terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bahia - Chapada Diamantina (quinta parte) - Trajeto Mucugê-Lençois, Morro do Pai Inácio, Gruta da Lapa Doce, Gruta da Fumaça, Gruta da Torrinha (hospedagem em Lençóis)

Fim de tarde e seguimos viagem para Lençois. NOTA: Havíamos visto no Mapa da Chapada que (guiachapadadiamantina.com.br/mapa-do-parque) que havia uma estrada que ligava Andaraí até Lençóis,  mas no folder que pegamos em Mucugê, que está no retalo: http://umamordeviagem.blogspot.com.br/2013/12/bahia-chapada-diamantina-primeira-parte.html, estava escrito que essa estrada é off-road e graças à Deus perguntamos dela para nosso Guia da Fumacinha (o Tálisson), pois essa estrada é para impraticável para carros comuns (com 33Km), já que exige travessia de rios, atoleiros e tudo mais que queríamos evitar. A estrada correta é de asfalto e tem 150 Km de distância (contando o trecho de BR242 e estrada de Lençóis).
Ao chegar em Lençóis percebemos que é completamente diferente das outras cidades da Chapada que ficamos. O clima é mais quente, a cidade estava lotada e tudo parecia uma grande festa (lembrando que era dia 30, véspera de Reveillon).

Noite em Lençois, muitos barzinhos, muitos gringos....

Fomos ao Hostel reservado, o Chapada Hostel. Contatos:
Notamos que em Lençóis é difícil de se locomover de carro, já que as ruas são estreitas. Também não é possível estacionar em todas as ruas, então tiramos as malas e paramos em uma igreja perto do Hostel.
Não gostamos do clima do Hostel da Chapada. Esperávamos encontrar aqui atendentes solícitos, e o que encontramos foram pessoas querendo que pagássemos logo o saldo restante (eram R$ 60,00 pois já havíamos depositado com antecedência mais de 95% do total de hospedagem). Além disso foram meio ríspidos quando perguntamos se podia ser no cartão, indicando que esse saldo tinha que ser em dinheiro. Eles tem uma pasta com todos os passeios que oferecem, com isso notamos também uma certa hostilidade quando estávamos no café da manhã auxiliando outros hóspedes a se orientar com o App para Android que havíamos baixado. Enfim, escolhemos o Hostel justamente porque achávamos que nele poderíamos trocar ideia com os outros hóspedes e podermos organizar juntos nossos passeio, mas era justamente o contrário. Vale ressaltar também que pelo valor de diária cobrada, a instalação é muito simples. Acreditem ou não, mas as pousadas Pousada do Capão e Pousada Mucugê eram MAIS BARATAS E INFINITAMENTE MELHORES...

Teto do quarto privativo, havia um véu para não cair sujeira do telhado (nem forro tinha)

Banheiro do quarto privativo

Banheiro do quarto privativo

Quarto privativo


Nessa noite fomos jantar no restaurante indicado pelo Hostel (que diziam termos 5% de desconto por estarmos hospedados aqui) chamado El Jamiro. A comida estava boa, mas o atendimento péssimo. Uns 20 minutos depois de termos feito o pedido o garçon voltou para perguntar qual tinha sido mesmo o nosso pedido...
Também trouxeram o prato faltando um acompanhamento, o qual, mesmo depois de reclamar, só veio uns 20minutos depois, e quando já tinhamos acabado...
Outra: o garçon confirmou o desconto de 5% quando sentamos a mesa, mas quando veio a conta nada de desconto... isso só percebemos mais tarde, depois de tanta trapalhada não tinhamos notado esse erro (também).
Na 3ª. Feira fomos conhecer as grutas. Elas estavam previsto fazer quando estávamos no Vale do Capão , mas como as estradas estavam ruins por causa da chuva, deixamos de lado (vide relato http://umamordeviagem.blogspot.com.br/2013/12/bahia-chapada-diamantina-primeira-parte.html). O que não fazia sentido, pois pensávamos ter que ir nelas pela estrada de terra que atolamos (que leva à Pratinha), mas na verdade, basta seguir em frente sentido Seabra na BR242 e pegar outra estrada de asfalto que leva à Iraquara.
Logo na ida o dia estava muito bonito, e ao passarmos pelo Pai Inácio, decidimos subir, pois no restaurante na noite anterior uma menina comentou na mesa ao lado que, o guia dela tinha dito que não era bom ver o pôr do sol lá já que no entardecer tem muitos pernilongos, abelhas e você ainda tem que descer a trilha pelas pedras no escuro. Com isso tudo decidimos subir naquela hora. O passeio todo durou 1h, com 800m de trilha de subida apenas. Chegando lá o visual é bem bacana, mas pelas fotos nós esperávamos mais. O ponto de observação fica próximo de uma cruz gigante de metal. De qualquer forma era um visual muito interessante onde você pode avistar muitas formações de chapada e outras tantas curiosas. Vale sim a pena visitar...

