domingo, 12 de julho de 2015

Maranhão - Lençois Maranhenses

Nesse feriado de julho, escolhemos visitar os lençóis Maranhenses, já que é o melhor mês para conhecer o local, visto que as lagoas já estão cheias e o visual está no seu maior esplendor!
Chegamos no aeroporto de São Luís por volta de 02:15 AM e entramos em contato com a Van que havíamos reservado para o traslado até Barreirinhas (Van Guilherme, contato (98) 99975-3995). Segundo o Guilherme, nós deveríamos aguardar próximo do café Palheta que ele estaria chegando logo e a Van partiria entre 02:30 - 03:00hrs (por contato telefônico anterior ele já havia nos informado que saía nesse horário). O Guilherme só chegou às 03AM e nós só partirmos às 04:15AM. Ninguém explicava o motivo de tanto atraso. Se tivesse sido dito desde o começo que a van sairia às 4AM, não teríamos ficado esperando igual bobo por 2h achando que ele chegaria em 15min. Teríamos ocupado nosso tempo. Depois de entrarmos na van, foram pouco mais de 3hs de viagem muito sofrida, já que o motorista corria demais e fazia frenagens muito bruscas que impedia qualquer um de tentar dormir, ou mesmo relaxar.
Chegamos na Pousada Sítio Preguiças (contatos (98) 3349-1443 / (98) 98729-6084, site aqui) por volta de 07:30 e fomos muito bem recebidos pela proprietária Régina (é assim mesmo, com "e" acentuado) que já nos acomodou em nosso quarto (n 10) e ainda nos permitiu tomar o café da manhã sem problemas, e nossa diária começaria naquele dia às 12h, ou seja, o horário de check in foi o horário que chegamos mesmo, sem complicações ou taxas a mais. Nem precisamos negociar, ela mesmo já nos levou para o quarto. Muito amável.
A Pousada é simples mas muito aconchegante. Eles estavam ampliando o número de quartos e apostamos que em breve a Pousada estará mais linda ainda.
Apenas uma dica, se você tiver problemas com escadas tipo caracol peça seu quarto no térreo. Eles criaram quartos na parte de cima da casa principal e o acesso é por uma escada caracol.
Nosso quarto era bom, simples mas tinha um ar condicionado salvador rs.

Nosso quarto


Detalhe ar-condicionado e TV


Banheiro do nosso quarto

Antes de chegarmos havíamos trocado emails com a pousada para agendar nossos passeios, já que eles auxiliam nisso e sem cobrar nada a mais e com preços ótimos.
Uma vez lá conhecemos a Gleide, funcionária fantástica da pousada, que mesmo com tudo marcado não mediu esforços para montar grupos e até pechinchar por nós para que os passeios ficassem mais baratos. Graças a sua destreza todos os passeios foram um sucesso e tudo foi excepcionalmente pontual.
No primeiro dia, 5a feira, havíamos marcado o passeio da Lagoa Azul pela tarde. Com isso esperávamos descansar pela manhã. Saímos da pousada perto das 11AM para resolver um problema no Banco do Brasil, que é uns 800m da Pousada, e depois procuramos um lugar para almoçar. Encontramos o Dona Flora, na mesma rua do Banco do Brasil. Que achado. Olhando de fora você só nota as mesas dentro do salão. Nada chamativo como os restaurantes da Beira Rio. Em compensação adoramos demais a comida. A senhora que nos atendeu era de uma simpatia ímpar. Eles tem uns 6 tipos de opções e servem almoço comercial. Experimentamos o filé de frango que estava fantástico. Acompanha uma saladinha, arroz, macarrão, feijão delicioso, temperado com coentro, e farofa. Bebemos um Guarana Jesus e voltamos para a pousada para nos arrumarmos para o passeio.
Às 14hs em ponto o carro que nos levaria no passeio chegou na pousada. Conhecemos nosso guia, Dinison (não sei se é assim que escreve, mas se pronuncia dessa forma), e subimos na Hillux modificada com 3 fileiras de bancos contínuos na traseira e uma lona pra proteger do sol. Todos os passeios de 4x4 são feitos em veículos desse tipo, em caminhonetes não muito novas. Depois de pegar todo o pessoal, o carro para em um mercadinho para que as pessoas comprem água e lanche, caso não tenham trazido. O veículo tem uma caixa térmica na traseira MAS NÃO É PERMITIDO BEBIDAS ALCOÓLICAS NO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES. A caminhonete vai até uma balsa onde fazemos a travessia do Rio Preguiça. Existem algumas barracas de artesanato e tanto na ida quanto na volta é possível comprar coisas enquanto você espera que sua caminhonete entre na balsa para partir (geralmente há fila, não muito grande). Um dos vilarejos do caminho produz um destilado de mandioca conhecido na região, a Tiquira. Nas lojas de artesanato vendem esse produto. Em alguns bares é possível comprar doses da forte bebida.

