quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

São Paulo - Ubatuba e Ilhabela

Bem, nestas férias não tivemos muito tempo de planejamento e então acabamos ficando por São Paulo mesmo e nos impressionamos muito com o litoral daqui. Não deixa a desejar nem mesmo para lugares paradisíacos como Noronha e Abrolhos.... Bem, então vamos ao relato!!!!

Primeira Parte: Ubatuba

Nós dois já havíamos visitado Ubatuba anteriormente, em uma visita rápida e frequentando somente as praias "do agito". Dessa vez viajamos exatamente uma semana antes do Carnaval, o que significa que ainda era verão e não estaria lotado. Reservamos com uma semana e meia de antecedência uma suite no Hotel Pousada Beira Mar (site aqui). Ele fica próximo ao porto de Itaguá, de frente para o mar e muito perto da BR101. Para quem está de carro é ótimo, pois tem acesso fácil para todos os lugares e fica afastado do agito, o que garante noites de sono com muita tranquilidade e com o som das ondas quebrando... muito bom. Uma informação importante é que a Praia de Itaguá não é própria para banho, então é preciso se deslocar para ir às praias, e é o que recomendaremos e muito no relato abaixo. A suíte que ficamos era boa, com um ar condicionado levemente ruidoso, mas deu conta do recado. O café da manhã era bom, e o atendimento foi ótimo (na maior parte do tempo são os proprietários quem ficam na recepção). A diária nos saiu por R$ 190,00 (Fev/2015) e a pousada possui estacionamento. A diária começava a partir das 14h, mas nos permitiram entrar às 13h.

Quarto de Frente para o Mar

Banheiro da Suite


Depois do check-in saímos para almoçar e logo na avenida beira mar, sentido Norte, encontramos um restaurante com self-service por Kilo chamado Restaurante Sabor do Mar (site). A variedade de saladas, pratos nutritivos e complementos saudáveis (linhaça, semente de girassol, etc...) era ótima. O preço era um pouco elevado, R$ 42,90 / Kg, mas decidimos almoçar nesse local mesmo. Também optamos por esse restaurante em mais duas ocasiões (outro almoço e um jantar). No jantar oferecem o mesmo buffet self-service.

Após o almoço, apesar do tempo estar nublado e chuviscando, rumamos para o Norte pela BR101 até o KM32 na praia da fazenda, onde encontramos uma placa do Núcleo Picinguaba, Parque Estadual da Serra do Mar. A praia fica dentro dessa reserva, então é só passar pela guarita (não precisamos nem parar, pagar ou passar qualquer documento), e estacionar logo em seguida. A praia fica há apenas 300m do estacionamento e havia um quiosque no caminho onde compramos água. Lá não estava chovendo e até tinha um azul no céu..... rsrrs.

Pássaro avistado na trilha para a praia


A praia é linda e estava vazia, creio que haviam somente uns 3 casais e ninguém mais. O lugar é realmente maravilhoso. As areias acinzentadas e a água estava quase azul (acredito que num dia de céu aberto seja bem azul). De dentro da água, olhando para a praia se tem uma visão maravilhosa da Serra do Mar, essa linda reserva de Mata Atlântica que ainda está bem preservada.

Vista do lado esquerdo da praia

Vista do lado direito da praia

vista da Serra do Mar

Outra vista da Serra do Mar e da vegetação ao longo da praia (e olha o tempo nublado)

Detalhe da cor da areia

Detalhe da cor da água (e sua transparência)

Como era um Parque Estadual e não se tratava de feriado/fim de semana (era uma 3a. feira), não havia nenhum vendedor ambulante. Na saída ainda interagimos com um caranguejo "irritadiço" e um atobá (ou alguma ave parecida) que estava descansando na praia.

Esse aí não estava para muitos amigos

Esse Atobá estava tranquilo reinando pela praia

Uma dica sobre a Serra do Mar

Curtimos a praia até o final da tarde e voltamos à Pousada. Pela noite fomos até o Shopping Itaguá (uma galeriazinha na verdade, mas tem cinema) e jantamos no Restaurante Bacana (ao lado do Shopping), porém achamos que o prato não valeu seu preço, além do local ser muito povoado por pernilongos.