Morro do Pai Inácio

Morro do Camelo Visto do Pai Inácio ( à esquerda, antes de chegar na cruz)

Visual do Vale do Cercado (à esquerda, antes de chegar na cruz)
Visual do Morro do Pai Inácio (na cruz)

Panorâmica tirada do Pai Inácio - na cruz (clique para ampliar)


Saindo de lá fomos direto na Lapa Doce, pois era perto de meio dia e sabíamos que lá tem restaurante com almoço.
Andamos 14Km no asfalto, cheio de placas marcando o caminho, depois 1,5Km de terra. O percurso é acompanhado por um guia local. É cobrado uma taxa de R$ 15,00 por pessoa e é obrigatório o uso de calçado fechado (não se usa capacete). O guia leva grupos de até 12 pessoas, então esperamos alguns minutos até fechar o grupo (uns 10min) e descemos. Se puder, leve sua lanterna, pois o guia forneceu 3 lanternas para o grupo e nós ficamos sem, o que prejudicava um pouco pra gente andar e enxergar o chão. Tínhamos que ficar sempre perto do guia, daí quando parávamos para tirar foto e ficávamos pra trás, não conseguíamos enxergar onde pisar.
O guia era muito legal, tinha muito conhecimento sobre as formações e explicava muito bem. Ele nos explicou (que já estávamos curiosos com isso pois muitas grutas na Chapada Diamantina leva a palavra "Lapa" no nome: Lapa do Bode, Lapão, Lapa Doce...) que Lapa significa abrigo e Doce pois a água no interior da gruta é doce. Também explicou que Gruta é quando possui mais de uma entrada e Caverna quando possui apenas uma entrada.
O passeio foi muito legal. O guia (Raimundo) inclusive mostrava bastante destreza com as crianças, entretendo-as com jogo de sombras e brincadeiras. Na gruta é possível ver muitas estalactites e estalagmites e outras formações bem interessantes. A própria gruta já é bem interessante pela largura do seu túnel.

Mandacaru visto no caminho de ida para a gruta

Vista de cima da gruta, a entrada está embaixo de nós

Placa na entrada da gruta. Neste ponto a temperatura já caiu bastante e está em torno de 20 graus

Entrada da Gruta, vista de dentro da gruta.

Formações dentro da caverna

Espeleotema em formato de seio, segundo o nosso guia, usado na abertura da novela "Pedra sobre Pedra"

Lindíssimo não?

Estalactites enormes

Foto clássica da gruta - "Cortina" onde contrasta-se o vermelho da argila com o branco da calcita

Estalactites, apelidados de "Lustre" onde um desce até o estalagmite formando uma coluna

O passeio dura aproximadamente 01:30 mas depende mesmo de quanto o pessoal para para tirar fotos, já que o trajeto dentro da gruta é só de 800m e a trilha para ir e voltar (que não são o mesmo caminho, pois se entra por uma passagem e sai por outra) é de uns 500m (cada).
Almoçamos então no Restaurante de lá que possui buffet por quilo (R$ 29,90 o kg). Primeira vez que almoçamos comida em toda viagem (todo dia só lanches no almoço e comida no jantar), rs!!!
Saímos de lá por volta de 14hs e fomos na Gruta da Fumaça, que fica 1,5km de lá, voltando para o asfalto por outro caminho (com placa indicativa). Ela fica às margens da estrada de asfalto.
A gruta da Fumaça também cobra R$15,00 por pessoa e lá eles te emprestam capacete e lanterna.
O Guia desceu somente com nós dois, então nem precisamos ficar esperando para descer. A caverna nos impressionou bastante. Ela é bem menor que a Lapa Doce, tanto na largura do caminho quanto no quanto você anda dentro dela. O guia também não é tão experiente quanto na Lapa Doce. Mas as formações podem ser vistas muito de perto e o teto é todo cheio de estalactites, parecendo um lustre de cristal. É um visual magnífico. Haviam muitas formações interessantes em um curto espaço. Segundo o guia, a gruta tinha a segunda maior coluna (quando a estalactite junta com a estalagmite) do Brasil, perdendo só para a gruta de Maquiné em Minas Gerais. Era realmente grande, segundo o guia tinha 9m de altura por 3m de diâmetro.
Em um momento da visita o guia nos leva a um trecho que você tem que andar quase rastejando, já que o teto, repleto de pequenas estalactites, é bem baixo. Então sentamos e ficamos admirando essas formações, umas ainda com um furo no centro. Depois o guia desliga as luzes e fizemos um minuto de silêncio, apenas vendo e escutando o nada...