Travessia do rio Preguiças de balsa


O trajeto dura em torno de 40 minutos e sacoleja, sacode, balança, ou qualquer palavra que você queira usar pra definir o balanço de um touro mecânico. Rs. Depois de todo esse sufoco, chegamos então no início dos Lençóis Maranhenses. A partir daí o caminho é feito descalço e a areia é fria, por incrível que pareça.

Local de parada dos veículos, aonde começa a trilha a pé


A primeira lagoa visitada é a da preguiça, seguida da esmeralda e por último a Lagoa Azul. No ano de 2015 as chuvas de inverno da região (inverno na região = período de chuvas = dezembro à julho) foram fracas e as lagoas não estavam tão vistosas. Inclusive as lagoas secarão antes do previsto esse ano, portanto, se quiser ir este ano, vá logo!

Lagoa da preguiça

Lagoa da esmeralda
Lagoa azul

Uma vez lá, o guia te deixa livre pra caminhar a vontade, mas é preciso ter atenção em horários e não se distanciar muito, já que não é impossível se perder (acreditem que a cada ano pelo menos um turista se perde). As lagoas são rasas, de água doce (água das chuvas represada), e até que fresquinhas. O difícil é mesmo subir as dunas que separam as lagoas, já que o caminho, embora seja curto, exige bastante da musculatura das pernas para andar na areia fofa.
Por mais que descrevamos como é o parque, só estando lá para entender o que são os Lençóis Maranhenses. É algo diferente de tudo que você já viu e verá. A sensação que temos é que é um deserto (embora não seja) repleto de oásis.
Exploramos um pouco a região e subimos uma duna à esquerda da lagoa azul, para vermos o visual. Muito lindo! Não eram lençóis, era uma área com vegetação e lagos. Lindo!

Vista à esquerda da lagoa azul
Panorâmica da vista à esquerda da lagoa azul
Depois subimos a duna da direita, para ver o outro lado. Dessa vez já era uma vista dos lençois.

Vista à direita da lagoa azul
Por volta de 17hs nosso guia nos chamou para irmos a um ponto bem alto e vislumbrarmos um lindo visual. Após isso seguimos a outro ponto mais alto para curtirmos um magnífico por do sol. Infelizmente, ao fim houve um eclipse nuvial (parafraseando o guia Natal de Fernando de Noronha, para o efeito das nuvens cobrindo o sol e nos impedindo de ver o seu pôr). Mesmo assim foi lindo.

Pôr do sol visto ao final da trilha da lagoa azul


Visto isso, mais 40 minutos de balanço e voltamos para Barreirinhas. A caminhonete nos deixou na pousada, onde recebemos da Gleide o feedback do passeio do dia seguinte. Tomamos banho e fomos jantar no centro. Escolhemos na Beira Rio o restaurante A Canoa. Ele é bem arrumado e tinha música ao vivo do lado de fora, onde havia várias mesinhas refrescadas pelo vento que vinha do rio. Pedimos um peixe ao molho de maracujá e uma pasta à Carbonara. Ambos estavam bons e o preço não era tão salgado se comparado com vários lugares que passamos. Em média 35 o prato.

Restaurante "A Canoa"


Voltamos então para a Pousada já que acordaríamos cedo no dia seguinte.
Uma observação: quem quiser comprimir os passeios, talvez valha a pena fazer a Lagoa Azul juntamente com a Lagoa Bonita. Assim o passeio durará o dia inteiro. Nossa dica é deixar a Lagoa Bonita para a tarde já que o por do sol nela é mais bonito, além do próprio local ser mais belo.
Na 6a. feira estava preparado para fazermos um passeio de lancha que descia o Rio Preguiças e passava por Vassouras, Caburé e Mandacaru, mas graças à destreza da Gleide, ela conseguiu incluir uma extensão do passeio, indo até o povoado de Atins e curtindo as lagoas de lá. Ela pediu pra inverterem a ordem do passeio comum, indo direto ao Atins e depois parando nos destinos citados anteriormente. Tomamos o café da manhã por volta de 07:20 e às 08AM, pontualmente, um carro veio nos pegar para nós deixar no ponto de embarque da lancha.


