segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Uruguai - Grutas del Palacio - Carmelo - Colonia de Sacramento


Dia 8 - Sábado - Grutas del Palacio e Carmelo


No dia seguinte tomamos café, fizemos check out e pegamos estrada rumo a grutas del palacio, uma formação geológica única, reconhecida pela UNESCO, sendo uma formação geológica rara.
Gastamos quase 4h de Montevideo a grutas del palacio, sendo uns 40km de terra.

Chegamos ao lugar às 13h e a próxima visita seria às 13:30h. Na cafeteria do lugar não tinha quase nada para comer, pois é um período de baixa temporada para eles. Só tinha algumas coisas doces. Comemos um biscoito recheado, a 25 pesos uruguaios o pacote e logo se iniciou a visita.
A visita tem um custo de 50 pesos uruguaios por pessoa e dura aproximadamente 1h no total.
Primeiro assistimos um vídeo explicativo, depois um pequeno museu do local, com algumas rochas do Uruguai e em seguida vamos às grutas. Quem não pode caminhar pode ir até a atração de carro.


Fomos caminhando, uns 500m aproximadamente, bem tranquilo a caminhada, com algumas placas com os períodos de formação do planeta.
As guias que estavam lá eram muito simpáticas... Nos deram até um mapa com as estradas do Uruguai e um livreto com as atrações do país.
Nos explicaram o melhor caminho de volta, lugar para comer e etc.

As grutas del palacio em si não é nada demais... Apenas é interessante pra se conhecer uma formação geológica diferente... Mas se estiver com pouco tempo, não é nenhuma atração imperdível... E é longe de tudo... Mas como nos gostamos de natureza e coisas diferentes, foi interessante.... É muito louco imaginar que tudo aquilo foi feito pela natureza e coexistiu com os dinossauros!

Vista Aérea das Grutas a partir de um Mirante


Detalhes do Interior das Grutas

Fachada do Local

Mapa Explicativo do "Ciclo de Vida" das Colunas


Pegamos estrada para nossa próxima parada: Carmelo.

Após uns 30 min de estrada chegamos ao parador sarandi. Acredito que este tenha sido o único lugar verdadeiramente uruguaio que comemos. Pedimos uma parrillha, uma salada e uma massa. Tudo muito bom!!! O preço é relativamente caro, 1000 pesos uruguaios por casal aproximadamente.
De lá até Carmelo foi mais 3h de viagem.

Uma bela churrasqueira

Em Carmelo ficamos hospedados no Spazio sarandi, um Airbnb maravilhoso! Enquanto esperávamos o horário marcado de nos encontrar com a Valéria (que nos receberia no Airbnb) demos uma passeada pela cidade, conhecemos a praia de rio deles (formada pelo Rio da Prata e não é nada convidativa para nós, pois a água é muito escura).

Chegamos no Airbnb e havia uma garrafa de vinho de cortesia, muitas coisas de comer na cozinha (não precisa repor nem pagar adicional) e no banheiro tinha shampoo, condicionador, sabonete, modes, etc... Enfim, melhor anfitrião de todos os tempos! O lugar em si também é ótimo, ar condicionado em todos os cômodos, cozinha boa, cama boa, enfim, perfeito. Reservas aqui.


Quarto com cama de casal

Quarto com cama de solteiro (são dois ao todo)

Banheiro Enorme do Apartamento

Cozinha Completíssima - Tinha muito alimento cortesia nos armários, até biscoitos e um vinho!!!

Sala bem espaçosa e com TV


À noite fomos jantar no Piccolino, que fica na praça principal. Aqui deu pra sentir a diferença de Montevideo e Punta del este... A conta saiu 600 pesos uruguaios por casal! Muito barata comparada aos outros lugares que comemos no país. Pedimos uma salada e uma pizza e estava ótimo! Aliás, foi o primeiro lugar com uma salada de verdade, bem completa....

Um de nós não aguentou e pediu um farto Chivito no Pão



Dia 9 - Domingo - Carmelo (Vinícolas) e Colonia del Sacramento

Carmelo basicamente se resume em dois programas: curtir os resorts e spas de luxo que têm lá ou fazer a rota do vinho... Como não é pro nosso bolso os resorts, optamos pela segunda opção.
Nossa primeira parada foi ns Campotinto, uma vinícola de 160 anos.
Há 3 opções de degustação:
Degustação Premium, 380 pesos uruguaios por pessoa, que inclui o medio a medio, blend de tanat com Merlot e blend de tanat com cabernet.
Degustação de vinhos alta gama a um preço de 420 pesos uruguaios por pessoa.
Degustação completa: todos os rótulos por 740 pesos uruguaios por pessoa.
Esta vinícola possui o segundo melhor tanat do Uruguai. O tanat icono 2017, porém ele não entra em nenhuma degustação pois são produzidas apenas 300 garrafas por ano, então há apenas garrafas para venda, a um custo de 1400 pesos uruguaios a garrafa.






