segunda-feira, 21 de abril de 2014

Mato Grosso - Chapada dos Guimarães (revisitando)

Como mencionamos no post anterior (leia aqui) voltamos da Chapada dos Guimarães com gostinho de quero mais! Afinal, o que é bastante compreensível, pois 2 dias são insuficientes para conhecer uma quantidade representativa do local.
Então, neste feriado de 4 dias, Paixão/Tiradente voltamos à chapada, desta vez para ficar 4 dias só lá.

Informação útil: na cidade só há Banco do Brasil e Caixa (via lotérica).
Um site que pode ajudar muito na montagem da viagem é: http://www.chapadamt.com.br/
Novamente usamos bastante o app Orux Maps com os maps Open Maps.

Pegamos o clássico vôo de Guarulhos para Cuiabá, que chega lá de madrugada. Desta vez deixamos o carro estacionado no Unipare, que apresentou um ótimo custo, a 7 reais por dia em vaga descoberta. Lógico, que por esse valor, a qualidade do serviço não poderia ser muito boa... Como era feriado, levamos 1h para chegar do estacionamento ao aeroporto e mesmo assim tive que ir no colo do Fê para caber um cara que estava quase perdendo o vôo. Mas pelo preço, vale a pena.... Melhor do que pegar ônibus carregando mala. Mas não fique nele se estiver com o tempo contado....

Chegando de viagem em Cuiabá, como na viagem anterior (leia aqui), dormimos novamente no Hotel Express e alugamos o carro também com a mesma locadora para então partirmos para a Chapada no dia seguinte.

Chegando na Chapada, paramos primeiro no Portão do Inferno, um local perigoso, em uma estrada estreita, onde se avista um belo visual. Paramos para algumas fotos e então seguimos para a próxima atração.


Portão do Inferno
Em seguida fomos para o complexo Cachoeirinha/Cachoeiras dos Namorados, que é um lugar logo à beira da rodovia vindo de cuiabá, sem trilhas, com um restaurante muito bom e que não precisa de guia. Cobra-se uma entrada de 15 reais, sendo 5 reais convertido em consumação. As cachoeiras não são bonitas, a água não é cristalina, pois o fundo é de terra, então a água fica barrenta, mas é um lugar agradável para passar um tempo.
Comemos um peixe na telha (que não vem na telha.... rsrsrs) delicioso!

Cachoeirinha

Cachoeira dos Namorados

Saindo de lá, decidimos ir conhecer os mirantes, que da última vez não conhecemos. Primeiramente fomos no Alto do Céu, de Cuiabá para a Chapada, à direita tem uma estrada que leva à Aeronautica (placa Cindacta), depois que entra nela são uns 7Km de asfalto e uns 3 de terra. Pagamos a entrada, 10 reais por pessoa e começamos a trilha. Nisto, começou a chover. Então voltamos e perguntamos ao responsável se poderíamos voltar outro dia, ele nos devolveu o dinheiro sem problemas e fomos embora.

Depois, saindo de lá e chegando na cidade, o tempo estava limpo, então fomos tentar encontrar o Mirante do Penhasco, que fica no Restaurante Penhasco. Havíamos lido por alto no site Caçadores de Cachoeira que havia uma trilha ali, mas como não lemos direito, não encontramos... então só apreciamos a vista do estacionamento mesmo, que por sinal já é deslumbrante. OBS: não pagamos nada para entrar e ver do estacionamento.


Vista do restaurante Penhasco
 Saindo de lá, vimos no Orux Maps, que havia um outro Mirante por perto, então tentamos ir.... Daí vem a comédia. A estrada levava até um Portão, por sinal, lindo o lugar.... Pensamos que o mirante deveria ser particular e cobrassem entrada.... Então tocamos a campainha, um menino abriu o portão eletrônico e voltou pra dentro de casa... Ninguém falou nada com a gente.... kkkkkkkkk. O lugar era lindo, havia um Mirante construído, com cadeiras lindas e hortênsias, A casa era toda com vidros, com vista para aquele lugar lindo, parecia coisa de filme! Então chegou um rapaz (que também não era morador) e então começamos a conversar com ele... dissemos que havíamos visto no mapa um mirante por ali e então ele explicou que lá era particular e não havia mirante, só o do Restaurante Penhasco. Então fomos embora.... Mas valeu a aventura conhecer aquele lugar deslumbrante!!!