Rio Preguiças

Buriti à margem do rio preguiças

A lancha leva 1,5 horas pra chegar no Atins. Lá havia uma caminhonete nos esperando para nos levar às lagoas. Passamos pelo vilarejo, que conta também com pousadas e reservamos um almoço no restaurante do seu Antônio (que conta com duas opções de camarão, que dizem ser o carro chefe, duas de peixe e uma de frango. Tudo bem caro, iniciando a 60,00 para duas pessoas).
Lá fomos informados que há um passeio que faz a travessia dos Lençóis, dura 3 dias, onde se atravessa o parque de Atins a Santo Amaro, dormindo em redes e visitando as duas maiores lagoas do parque, Queimada dos Britos e Baixa Grande. O guia que nos conduziu faz este passeio, que custa 600 reais independente do número de pessoas. Contato do guia para fazer a travessia: Silas - ele pediu pra entrar em contato com ele no próprio restaurante do Seu Antonio: (98) 98881-3138. Como o sinal lá é ruim, pode ser necessário várias tentativas.

Mapa da região aode é feita a travessia, saindo de Atins à direita e chegando em Santo Amaro à esquerda

Antes de chegarmos lá não lemos nada a respeito e a ideia de pernoitar sob o céu estrelado dos Lençóis nos atraiu muito, mas não havia tempo.
Após a reserva do almoço, o carro então seguiu até as dunas do Atins, onde ventava muito, chegando a ser incômodo. Mulheres prendam o cabelo ou façam tranças... O cabelo da Cris, que estava de rabo, embaraçou ao ponto de dar nós quase impossíveis de desfazer, mesmo com excelentes condicionadores! Ela chegou a achar que ia ter que cortar o cabelo para tirar os nós. Mas após quase 1h tentando desembaraçar, tudo terminou bem. Rs. Pra quem usa lente, também é complicado, pois a areia é muito fina e o vento é muito forte, o que irrita muito os olhos.
As lagoas de lá são análogas ao passeio da Lagoa Azul, e curtimos um bom tempo lá. Até que chegou a hora de irmos ao restaurante.

Primeira lagoa - Canto do Atins


Canto do Atins

Canto do Atins

Lagoas do Canto do Atins

Canto do Atins
O almoço de lá é bem simples, pedimos o peixe grelhado, que estava bem passado mas era bem gorduroso. Acompanhava arroz, feijão fradinho, um pouquinho de farofa e 3 rodelas de tomate. Deu saudades da Dona Flora que, pela metade do preço, servia o dobro de sabor e qualidade. Terminado o almoço descansamos nas redes que o restaurante oferece até a hora de irmos embora, de volta à lancha. O restaurante aceita cartão, mas traga dinheiro se precisar pagar assim, já que só há dois pontos específicos que o seu Antônio consegue fazer a maquininha de cartão funcionar. Não é muito garantido seu funcionamento sempre.
Na volta do restaurante a caminhonete passou ao lado do local onde o rio se encontra com o mar. Paramos para fotos, onde um pessoal praticava Kite Surf e o guia disse que quem pernoita em Atins , além de curtir um lindo céu à noite, vai pra esse local para ver os plânctons que brilham no escuro.

Praia de Atins - encontro do rio com o mar

Às 14:30 em ponto encontramos com a lancha para a continuação do passeio.
Na volta paramos primeiro em Caburé, que é um cabo que separa o rio do mar, possui pousadas e bares, além de aluguel de quadriciclo. Nos deram 20 minutinhos para ficar lá, então corremos para o mar, que é  bem agitado, diga-se de passagem, nadamos um pouco e voltamos para a lancha.

Praia de Caburé

Praia de Caburé

A próxima parada foi o vilarejo de Mandacaru, onde subimos no farol para curtir a paisagem, vimos as lojinhas de artesanatos, tomamos um sorvete de castanha de caju e uma água de coco e voltamos à lancha. Nota: em toda a região são vendidos diversos produtos feitos da fibra do buriti, espécie nativa e abundante por lá. Desde bolsas, até porta guardanapos. Rs.


