pousada Siriara, em Fortaleza, para tomar nosso café da manhã e seguir para Ubajara, nas Serras Nordestinas. Tomamos um bom café da manhã, com pão francês, frios, um tipo de suco, frutas,
café e leite.
Seguimos
então em direção à Ubajara, em uma viagem de quase 5h. Chegando lá, achamos uma
padaria bem bonitinha que servia almoço self service por 9 reais por pessoa. A
comida era muito boa e perguntamos à atendente se havia agências de turismo no
local e ela disse que não e que as informações eram no boca a boca. Perguntamos
sobre o bondinho e ela nos disse que não estava funcionando.
Então
decidimos ir pra Tianguá ver se lá havia alguma agência de turismo mas também
não encontramos nada e os moradores que perguntamos falaram que não havia
nenhuma na cidade.
Pensamos
então em ir na prefeitura e embora lá houvesse um aviso de que o atendimento ao
público era até meio dia, entramos e logo achamos a secretaria de turismo onde
duas mocinhas super simpáticas nos atenderam e disseram que a maioria das
cachoeiras da cidade estava seca. A cachoeira da floresta, que havíamos visto
as fotos e nos interessado, elas disseram que pertencia ao hotel Serra Grande
mas que ele foi vendido e o comprador comprou só o hotel, sem a reserva
ecológica.
Nos
indicaram alguns passeios de artesanato, casa dos licores e o Sitio do Bosco (site aqui).
Fomos então
em direção ao sítio do bosco, porém a rodovia estava interditada pois estava
passando umas hélices de gerador eólico.
Então
voltamos e paramos no Serra Grande para maiores informações e o atendente nos
deu o nome e o telefone de quem estava guiando lá.
Como nada
estava dando certo, optamos por ir na pousada sítio do alemão, que havíamos
pesquisado previamente e sabíamos que ajudava nos passeios. Assim fizemos.
Chegando lá, encontramos um alemão muito gente boa e com excelente português.
Realmente ele confirmou que a cachoeira do frade estava seca, pois ela vinha de
um açude que fecharam a saída por falta de chuva nos últimos anos.
A pousada é
ótima pra quem gosta de natureza, não tem frigobar (só tem no chalé com dois
quartos), não tem TV e é bem rústica. O valor era bom, R$80,00 o casal e
decidimos ficar (para mais detalhes acesse o link da pousada)
Então ele
nos sugeriu ir ao mirante da própria pousada, uns 10 min de caminhada. No caminho vimos quatis e no mirante macacos prego. O mirante é lindo,
só não foi melhor porque o pôr-do-sol não podia ser visto de lá (o sol se punha
no lado oposto). Paisagem linda.
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Vista do Mirante na Pousada do Alemão |
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Vista do Mirante na Pousada do Alemão |
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Vista do Mirante na Pousada do Alemão |
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Vista do Mirante na Pousada do Alemão |
À noite
fomos jantar no Yama e pedimos um frango e uma salada, ambos excelentes. Só a
batata cozida da salada que não estava muito gostosa, de resto tudo ótimo.
Fomos
dormir pois no dia seguinte a caminhada seria longa no parque nacional.
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Detalhe da Névoa que Cobre a Região pela Manhã. O Orvalho na Madrugada Parecia Chuva! |
No dia
seguinte, acordamos, fomos tomar café (que por sinal é excelente, cheio de
mimos como geléias caseiras, frutas do próprio local, etc) e só então
percebemos que os outros hóspedes (franceses) já tinham terminado o café....
Achamos estranho e fomos tirar uma foto para conferir a hora e só então
percebemos que estávamos 1h atrasados!!!! Por algum motivo o celular ficou
doido e desconfigurou a hora. Nossa, que vergonha.... Pedimos ao dono da
pousada pra começar o café às 7:30 (geralmente começa às 8h), combinamos esse
horário com os franceses, que iriam fazer o passeio do parque conosco e
chegamos no café às 8:30h!!!! Nossa, que vergonha....
Bem, os
franceses falaram que iam começar o caminho a pé e que a gente os encontrava no
caminho. Então tomamos café correndo e fomos para o parque. Umas 8:50h já
estávamos lá na portaria, onde ficam os guias que são contratados na hora
mesmo.
Existem
várias opções de passeio. A com menor caminhada é ir e voltar de bondinho até a
Gruta de Ubajara, porém atualmente não é possível fazer esse passeio pois o
bondinho está quebrado e sem previsão de conserto........
Também há
os passeios com nível médio de caminhada, que não vão até a Gruta, como a
Trilha da Samambaia (Mirante ou Cafundó).