Então fomos ao Mirante Morro dos Ventos. Fica dentro de um condomínio, com um restaurante dentro. O lugar também é lindo, todo bem cuidado... Há plataformas de metal para se avistar os lugares, com alguém controlando a quantidade de pessoas que entra na plataforma. Visual show, na minha opinião o mais bonito dos mirantes... Mas caro: 20 reais por pessoa. Não precisa de guia. Parece que se almoçar no restaurante não se paga ou tem desconto, mas não sabemos informar.
Morro dos Ventos

 Depois fomos então para a pousada que havíamos reservado, Pousada Araras, que reservamos via Booking. A pousada possui um ótimo custo-benefício, a responsável pela pousada é ótima, ajuda os turistas com guia, consegue descontos, muito legal mesmo. Porém ela é um pouco distante do centro, então para quem estiver sem carro não é viável. O café da manhã é bom e as acomodações também, porém simples, compatível com o valor.


Pousada Araras

Banheiro do nosso quarto

Tv do quarto

Ao final do dia, saímos para jantar no bom e velho restaurante popular, onde o self-service por pessoa era 14 reais se não me engano. Nosso companheiro quase todos os dias. Comida boa e barata.

No dia seguinte, havíamos combinado previamente com a guia Elenice, a mesma que nos guiou na viagem anterior. Fomos então fazer o Circuito das Cachoeiras. Este é obrigatório guia. No site Ecobooking é possível obter telefone de todos os guias credenciados a guiar na chapada, inclusive da Elenice que nos guiou. Como da vez anterior, o passeio foi ótimo e ela nos diverte com suas histórias.... Além de nos ensinar muitos valores.....

Ela inverteu a rota, fomos na Cachoeira das Andorinhas antes de todas, que por sinal é a mais bonita e ela estava vazia.... Depois começaram a chegar as pessoas.... A maioria das quedas são pequenas, nada muito especial. As cachoeiras Geladeira e Marimbondo são mais bonitas. Mas vale a pena conhecer, afinal estávamos atrás de atrativos que não fomos da vez anterior. Junto com as cachoeiras, ela incluiu a casa de pedra, que dá pra visitar no mesmo dia.... Mas não vale a pena. A Elenice conta a história da casa de Pedra, e é até interessante saber, mas o lugar não é nada demais.

Visual das Chapadas no caminho para as cachoeiras

Cachoeira das Andorinhas

Prainha

Degraus



Pulo
 Enquanto estávamos na cachoeira do Pulo, a mochila da nossa guia, com celular, documentos e tudo, caiu da pedra onde estava e desceu correnteza abaixo.... Foi um desespero só!!!! O Fê foi descendo rio abaixo pra tentar pegar e a guia e um outro guia amigo dela que estava guiando outras pessoas, o Gil, foram pela trilha pra tentar pegar na próxima queda..... O Fê chegou bem perto, mas quando ele estava quase pegando ela desceu cachoeira abaixo..... E eu com o coração na mão vendo ele descer rio abaixo correndo, morrendo de medo dele se machucar... Ele voltou triste, mas "são e salvo".... Um tempão depois voltam os guias, com a mochila! Graças à Deus conseguiram pegar.

Hidromassagem



Hidromassagem vista de cima

7 de Setembro

Vista do Morro São Jerônimo, na trilha voltando das cachoeiras
No final do dia, como o celular da nossa guia não funcionava (devido ao incidente da mochila), não tinha como ela ligar para o esposo dela pra pegá-la, e ela mora em um local afastado. Então fomos levá-la.... Que lugar legal onde ela mora..... É uma "comunidade" onde todos são amigos e o lote é de todos... E tem uma cozinha comunitária, pra quando tem festas. O local é super natureza. As casas são ótimas, pois no grupo tem várias pessoas formadas, arquitetos, que largaram tudo em São Paulo e foram pra lá guiar. Tudo muito diferente do que estamos acostumados....

À noite, voltamos no bom e velho Restaurante Popular.