Vista do farol, não dá pra ver na foto, mas ao fundo é o começo dos grandes lençóis

Vista do farol, ao fundo os pequenos lençóis

Farol de Mandacaru

O último ponto de parada foi Vassouras, que é um ponto de início dos pequenos Lençóis. Lá andamos um pouco pelas dunas, nos banhamos em uma lagoa (nada muito diferente dos grandes Lençóis) e voltamos no restaurante que fica na beira do rio, onde pudemos ver macacos prego felizes com os turistas entregando bananas para eles. Muito espertos esses macaquinhos. Quase roubaram a cesta de bananas que uma criança carregava.

Lagoa em Vasouras, nos pequenos lençóis

Macaco prego em Vassouras


Depois disso a lancha nos conduziu até  Barreirinhas, onde o carro nos esperava pra nos deixar na Pousada.

Pôr do sol no rio Preguiças

Nessa noite jantamos no restaurante O Bambu, onde pedimos uma pizza (bem fininha e magrinha, mas porque é o costume da região). Depois da janta, curtimos um pouco do Bumba meu Boi que era apresentado na pracinha central e depois o show da maranhense Flavia Bittencourt. Tudo muito bom.
No sábado acordamos um pouco mais tarde, já que havíamos agendado o sobrevoo para as 10AM. E exatamente nesse horário um carro veio nos buscar para nos levar ao aeroporto local. O aeroporto está em reformas (paradas segundo nos contaram) já que ele deverá receber em breve voos comerciais.
Depois de prepararem a aeronave, nos chamaram para subir a bordo. O avião era bem pequeno, com capacidade para somente 3 passageiros. Neste voo fomos só nós dois, e a vista do lado direito é mais legal que a do lado esquerdo. Isso porque durante quase todo trajeto os lençóis, tanto os pequenos quanto os grandes estão deste lado. O sobrevoo permite ter uma ideia bem clara da magnitude dessa maravilha que são os Lençóis. Valeu a pena por isso. Durante o vôo só houve turbulência uma vez e o passeio aparenta ser bem seguro no geral.
Outra visão linda é o Rio Preguiças e seu estuário, muito maravilhoso. Inclusive deu pra ver o atalho no rio, feito à mão, que o guia nos mostrou no dia anterior. Este atalho diminui a distância percorrida no rio, da praia até Barreirinhas, onde eram vendidos os peixes vindos do litoral, e um detalhe: o caminho era feito a remo (percurso que de lancha a motor gastamos 1:30h)!

Aeroporto de Barreirinhas
Sobrevôo - vista do rio preguiças


Sobrevôo - vista dos pequenos lençóis

Sobrevôo - vista do farol de Mandacaru

Sobrevôo - vista da praia de Caburé

Sobrevôo - vista do encontro do rio Preguiças com o mar
Sobrevôo - Começo dos grandes lençóis


Sobrevôo - Grandes lençóis
Sobrevôo - vista dos grandes lençóis


Terminado o vôo, fomos com o proprietário do avião até a agência para pagarmos o passeio no cartão e fizemos uma hora lá na Beira Rio até dar a hora de almoçar na Dona Flora de novo.
Tentamos agendar um City tour em São Luís para o dia seguinte à tarde, visto que chegaríamos na hora do almoço e o voo era só 17h. Todavia, nos disseram que aos domingos os passeios são realizados apenas de manhã, pois à tarde o centro histórico é perigoso.
Aqui vale uma nota, a menos que você queira pagar um translado privativo, o que seria bem mais caro, pegue seu voo logo no começo da tarde, pois todos os traslados saem de Barreirinhas pela manhã e não dá pra aproveitar esse tempo pra fazer um passeio a mais.
Após o almoço na Dona Flora, voltamos para a pousada para nos prepararmos para o último e mais belo passeio, a Lagoa Bonita.
Pontualmente a van nos pegou, porém ficamos mais de 30 minutos aguardando o próximo grupo de turistas. Isso foi super chato, pois afinal tivemos 30 minutos a menos nos lençóis.
Neste passeio o trajeto de 4x4 é bem mais tranquilo, pois balança bem menos. O trajeto dura em torno de 1h e chegando lá, a trilha, novamente descalço, começa por uma subida tão íngreme que tem até uma corda para ajudar!
Chegando ao alto, já sem fôlego por causa da subida, você perde o fôlego com a vista! Tem-se uma visão privilegiada dos lençóis, a perder de vista, sendo possível visualizar diversas lagoas e dunas. Magnífico!