No segundo dia saímos do café da manhã e paramos nas agências próximas à pousada para perguntar sobre os passeios de barco. Fechamos com a Ubatur (não temos contato, mas fica uns 100m da Pousada, na avenida beira mar, sentido Norte). O passeio que fechamos era de lancha, visitando as ilhas da Couve e Prumirim e a praia da Almada. O passeio sairia às 10AM e a volta era prevista para 16hs. O valor ficou R$ 140,00 (FEV/2015) por pessoa. Deu tempo somente de pegar nossas mochilas, guardar o carro e ir para o barco.

O barco estava cheio, com umas 20 pessoas, mas como não era temporada, as ilhas estavam bem vazias. Do píer de Itaguá até a Ilha da Couve foi 1h de lancha.

Início do Passeio

Vista da Prainha da Ilha da Couve

Lá pudemos curtir a ilha por 1:30h. E que linda a ilha. A água era extremamente azul e transparente, com uma visibilidade fantástica para quem quisesse praticar apneia. Curtimos muito a praia que o barco nos deixou (uma que possuía um quiosque com venda de bebidas e porções).

Prainha da Ilha das Couve - Onde o Barco nos Deixou


Aqui um parênteses muito importante: SE FOR CONSUMIR TENHA A CERTEZA DE NÃO TER DEIXADO QUALQUER LIXO CAIR NO CHÃO, AINDA QUE SEJA UM PEQUENO PLÁSTICO. Digo isso pois encontramos vários ouriços do mar mortos com copos descartáveis agregados em suas bocas. É muito impressionante o quanto as pessoas se preocupam em transportar seus isopores ou coolers mas não se preocupam em manusear seus lixos.

Ouriço do Mar morto com um copo plástico agregado em sua boca. Aposto que o cidadão que utilizou esse copo não tem a mínima noção do estrago que ele propiciou

No nosso nado pudemos ver inúmeros sargentinhos, budiões azuis e até frades. Vimos também um cardume enorme de pequeninos peixes prateados que, ao se moverem, formavam desenhos luminosos fantásticos.

Detalhe da Transparência da Água

Esse peixe estava há bons 10m de profundidade

Os velhos conhecidos sargentinhos

Um budião azul passando

Cardume magnífico de pequenos peixes



Detalhes de uma simpática lula que ficou me observando


Depois de um bom tempo de nado nesse lado da ilha subimos por uma trilha que saia do quiosque e rumava para outra prainha. Menos de 10min de caminhada e chegamos a outra prainha, com um pouco mais de pedras que a primeira, mas tão linda quanto a outra. Nadamos muito e voltamos ao barco pois, infelizmente, era hora de seguir viagem.

Imagens da outra praia, tão bela quanto a primeira

No momento de zarpar, uma o capitão não conseguiu ligar os motores do barco. Segundo ele, havia se esquecido de abastecer. Assim os marinheiros pegaram os tanques de dísel e encheram os motores. Mesmo assim um motor se recusou a ligar (ainda bem que havia dois deles). Depois de muito tentar o capitão decidiu rumar para a segunda parada com um motor somente. Fomos então para a Praia da Almada (acessível também de carro). Foram somente uns 20 a 30min de viagem.
Praia da Almada

Grupo Relaxando na Praia da Almada


A praia da Almada já é bem mais estilo quiosque com mesas na areia, cerveja, porções, etc... Não tinha a beleza ou a transparência das águas da Ilha das Couve, muito menos a pegada selvagem da Praia da Fazenda. Lá almoçamos no quiosque Praia da Almada, que tinha preços salgados e, pelo menos nossa porção de peixe não estava lá essas coisas. Um barquinho motorizado do quiosque vai até as lanchas pegar o pessoal, mas quem quiser pode ir nadando os 10m que separam o barco da praia.

Visão das Barracas na Praia da Almada


Essa parada era para ocorrer por 1:30h, mas enquanto eu pagava a conta, ouvi pelo rádio do quiosque que nosso barco não iria zarpar tão cedo. Nosso capitão chamou ajuda de um técnico que viria por terra para ajudar a ligar o segundo motor da lancha. Bom, esperamos pelo menos 1h a mais que o esperado para que o problema do motor não fosse resolvido e seguimos para a Ilha do Prumirim com um motor mesmo.

Na viagem rumo à ilha uma surpresa: um grupo grande de golfinhos (toninhas) estavam se alimentando de um cardume de sardinhas. Pudemos ver vários respiros e nadadeiras. Fantástico presente da natureza!!!