Quadro Decorativos do Local
Escolhemos a degustação alta gama, que inclui:
Viognier, um vinho branco jovem. Como o terreno de lá tem bastante cal e argila, permite que esse vinho seja mais frutado.
1 tannat jovem, que não passou pelo carvalho. Neste caso a fermentação é feita lentamente a baixas temperaturas e as uvas são uvas que ficaram em um pé que comporta 4kg de uva por planta para se ter um tanino mais equilibrado. Entre dezembro e janeiro, enquanto os cachos já estão formados, porém ainda pequenos, corta-se alguns cachos, para os que fiquem se concentrem em açúcares e amadureçam os taninos.
Um tannat reserva, onde 50% do vinho passa 12 meses em carvalho americano, sendo os outros 50% de tannat jovem.
Um tannat Gran reserva, onde 80% do vinho passa 8 meses em carvalho americano e 7 meses em carvalho francês.
Uma informação interessante que aprendemos lá: o nome tannat vem de tanino, pois é a uva com maior concentração de taninos dentre as uvas.

Detalhe dos Rótulos Escolhidos


Nossa segunda parada foi na Almacen de la Capilla.
Nesta vinícola não é possível fazer a degustação sem reserva. Só havia vaga para depois das 15h. A degustação é de apenas um tipo, que inclui uma tábua de frios e custa 900 pesos uruguaios por pessoa. 
Neste caso, no cardápio havia a opção de uma taça de vinho por 100 pesos uruguaios. Então escolhemos 3 taças, uma de cada vinho que mais nos atraiu: Um tannat rosé, um tannat roble e um cabernet Sauvignon. Como não fizemos a reserva, não tivemos a explicação de cada vinho, como é produzido, etc... Porém nos deixaram conhecer a vinícola. O local é bonito e as mesas onde são feitas a degustação ficam debaixo da parreira, enfim, parece ser legal.


Um Lugar bem Bonitinho

Saindo de lá fomos para a vinícola El legado, que possui esse nome pois o pai havia comprado as terras em 1960 com o propósito de fazer uma vinícola, porém a esposa arrendou por 20 anos para a vinícola Irurtia e só depois disso o filho "desarrendou" e construiu a vinícola, cumprindo o legado deixado pelo pai... Legal né? Hehehe
Nesta vinícola fomos extremamente bem recebidos. Mesmo sem reserva, conhecemos o vinhedo, nos explicaram a produção, que é totalmente artesanal, tudo com extrema simpatia.
Nesta vinícola são produzidos apenas 3 rótulos, um syrah reserva que passa um ano em carvalho, um tannat reserva também um ano em carvalho e um corte tannat e syrah gran reserva, onde os dois vinhos que passaram um ano em carvalho são misturados e passam mais um ano em carvalho. O interessante desta vinícola é que como a produção é pequena (8000 garrafas por ano) e totalmente manual, o proprietário experimenta cada vinho e dependendo de como está ele coloca no carvalho americano ou francês, sendo que via de regra o tannat fica em carvalho francês.
A degustação dos 3 rótulos custa 25 dólares por pessoa incluindo tábua de frios, e apenas os vinhos sai 15 dólares por pessoa. Pegamos a degustação sem a tábua, mas mesmo assim nos trouxeram azeitona com amendoim... Hehehe.
Há também a opção de almoço mediante reserva por 60 dólares por pessoa. E também a degustação Premium por 40 dólares por pessoa, que é com tábua de frios e vinho livre.
Sem dúvida essa foi a vinícola que mais nos agradou, principalmente pela simpatia com que fomos recebidos.


Mapa feito com Rolhas Acima e Tonéis de Carvalho Abaixo
Rótulos Degustados

Mesas para Almoço e Detalhe dos Cômodos Preservados
Por fim, fomos na vinícola Irurtia.
Lá a visita guiada com uma taça de vinho inclusa sai a 200 pesos uruguaios por pessoa. A taça pode ser do vinho que quiser e a visita ocorre em horários específicos: todos os dias às 11h e às 15h.
Há também a opção da degustação de 3 taças com tábua de frios por 25 dólares por pessoa.
Como chegamos próximo das 15h, fizemos a visita guiada e enquanto esperávamos nos forneceram uma taça a mais de suco ou espumante. Experimentamos o suco de uva com mirtilo (arandalo) e é divino. Os vinhos nessa vinícola são bem mais baratos...
Réplica da Garrafa Original Acima e Detalhe da Placa do Estacionamento bem Amplo - Devem Receber Muitos Visitantes em Alta Temporada
A produção é maior, chegando a 1 milhão de litros por ano, sendo que a vinícola possui 150 hectares de vinhedo. A produção em larga escala ajuda a reduzir os custos, diminuindo o preço do produto final.