Segunda maior coluna do Brasil

Cortinas de "Bacon" como apelidou nosso guia

Estalactites

Teto coberto de Estalactites

Olha um morceguinho dormindo tranquilo.....

Colunas com um corte no meio perfeito, retinho. Segundo nosso guia, feito por antigos lençóis freáticos

Parte mais baixa da gruta, detalhe do teto

O passeio durou em torno de 1h (com um pequeno acidente, o Fê escorregou e deixou a máquina voar caverna abaixo. Por sorte caiu logo do lado da trilha e não quebrou a coitada).
Seguimos então para a Gruta da Torrinha, que fica próxima da estrada de Iraquara voltando para a BR242. Lá também fornece capacete e lanterna, e o proprietário, Sr. Eduardo, nos explicou que podemos fazer dois roteiros:
Somente o Roteiro 2, que dura aproximadamente 1h e o Roteiro 2 e 3, que dura aproximadamente 2,5 hs.
Decidimos fazer o roteiro completo e o guia foi guiando somente nós dois (não precisamos ficar aguardando para descer).
Essa visita precisa de pique. Anda-se uns 3 Km dentro da gruta, tendo que rastejar em vários momentos e andar corcunda em muitos outros, pois o teto é baixo, mas as formações parecem ser mais ricas, com espelotemas bem diferentes da Lapa Doce e da Fumaça, mais delicados e pequenos (não sabemos do assunto em si, mas cremo que um espeleólogo deve admirar mais essas formações). O próprio guia nos explicou que algumas formações lá existentes não podem ser vistas em outros locais do mundo...
Funciona assim: você anda muito em um túnel até ver a primeira formação. Chegando na formação o guia ilumina melhor para você ver e tirar fotos. Depois você anda de novo bastante, rasteja, e chega no próximo setor com formações. Ele ilumina, você tira fotos e pronto!!! Esse processo se repete durante toda visita, ou seja, você não vai admirando a gruta e vendo-a como um todo, mas somente o que o guia indicar que é interessante ver, mesmo porque todo os outros trechos o guia vai em um passo acelerado e você tem que apontar sua lanterna ao chão para iluminar o caminho. Isso é um pouco triste, já que é muito legal notar como a caverna foi montada, os trechos que o teto se descolou e caiu no chão, etc. Tem um salão enorme, que lembra até o livro do Julio Verne, mas sem o mar, rs.... Talvez seria legal perder um bom tempo lá, para quem gosta disso...

Primeira visão da Gruta, teto formando a imagem do Rosto de Cristo

Estalagmites em Formato de Vulcões

Bolha de Calcita com Flor de Aragonita dentro. Espeleotema raro e clássico da Torrinha
Detalhe do teto

Formação que parece uma pomba coçando a asa

Flor de aragonita

Flores de Aragonita

Helectite com Flor de Aragonita na ponta. Espeleotema raro e clássico da Torrinha

OBS: Helectites são formações que cresceram como se estivessem em gravidade zero, pois vão para outras direções em vez de ser pra baixo.

Somente o Roteiro 2 fica R$ 20,00 por pessoa e os Roteiros 2 e 3 sai R$ 40,00 por pessoa.
Saímos de lá já eram 17:30h e pegamos um lindo pôr do sol ao longo da BR242 de volta à Lençois.