Golfinhos que resolveram enfeitar nosso passeio


A ilha do Prumirim fica bem a frente da praia que leva o mesmo nome. Nos foi dado somente 30min para curtir esse lugar e claro, ficamos de olho nos golfinhos que ainda passavam pela região. A prainha é bem pequena também e a água era muito limpa, só não fizemos apneia para podermos curtir os golfinhos mais um pouco.

Praia da Ilha do Prumirim

Detalhe das águas da Ilha do Prumirim

30 minutos depois, hora de voltar pra casa. A volta foi bem mais longa que a ida, já que a lancha contava somente com um motor. Mas voltamos apreciando a vista...rs.

Paisagem na volta do passeio
Chegamos por volta de 18:30h, bem além do previsto. Mas como estava em horário de verão, foi tranquilo. Pela noite, jantamos no Restaurante Sabor do Mar mesmo e voltamos cedo pois havíamos programado um roteiro extenso para o dia seguinte.

No nosso último dia em Ubatuba decidimos conhecer algumas prais bem avaliadas no TripAdvisor. Logo após o café seguimos rumo às praias do Norte, no nosso caso na Puruba. Para chegar à praia basta pegar a BR 101 sentido Rio, seguir as placas e pelo Km32 entrar em uma estrada de terra e seguir por poucos metros. Nós paramos em frente ao Camping da Tia Baia, pois estava bem vazio, e seguimos para a praia atravessando esse camping. Para chegar à praia é preciso atravessar o rio Puruba. No horário que chegamos o rio estava bem baixo e no ponto mais fundo a água chegou em nossas coxas. Pelo que lemos em vários relatos e sites de viagem, quando o rio está mais alto há barquinhos fazendo a travessia gratuitamente aos turistas (caso precise deste serviço, certifique-se antes, pois como dissemos, quando fomos não estava operando, apenas lemos isso em outros relatos).

Rio que precisa ser atravessado

Visão do rio após atravessado (ao fundo está a casinha onde ficam os barcos da prefeitura)



Garças ao fundo no rio Puruba




Canto direito da praia do Puruba

Canto esquerdo da praia


A praia do Puruba também estava bem vazia, e achamos uma sombrinha logo depois da chegada na praia formada por árvores e havia até um balanço. Curtimos a água que era bem límpida e fomos até onde o rio se encontra com o mar. Um lugar de extrema beleza também. Não havia nenhum vendedor ambulante na praia, já que não havia ninguém, o que nos permitiu relaxar em profunda tranquilidade pelo local.

Encontro do rio com o mar

Infelizmente, as árvores proporcionavam uma boa sombra para um churrasco e a areia estava com bastante sujeira..... Lacre de linguiça, tampinha de 51, resto de carvão e etc. Lamentável. Todos adoram uma praia bonita mas fazem de tudo pra estragá-la.
Sujeira debaixo das árvores

Após curtir bastante o lugar, fomos para a praia do Félix (sentido sul na BR 101), um lugar que no dia que fomos na praia da fazenda nos chamou bastante a atenção pois da estrada apresentava uma paisagem muito linda. No caminho, paramos em um mirante sensacional, com uma imagem linda.... Ele chama bastante atenção e dá pra ver da estrada.

Foto do mirante da estrada. Linda né?

Na praia do Félix, paga-se zona azul para estacionar nas ruas próximas (10 reais o dia inteiro). Depois precisa fazer uma trilha de uns 300m. Como li várias pessoas perguntando sobre a presença de animais na praia, na entrada da praia do Félix havia uma placa falando sobre a proibição de animais em todo o estado de São Paulo. Então, fica a dica.


Placa com a proibição de animais nas praias de São Paulo

Trilha para chegar na praia do Félix
A praia, já é bem mais povoada que a Puruba. Havia ambulantes vendendo comidas, barracas, etc. Há muitas árvores  na areia, formando uma boa região de sombra que nem precisa abrir o guarda-sol. O mar nesta praia é agitado e assim como a Puruba, não dava visibilidade suficiente para ver peixes com o snorkel.


Praia do Félix

Praia do Félix
 Saindo de lá, almoçamos novamente no restaurante por quilo sabor do mar e então fomos para a praia Domingas Dias, que era super bem recomendada pelo TripAdvisor. Ela fica ao sul da cidade de Ubatuba, entrando em um condomínio na BR 101 (há placa indicando no local). Depois entra-se em outro condomínio, isso mesmo, um condomínio dentro de outro, em ambos precisa-se dar o número do RG. E então faz-se uma trilha, também pequena até a praia. O segundo condomínio é fantástico, com casas extremamente luxuosas.