Parte Externa e Interna da Loja - Há Propaganda de Vários Negócios da Família


 A visita é feita percorrendo as instalações da fábrica e a explicação é muito boa...
A fermentação do vinho tinto ocorre de 18 a 24 graus e a fermentação do vinho branco ocorre a 14 graus, e portanto é feita apenas em tanques de inox.
Sendo que o processo de fermentação dura 15 dias no vinho tinto e 20 no branco.
Os vinhos tipo Reserva passam 1 ano em carvalho e os Gran reserva 18 meses em carvalho, sendo que os Gran reserva de tannat passam 2 anos.
Os vinhos tintos são feitos em tanques de concreto, o que já não é mais utilizado nas vinícolas que visitamos anteriormente em Bento Gonçalves (vide relato aqui).

Detalhes da Parte Histórica da Vinícola - Acima Carro de Transporte e Abaixo Barrica Antiga com Foto dos Pioneiros
Em 1913, o primeiro Irurtia, que veio da Espanha, comprou a fazenda e começou a 1a produção. Mas foi apenas na 3a geração que se iniciou a melhoria dos vinhos com uvas europeias e nesta ocasião a vinícola chegou a ter 500 hectares de Vinhedo
Foi bem legal a visita, embora a fábrica pareça estar um pouco decadente, foi interessante a visita. De tempos em tempos, eles fazem um jantar, servido com vinhos antigos deles, que não estão a venda... Caso alguém se interesse, eles publicam na página deles do Facebook.
Há Muita História nessa Vinícola
No almoço voltamos ao restaurante Piccolino, pois a comida é ótima, o preço bom e o atendimento excelente!
Saímos para Colonia del sacramento, já estava próximo das 17h e o caminho foi tranquilo e gastamos aproximadamente 1h.
Em Colonia del sacramento ficamos hospedados no Hotel Esperanza & Artemisa Spa. O hotel é bem antigo, com box de cortina, mas dá pro gasto.
Detalhes do Quarto e Banheiro do Hotel. Instalações bem antigas, sem estacionamento, mas o hotel é muito bem localizado


Em Colonia del sacramento o que é interessante é caminhar pelas ruas.... Em uma caminhada de 2h conhecemos as principais atrações da cidade, como o farol, a calle de los suspiros, o portão da cidade, as praças...
Pegamos o pôr do sol lá e com isso vimos tudo de um jeito diferente, com cores diferentes, foi bem legal!



 
Ruínas da Casa do Governador

Basílica por fora e por dentro


Mar da Prata - Ponto bem Próximo da Argentina


A famosa Rua dos Suspiros - História Triste por Trás do Nome (onde eram levados escravos para serem executados)


Com a chegada da noite a cidade fica ainda mais simpática!

Lembra muito as cidades históricas do Brasil, pois lá foi uma cidade portuguesa também... Então é o mesmo estilo de rua calçada, com as construções como em Porto Seguro, Paraty, etc...

O bacana é que ainda pegamos uma apresentação de Candombe. Lembra lá do que falamos do El Milóngón? Então, essa foi bem mais espontânea (e comprida, deram uma volta completa na cidade). A gente viu da rua e depois da sacada do hotel...

Pessoal do Candombe - Parece um pouco uma bateria de escola de samba

Vídeo do Desfile - Tem até uma Comissão de Frente!


À noite fomos jantar no Picasso Restobar, onde comemos uma pizza pra dois com refresco por 600 pesos uruguaios.

Pizza do Picasso Restobar



Dia 10 - 2a. Feira - Colonia del Sacramento

No dia seguinte acordamos e demos mais uma caminhada de 2h por Colonia del sacramento. Com isso visitamos os locais que estavam faltando e conseguimos subir no farol, pois no dia anterior já estava fechado. O farol tem um custo de 30 pesos uruguaios para subir e a vista lá de cima é bonita, mas como fica muito lotado e o lugar tem o teto meio baixo, dá uma certa aflição de subir...

Panorâmica do Alto do Farol


Portal da Muralha acima e detalhe da Muralha da Cidade

Mapa da Antiga Cidade Feito no Tradicional Azulejo Pintado Português


Um dos moradores da cidade vendo o trânsito de turistas


Ao meio dia saímos para Punta del este, sendo uma viagem bem demorada.... Chegamos em Punta por volta das 17:30h, parando pra comer no restaurante La Cantina, que fica no km 32 da Ruta 1. Pedimos um chivito para dois e estava muito bom.... Não tão gostoso como o do Lo de Pepe no mercado agrícola de Montevideo, mas muito bom para um restaurante de beira de estrada... A conta ficou R$ 100,00 por casal, incluindo refrigerante.
Esse foi o primeiro restaurante que o garfo e faca vieram protegidos - o normal é tacarem em cima da mesa (limpa ou suja rs)