Pôr do Sol na BR-242

Sol atrás das formações da Chapada

Sol atrás das formações da Chapada

Chegando em Lençois paramos no Ki Lanches, para fazer um lanche rápido, mas o próprio demorou mais de meia hora para chegar. Voltamos ao Hostel depois e nos preparamos para a festa de Reveillon de Lençois, que aconteceu no Mercado das Pedras, no centro de Lençois, com direito a bandas locais tocando de tudo e vários fogos de artifício. Não tava tão legal, mas tudo é festa, rs... e nem esperávamos ter nada, já que a moça do Hostel nem sabia nos dizer se ia ter alguma coisa na cidade. Ah, e na frente do local, haviam várias barraquinha e uma delas, de caipifruta, tinha caipirinha de Umbu!!! Que delícia! Até conhecemos como é o fruto de Umbu.... Parece um limão verdinho... rsrsrrs.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Bahia - Chapada Diamantina (quarta parte) - Fumacinha por cima, Museu Vico do Garimpo, Projeto Sempre Viva, Cachoeira do Piabinha, Cachoeira do Tiburtino (hospedagem em Mucugê)

No domingo levantamos cedo (para variar) e estava aquele tempo feio (sem chuva, mas mesmo assim: pra variar). Tomamos o café e fomos na Associação dos Condutores (ACVM). Estava  só com uma guia que nos pediu para voltar um pouco mais tarde pois ela já estava com passeio marcado. A KM (agencia de turismo) estava fechada. Aproveitamos então esse tempo e fomos na padaria (Padaria do Ramalho, no centro. Compramos lanches todos os dias lá) comprar nossos lanches para a trilha.
Quando voltamos na ACVM já tinha vários guias. Após uma reunião entre eles, o guia Talisson falou que iria nos guiar (aparentemente não são todos os guias que são capacitados para longas trilhas).
Partimos então para Fumacinha. Uma hora de estrada até o começo da trilha, passando por Cascavel. Boa parte do trecho é asfaltada (sendo a mesma estrada que leva a Ibicoara).
Aqui vale uma ressalva. O Guia que nos conduziu no Buracão parecia não estar muito confortável em nos guiar para Fumacinha por Cima. Parece que os guias de Mucugê são mais acostumados com essa trilha. Já pra fazer a Fumacinha por baixo precisa ir a partir de Ibicoara. E então acreditamos que um guia de lá seja melhor. Porém como a trilha é feita por dentro do leito do rio, não pode ser feita quando o volume de água está alto, que era o nosso caso.
A trilha começou no meio do cerrado e foram aproximadamente 40 min de subida leve. Cruzando alguns pequenos córregos de água (mas dá pra ir de bota saltando pedras).
Após esse trecho chegamos a uma parte plana, alta, que eles chamam de Gerais. A vegetação é rasteira, sem nenhuma árvore e com várias flores chamadas Sempre Viva (que tem esse nome já que depois de cortadas duram anos com a mesma aparência). Esse trecho é muito deslumbrante, já que a vegetação parecia estar sendo penteada pelo vento, e era possível se avistar a linda Serra de Sincorá. Foi possível fazer filmagens com 360º sem ver nenhuma intervenção humana. Que lugar fantástico.

Trilha com a vegetação dos gerais

Flor Sempre-Viva

Duas horas de trilha no total e chegamos no poço onde está uma pequena quedinha acima da Fumacinha (a fumacinha é divida em três quedas: uma primeira com 70m de altura, a segunda 20 metros e a terceira com 120m) - alguns dividem em 4 quedas de 70, 20, 20 e 100, mas as duas últimas parecem ser uma só.

Quedinha com poço para banho, acima da fumacinha
Quando chegamos no poço, deixamos mochilas e fomos para os mirantes das quedas, que ficam bem próximos um dos outros. A queda de 70m é possível avistá-la muito bem de frente. A segunda queda também é possível ver bem, mas de cima. Já a terceira é possível avistar somente o início dela e a fumaça que ela gera.

Primeira queda da Fumacinha, com 70m de altura

Segunda queda da Fumacinha, com 20m de altura
 Depois o guia nos levou a um mirante onde podemos avistar os 9 Km de Cânion que o rio forma após a queda da Fumacinha. Sentamos nesse lugar e ficamos apreciando a paisagem que era deslumbrante. Foi o único dia na Chapada que podemos dizer ser realmente LINDO. O céu estava azul e completava todo o visual.

Canion após a última queda da Fumacinha - lindíssimo


Depois de algumas fotos e encher nossa visão com essa bela paisagem, voltamos para o poço que estavam nossas coisas para lanchar e tomar um delicioso banho refrescante, já que em toda trilha não há nenhum ponto para banho.
Passamos uma hora no poço e voltamos. Já no final do caminho o nosso guia, que já havia contado ter sido atacado por um enxame de abelha duas vezes, e ter sido terrível, parou na trilha e disse estar escutando abelhas.
Realmente o barulho era alto. Ele falou para a gente esperar pois elas estavam saindo daquele lugar e migrando para outro. Ficamos parados, sem fazer barulho, um pouco aflitos, mas logo elas foram embora e seguimos viagem sem nenhum contratempo.