No dia seguinte pela manhã, partimos para a Cachoeira da Martinha, que fica bem afastada da cidade, na rodovia que vai para Campo Verde. Dá uns 40Km do Centro. Na própria rodovia, achamos um restaurante que o senhor disse que a trilha para a cachoeira começava ali e frente e podíamos encomendar um almoço para a volta do passeio. Assim fizemos.

Chegamos na cachoeira, e as pessoas estavam na outra margem, em um local onde dava pra ficar. No nosso lado, não dava pra ficar. Então voltamos na trilha e atravessamos o rio, o que não foi muito fácil pois a correnteza estava forte. Pegamos então a trilha do outro lado e chegamos em um lugar onde dava pra ficar confortavelmente.

Lá não paga pra entrar, é um lugar muito cheio, uma verdadeira "farofa". Ficamos chocados com a imundície do lugar, cheio de lixo.... Pessoal fazendo churrasco, com latas e mais latas de cerveja.... Se eu não tivéssemos encomendado almoço, voltaria na mesma hora, mas demos um tempo pra aguardar o almoço.

Cachoeira da Martinha

Peixes na Cachoeira da Martinha

Conchinha que achei na cachoeira
 Na volta, voltamos pela margem onde estávamos e vimos que era bem mais fácil e não precisava atravessar nenhum rio. Saímos na rodovia, bem abaixo do bar onde entramos e lá então tinha uma placa enorme com o nome do lugar.

Lista dos atrativos da Chapada, na saída da cachoeira da Martinha (clique para ampliar)
Isso já me incomodou, pois o cara do restaurante deu uma de esperto, dizendo que a trilha era por ali, nos fazendo ir por um lugar que não levava à margem do rio melhor para banho. Chegando para almoçar, ainda não estava pronto. Aguardamos um pouco e então veio nosso peixe frito. Estava muito bom o peixe, mas o local tinha muitas moscas e eu já não estava mais me sentindo bem ali. Então fomos embora para a Cachoeira da Geladeira, que na visita anterior não deu tempo de conhecer.
Nela paga-se para entrar, 7 reais por pessoa, não precisa de guia e possui uma trilha fácil.
Chegamos na cachoeira o tempo estava fechando e já estava bem frio, mas a cachoeira é linda, muito alta, vale a pena. Mesmo com o frio, entramos na água e entendemos o motivo do seu nome.... rs. Logo começou a chuviscar e então fomos embora... Debaixo de chuva na trilha.... Foi gostoso! Lavou a alma!

Cachoeira da Geladeira
Naquela noite, o restaurante popular estava fechado, por ser feriado. Então fomos em outro restaurante bem próximo, o Restaurante Fellipe. Comemos uma picanha deliciosa!

Todas as noites fomos na sorveteria delícias do cerrado, e cada dia experimentávamos 2 sabores diferentes.... Que saudade daqueles sorvetes! Adoramos o de buruti, pequi e bocaiuva.

No dia seguinte, era dia de ir embora... Como tínhamos só a manhã, não podíamos extrapolar muito. Fomos então ao Mirante Alto do Céu, que no dia que fomos estava chuvendo. O lugar é bem bonito, mas devíamos ter reservado mais tempo para a trilha do mel.

Olha o Fê lá na ponta do Alto do Céu!

Vista do mirante
 Saindo de lá, voltamos na estrada para cuiabá e começamos a ver as formações que tem na beira da estrada, paramos para algumas fotos e então encontramos um Apiário. A Elenice, quando nos guiou, havia falado de uma tal "trilha do mel" e que era muito bonito. Entramos para ver se era lá e era. A entrada é 10 reais por pessoa (se não me engano) e a trilha dura em torno de 2h. Mas estávamos com pressa por causa do vôo e não fizemos o passeio até o final... mas mesmo assim foi muito lindo.... tem umas formações bem legais.


Primeira formação que avistamos

Mais formações


Ponto de onde voltamos, mas já com muitas formações (clique para ampliar)

A responsável pela pousada foi super simpática e nos deixou fazer o late check-out sem problemas. Antes de ir embora ainda almoçamos no restaurante popular e tomamos um picolé de mangaba pra se despedir da sorveteria delícias do cerrado.

Quem sabe um dia voltamos né? Ao estado com certeza um dia voltaremos, afinal, ainda falta o pantanal! Abraços e até a próxima viagem!