Trilha para chegar na praia Domingas Dias

Chegando na praia, há uma bica com água doce (ininterrupta), que permite uma boa ducha após o banho de mar e há alguns guarda-sol enormes montados (acredito que para quem é do condomínio). A praia é bem bonita, água clara e mar calmo. Não tem muitos peixes e nem uma visibilidade boa para fazer snorkel, mas o Fernando jura que viu uma tartaruga várias vezes levantando pra respirar... rsrsrs.


Canto direito da praia Domingas Dias

Canto esquerdo da praia

Bica de água doce

Cor e transparência da água

Saindo de lá, voltamos para o hotel e fomos jantar na pizzaria Spaguetto. Não gostamos muito. Sabores de pizza não muito atrativos, pedimos uma caipirinha de limão siciliano com gengibre que estava horrível e a pizza de frango tinha aquele gosto de frango mal temperado, não recomendamos!

Segunda Parte: Ilhabela

No dia seguinte foi o dia de pegarmos estrada para Ilhabela. Era sexta de carnaval e então, para evitar pegar a balsa lotada, acordamos um pouco mais tarde, tomamos café e saímos. Almoçamos em Caraguatatuba, no shopping Serra Mar. O shopping não possui ar condicionado, é aberto, bem desconfortável. Possui ar condicionado apenas na praça de alimentação. Pedimos dois executivos no Big X picanha, que estava muito bom. Chegamos na balsa por volta de 14:30h e estava super tranquila, sem fila de espera. A taxa da balsa é de R$ 15,00 em dias úteis e R$ 22,50 em sábados, domingos e feriados e na volta paga-se a taxa de preservação ambiental no valor de R$ 6,50 por veículo. Para maiores informações, acesse: http://www.dersa.sp.gov.br/
No site fala o valor de ida e volta, mas não passamos por nenhum guichê de cobrança na volta, apenas o da taxa de preservação ambiental. Vai entender....

Panorâmica de Ilhabela vista da balsa (clique para aumentar)


Em Ilhabela, ficamos hospedados na Pousada dos Marinheiros (site). O valor do pacote de Carnaval (entrada na 6a. feira e saída na 3a. feira de Carnaval = 4 diárias) ficou em R$ 1950,00 para a suíte sem varanda (quarto mais em conta que a pousada possui) e foi um dos preços mais em conta que encontramos em Ilhabela para esse período. O quarto era bem singelo, com cama de alvenaria, frigobar velho e ar condicionado barulhento e fraco. O pior foi o cheiro de cigarro que estava no quarto quando chegamos. Havia um cinzeiro sobre o frigobar, o que indica que a pousada não se importa com fumantes então, caso você não goste também do odor, verifique com o hotel se possuem quartos para não fumantes.

Detalhe do quarto com a porta-janela ao fundo

Frigobar e pequena TV do quarto

Detalhe do banheiro do quarto
O ar condicionado do nosso quarto não parecia estar dando conta do recado, mas aí percebemos que ele jogava todo ar frio direto no forro, já que ele estava muito ao alto do quarto e com um direcionamento fixo do ar para cima. Então demos uma improvisada e criamos um direcionador do jato de ar com coisas que achamos no quarto. Até que funcionou bem, rs.

Super direcionador de ar frio para ar condicionados - patente requerida, rs!
 
O hotel possui de um lado da rua os quartos e do outro a "área social" (como nos descreveram) que conta com o local onde servem o café da manhã (esse era muito bom, com variedade de pães, frios, frutas, geléias, etc...), uma piscina e salão de jogos (esses dois últimos não chegamos a frequentar). O hotel não possui restaurante, mas é possível pedir sanduíches e porções.

Da janela do nosso quarto avistávamos uma quadra de futebol e um bairro. Mas quando chegamos fomos agraciados com um majestoso arco-íris completo!

Arco-Íris fantástico visto na chegada ao hotel
Como o tempo estava chuvoso não fomos para nenhuma praia e à noite jantamos no restaurante Manjericão que ficava na Vila. Esse restaurante é muito bem arrumado, com estacionamento próprio para alguns veículos, mas na entrada havia o anúncio de pratos individuais a partir de R$ 24,90, mas no cardápio só havia opções para 2, com preços "bem salgados", mas estavam saborosos (Salada Primavera e um Filé ao Molho de Gorgonzola).