E por fim
pode-se fazer a Trilha completa(Samambaia/Cafundó/Gruta de Ubajara), que foi a
que fizemos. Os preços variam de acordo com o número de pessoas no grupo e
tamanho da trilha. Nós pagamos o menor valor, em um grupo de 6 pessoas, que é R$30,00
por pessoa. O trecho completo fica 15,00 por pessoa em grupos com mais de 5
pessoas e como tivemos que fazer ida e volta ficou dois trechos de 15 reais, ou
seja, R$30,00 por pessoa - com uma trilha total de 14km. Antigamente o pessoal
ia a pé e voltava de bondinho, neste caso, a trilha era de 7km.
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Placa Indicativa das Trilhas |
Nosso
passeio se iniciou às 9h e terminou às 16h. Logo no começo passamos por um
mirante onde se vê o paredão e a cachoeira do cafundó. Quando se está em época
de chuva, se avista 3 cachoeiras no paredão. A trilha de ida é mais descida e
força um pouco o joelho.
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Visão Esplendorosa do Mirante |
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Cachoeira do Cafundó, Única das Três Cachoeiras ainda com Água |
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Córrego que Passa Logo Abaixo do Mirante |
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Detalhe do Mirante e sua Localização Privilegiada |
O caminho é
lindo e no trajeto cruzamos com alguns burrinhos, que segundo o nosso guia
André, a trilha é utilizada pelos moradores de Araticum para levar os sacos de
carvão até Ubajara, num total de 10km.
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Simpático Burrinho Voltando de Ubajara para Araticum |
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Cruz no Meio da Trilha, Onde Antigamente (~1960) se Iniciava uma Via Sacra a Partir Desse Local |
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Marcação da Trilha |
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Cachoeira do Cafundó, Vista Agora por Baixo |
Em 3h
chegamos à gruta de Ubajara. Ela está bem destruída, toda pixada, com algumas
formações quebradas, há iluminação na gruta, enfim, pra quem conhece a Chapada
Diamantina, essa deixa a desejar. Ficamos em torno de 40min dentro da gruta,
apreciando as formações e os morcegos.
No parque
existem 11 grutas no total, porém somente esta é aberta a visitação. Em uma
delas até acharam um fóssil de urso.
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Paisagem do caminho |
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Vista do paredão em frente à Gruta de Ubajara, onde há as outras grutas |
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Detalhes da gruta toda pixada |
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Imagem que restou da época em que a gruta era "igreja" |
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Piso da "gruta-igreja" |
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Estalactites da Gruta |
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Uma pixação bem no interior da gruta, indicando o local por onde passar |
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Mais estalactites |
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Visão da sala |
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Formação em formato de rosa, que dá nome à sala |
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Artrópode encontrado dentro da gruta |
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Formação que ao fazer a iluminação atrás, aparenta ser uma mãe com seu filho no colo - Lindíssima!!!! |
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Restos mortais de um morcego, provavelmente comido por outros |
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Mais um artrópode dentro da gruta |
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Formação chamada de presépio |
A volta é
bem mais cansativa, com muita subida, exigindo bastante do coração. Após umas
2h chegamos na parte superior da cachoeira do cafundó, onde paramos para banho.
Depois de nadar um pouco dá uma recuperada no fôlego e fica melhor a volta.
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Mirante que subimos na ida, avistado bem de longe |
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Parte superior da cachoeira do Cafundó, onde paramos para banho |
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Visão da parte superior da cachoeira do cafundo, emoldurando esta linda paisagem |
Chegando de
volta à entrada do parque, paramos na lanchonete do local e tomamos uma água de
coco pra recuperar as energias. Decidimos então, juntamente com os franceses,
ir em um mirante indicado na folha de sugestões da pousada. A trilha total, ida
e volta dá 1,5km e o mirante é lindo, uma vista espetacular.... (Trilha GPS acesse aqui no wikiloc)
Ficamos
admirando a paisagem, já que o sol se põe no lado oposto e não pode ser
apreciado.
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Vista apreciada da "pedra-mirante" |
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Vista apreciada da "pedra-mirante" |
Voltamos ao
anoitecer e decidimos ir à churrascaria brilho da lua, pois a francesa nunca
tinha comido o churrasco brasileiro. Eles adoraram, nós infelizmente não. Não
se compara ao churrasco do sudeste e muito menos do sul. Mas o atendimento e o
preço são excelentes!!!!
Voltamos à
pousada para no dia seguinte partirmos para 7 cidades.
Site do
parque para maiores informações:
http://www.icmbio.gov.br/parnaubajara/guia-do-visitante.html
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