Total do passeio: 12Km de trilha + tempo de banho = 5,5 horas
Esse percurso não é obrigatório fazer com guia, porém vejam que se o guia não estivesse conosco, nós poderíamos ter sido vítimas de um ataque de abelhas. Então é sempre bom pensar antes de decidir ir sozinho em uma trilha. Especialmente as longas.
Trilha: Google Drive / Wikiloc (precisa cadastro no site para baixar a trilha)
Um ponto importante de se observar nas trilhas da Chapada como um todo é que não se deve basear pela distância em Km da trilha. Por exemplo: a trilha do Buracão é metade da distância da Fumacinha, porém é infinitamente mais difícil.
Trilhas que precisam pular pedras (leito de rio) e se agarrar em paredões são muito perigosas, demoradas e mais cansativas do que as trilhas que você só caminha em um percurso fácil, como a Fumacinha.
De volta a Mucugê, tentamos ir no Centro Cultural, onde funciona um pequeno Museu do Garimpo, mas estava fechado, fica na rua atrás do Restaurante Sabor e Arte. Paramos então nesse restaurante e fizemos um mini-almoço, já que eram 16hs. Ainda deu tempo também de aproveitar um pouco a piscina da Pousada com sol (olha que maravilha de dia, rs).
A noite fomos novamente para a Pizza da Garagem, dessa vez demorou mais um pouco, mas ainda sim rápida e deliciosa... Ah, uma observação, as músicas lá são ótimas... Só rock...
Na 2ª. Feira era dia de partir para Lençois, e após uma longa reflexão decidimos não fazer Cristais e Três Barras, pois o nosso guia nos falou que a trilha era pulando pedras, e eram 18 Km (ida e volta). Decidimos então aprender um pouco mais sobre a história do Garimpo de Diamantes na região e tirarmos algumas fotos da tão gostosa cidade de Mucugê (comparada com a nossa estadia traumática no Vale do Capão, adoramos Mucugê. Tudo mais fácil).

Lápide bem estranha com uma caveira no Cemitério Bizantino

Praça Central da cidade

Rua muito interessante, toda murada de fora a fora e com algumas portas. Curioso demais!

Praça do Coreto

Igreja de Santa Isabel, na saída para Andaraí

Após termos passeado pela cidade, fomos no Museu Vivo do Garimpo, que fica na estrada de Mucugê x Andaraí, pouco antes da entrada do Sempre Viva. A entrada era R$ 5,00 por pessoa. O Museu não é muito grande, mas dá pra aprender um pouco sobre o garimpo na região e conhecer uma lapa de garimpeiro (moradia de pedra feita pelos garimpeiros).

Placa no estacionamento do Museu Vivo do Garimpo

Lapa de Garimpeiro - Eles aproveitavam uma rocha de teto e fechavam com uma entrada, como se fosse uma toca

Máquina de lapidação Semi-Mecânica

Exemplos de maquinários

De lá fomos para o Projeto Sempre Viva, mas não paramos para ver o museu do garimpo deles nem o projeto. Seguimos direto para as cachoeiras do Piabinha (3 minutinhos de trilha) e Tiburtino (25 min de trilha). No Sempre Viva paga-se R$ 10,00 de entrada por pessoa. Não precisa de guia pra ir nessas duas cachoeiras, elas são autoguiadas.

Placa no início da trilha das cachoeiras, mostrando as distâncias

Rancho do Garimpeiro, retratando uma moradia de garimpeiro (esta bem melhor que a do Museu Vivo do Garimpo)
Fomos direto pra cachoeira do Tiburtino e ficamos muito tempo lá.... Lanchamos, relaxamos.... Passamos o dia inteiro lá, pois já estávamos um pouco cansado das trilhas. Na volta paramos um pouco na cachoeira do Tiburtino, para se refrescar da trilha.... A cachoeira do Tiburtino é ótima para ficar o dia inteiro. O poço é bem grande e com uma pedra lisa no fundo, parece piscina... boa parte do poço é rasa, mas depois fica fundo. Já a Cachoeira do Piabinha não é tão confortável, muitas pedras e muito rasa (é mais uma hidromassagem mesmo).

Cachoeira do Piabinha
Visual visto da Cachoeira do Piabinha

Cachoeira após a do Piabinha, esta nós não entramos

Cachoeira do Tiburtino


Depois paramos um pouco no Museu do Garimpo deles. Lá tem estrutura com banheiro e alguns souvenirs para venda.