Depois do jantar demos uma volta pela Vila, esperando o início das atividades do Carnaval e pedimos informações em um guichê de Informações Turísticas sobre praias boas para uso de snorkel, acessíveis de carro. De imediato nos falaram para visitar a Ilha das Cabras, porém como havíamos lido em um relato sobre a presença de esgoto não tratado no local, verificamos no site da Cetesb (vide link aqui) que essa praia realmente estava imprópria para banho, dessa forma descartamos esse passeio!

No dia seguinte fomos conhecer a Praia do Julião. Ela fica ao sul (a partir da Balsa), logo depois da Praia da Feiticeira. Havia poucos lugares vagos ainda para estacionar, mas conseguimos parar na rua mesmo, em uma rua perpendicular à rua principal, e não precisamos pagar nada (nem flanelinhas, que eram muitos pra todo lado).

Lemos em vários relatos que essa praia tinha presença marcante de borrachudo e nos preparamos com repelentes. Mas assim que colocamos o pé na praia fomos atacados por esses insetos, o que nos fez procurar um lugar mais ao sol para tentar fugir das investidas desses bichos. Estávamos usando o Exposis, que é mais forte que os demais repelentes, mas mesmo assim um borrachudo chegou a picar a Cris e morrer afogado no produto!

Tirando esse detalhe, a praia do Julião é bem bonita. Tem uma faixa de areia bem estreita, mas a água era muito transparente e logo no começo do mar já era possível avistar sargentinhos que vinham em direção aos banhistas. Essa faixa de areia é emoldurada por árvores, o que torna o visual bem bacana. O local estava perfeito para uso de snorkel, porém achamos bem arriscado nadar além da região de pedras, já que havia muitos barcos passando nessa área e as vezes em alta velocidade, e bem próximo dos banhistas. Algumas pessoas que estavam usando caiaques e stand-up eram cortados por esses barcos o tempo todo. A presença maciça de barcos motorizados, lanchas e afins tornava o visual de todas as praias bem menos atraente... ainda mais pelo cheiro dos combustíveis e muitas vezes com música alta.

Sargentinhos recepcionando os banhistas

Detalhe da transparência da água

Até uma estrela do mar foi possível avistar

E também mais lixo!!!

Vista da Praia do Julião
Um personagem engraçado dessa praia foi um simpático cãozinho que divertia as pessoas ao redor correndo atrás da própria sombra (ou qualquer outro reflexo que aparecesse no chão). Ele chegava inclusive a tentar cavar a areia em busca de alguma coisa.

Cachorrinho se estranhando!

Saindo de lá pensamos em parar na praia do Curral ou Veloso (ainda mais ao sul), porém não conseguimos achar lugar nenhum para parar e decidimos continuar sentido Sul para conhecer as outras praias. Infelizmente depois da praia do Veloso não há mais praias ao Sul que se pode chegar de carro (não há mar com faixa de areia), somente pontos com indicação de nomes mas que servem para pesca ou mergulhos (acessíveis via barco). Chegamos até o final da estrada (já de terra) chamado Sepituba, porém de lá só se inicia uma trilha para a Cachoeira da Lage e a trilha para a praia do Bonete. Nesse local havia uma cobrança de R$ 10,00 por carro para estacionar.

Após esse desencanto voltamos à Praia do Curral e decidimos parar em um dos estacionamentos cobrados. O mais barato que achamos foi de R$ 10,00 com direito a usar uma ducha de água doce. Todavia na Praia do Curral havia uma boa estrutura com banheiros públicos e duchas gratuitas.

A praia do Curral, como a praia do Julião, possui uma faixa estreita de areia e as cadeiras dos quiosques ocupavam quase todo o espaço, o que obrigava os banhistas a andarem pelas águas ou por entre as mesas para passar. Decidimos parar no quiosque Timão Bar e pedimos uma porção de fritas (R$ 18,00) e iscas de peixe (R$ 47,00). Estavam OK apesar dos preços. Depois de um tempo nessa praia, que não tinha ondas e a água era bem mais turva que a do Julião, voltamos ao hotel.

Pela noite fomos jantar novamente na vila, em um restaurante chamado Bacalhau Villa. Esse também indicava pratos individuais na entrada mas os mesmos estavam presente no cardápio. Gostamos desse local e os preços praticados estavam bem mais em conta que o resto do que vimos na ilha. Após o jantar decidimos passar no Perequê, já que deveria estar acontecendo um show do Jorge Ben Jor, programado para 20:30, mas às 22hs ainda anunciavam que iria começar em breve. Como estava chovendo bastante a a luz estava caindo o tempo todo, achamos melhor voltar ao hotel mesmo.

O domingo acabou sendo nosso último dia útil na ilha, já que na 2a. feira tivemos contratempos de saúde e já nos havíamos  programados de voltar cedo na 3a. feira de Carnaval, evitando congestionamentos. Resolvemos conhecer a praia mais ao Norte da ilha, acessível de carro, a praia do Jabaquara. O trecho de estrada de terra que pegamos (cerca de 8 Km) estava até ótima pelo volume de chuvas da noite anterior. Chegamos à praia sem problemas, porém, uma vez lá o óbvio, havia dois estacionamentos que permitiam que os carros chegassem próximos à praia, ambos por R$ 20,00, e outros na beira da estrada, com preços que variavam entre R$ 15,00 e R$ 10,00. Paramos na estrada mesmo e ainda precisamos pagar esses R$ 10,00. Da estrada até a praia é uma caminhadinha de 1 Km no máximo, todo em descida e algumas vezes um pouco escorregadio, mas nada problemático de fato.

A praia possui uma faixa de areia bem mais avantajada se comparada com as demais praias que fomo na ilha, com uma água com poucas ondas e uma boa transparência para snorkelling. Ela possui uma boa estrutura de restaurante + quiosque que lhe permite não precisar levar cadeiras e guarda-sol, porém como sempre, com bastante lixo espalhado pela areia e pelas águas.

No canto esquerdo da praia havia um rio que desembocava no mar, formando um ponto gostoso para um banho em dias mais quentes.

Vista da praia do Jabaquara

Ficamos um tempo curtindo a praia em uma mesa do bar e restaurante Canto do Jabaquara. Os preços eram bem altos, como água de coco por R$ 10,00, o que não nos encorajou a almoçar no local, então depois de uma boa nadada e observar o trânsito incessante de lanchas, barcos e iates, voltamos da praia e achamos um mirante bem legal para uma foto (típica dessa praia, procurem no google e acharão várias semelhantes).

Foto do alto da praia do Jabaquara

De volta à ilha almoçamos em um restaurante com uma fachada muito interessante. De fora parece que você está olhando para uma pracinha, fechada com um muro baixo de pedras e uma pequena cerca de arcos de metal. É o restaurante Vila Caranguejo. Dentro dele há uma disposição de mesas entre árvores bem aconchegante. Os preços foram os mesmos altos de sempre, porém ao contrário dos demais que pareciam limpos, achamos alguns fios de cabelo na salada.

Mais um passeio pela vila e voltamos para o hotel. Na janta fomos a um restaurante de um hotel próximo da pousada chamado Ilha Deck Hotel. Havia música ao vivo e o atendimento estava muito bom. Pedimos um Filé a Parmigiana, que estava bem servido e com um bom preço. Após o jantar precisamos esperar um pouco para voltar ao carro, que estava estacionado um pouco longe, já que não havia vagas nas proximidades e chovia horrores (com direito a um riozinho passando pela beira da calçada). Quando voltamos ao hotel houve novos piques de luz e com certeza desistimos novamente de ir conhecer os desfiles de blocos do carnaval de Ilhabela.

Na 3a. feira, juntamos a mala e zarpamos para casa. Saímos da ilha por volta de 8:30AM e não pegamos transito nenhum praticamente na Tamoios, ufa.

Como conclusão do passeio, obviamente gostamos muito de Ubatuba e achamos que Ilhabela não vale a pena no Carnaval, já que é impossível conhecer suas belezas nessa época. Ainda ficamos com uma vontade de quero mais, tanto para Ubatuba quanto para Ilhabela. Nesta última ainda existem famosos passeios a serem feitos, como a Praia de Castelhanos e do Bonete, entre outras. Mas fica para uma próxima, quando estivermos visitando a Ilha na época certa e quando tivermos nos preparado adequadamente contra os famigerados borrachudos!