Vista inicial da trilha da lagoa bonita, após a super duna que precisa de corda pra subir


A caminhada também é igual à da lagoa azul ou menor. Passamos por 3 lagoas, a do descanso, onde paramos apenas para fotos, seguindo para a lagoa do clone, onde foi filmada a novela global de mesmo nome e na qual ficamos uns 30 min para curtir a lagoa e por fim, a tão esperada lagoa bonita, que graças às poucas chuvas, não estava completamente cheia, com algumas "ilhas" no meio, mas onde pudemos ficar curtindo o sol indo embora, de dentro da lagoa, num lindo espetáculo.


Lagoa do descanso

Lagoa do Clone

Lagoa nova, que surgiu há uns dois anos, fica no caminho da lagoa do clone para a lagoa bonita

Lagoa bonita, com uma ilha central por não ter enchido completamente

"Continuação" da lagoa bonita

Curtindo o sol na lagoa bonita

Quando o pôr do sol está próximo, voltamos então para a duna inicial onde chegamos (a mesma após a corda e com visual estonteante) e todas as pessoas que fizeram esse passeio, de todas as agências, ficam sentadas aguardando o sol se por. Dessa vez o por do sol foi lindíssimo, sem nuvens ou qualquer outra interferência e num cenário lindo!



Visual dos lençóis no caminho de volta da lagoa bonita

O sol se despedindo dos lençóis

Por do sol magnífico nos lençóis após a trilha da lagoa bonita

Por do sol magnífico nos lençóis após a trilha da lagoa bonita

E lá se foi o astro maior. Lindo espetáculo!

Ao final do pôr do sol, todos aplaudiram esse lindo espetáculo da natureza!
Ouso dizer duas coisas: 1) se você não puder pagar o voo de monomotor, faça o passeio da lagoa bonita que você terá uma visão global dos lençóis que faz uma boa substituição ao voo. 2) Embora tenhamos visto o por do sol em muitos lugares, um mais lindo que o outro, se esse não foi o mais bonito, com certeza está entre os 3 melhores.
Findo o espetáculo, voltamos para o carro, e percorremos novamente o caminho de 1h de volta, agora um pouco tristes pois tinha acabado os passeios nos lençóis.
Chegando na balsa, que por sinal não é a mesma do trajeto para a lagoa azul, como no local não há nenhuma iluminação (também não tem lojas de artesanato ou lanche), nos afastamos um pouco dos faróis das caminhantes, enquanto esperávamos para entrar na balsa, para ver o céu e fomos agraciados com muitos vaga lumes e com uma noite repleta de estrelas!

Atravessando o rio Preguiças de balsa, já à noite


De volta à pousada, já por volta das 19:30h, nos aprontamos para ir pra Beira Rio, onde desta vez jantamos no restaurante O Jacaré apreciando um delicioso prato local com carne de sol e Baião de dois. A garçonete que nos atendeu, a Ilze, era fantástica. Carregou sozinha uma mesa para nos acomodar do lado de fora do bar e mesmo com o restaurante lotado deu conta de tudo!

Restaurante "O Jacaré"

Nossa carne de sol com baião de dois. Delícia!

Na volta para a pousada, quando chegamos na praça vimos que já estava tarde e o show de reggae estava em sua última música.
Voltamos pra pousada e no dia seguinte pegamos a van às 8:30h, pontualmente. Dessa vez fomos com o senhor Jorge, que dirigiu de forma bem mais prudente que o motorista da ida. Não temos o contato dele pois foi a própria Gleide quem fez a reserva. Dessa forma peça ao pessoal da pousada os dados do Jorge para agendamento.

Valores por pessoa:
Lagoa azul - 60
Mandacaru, Caburé, Vassouras e Atins - 120 (preço muito bem pechinchado pela Gleide, para nosso passeio modificado)
Sobrevoo - 300
Lagoa bonita - 60


Dicas:
Em Barreirinhas só tem agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica.
Se você tiver apenas um dia nos lençóis, opte pela lagoa bonita. É imperdível.
Se você tiver disposição (bastante) em 3 dias dá pra conhecer bem os lençóis, fazendo em um dia lagoa azul e bonita, no outro Mandacaru, Caburé, Vassouras e Atins e no terceiro dia passeio de quadriciclo. Este último não fizemos, mas disseram que é muito radical, pra quem gosta de aventura.... Dizem ser quase um Rally dos Sertões.
Se você tiver um pouco mais de tempo pode passar uma noite em Atins, uma noite em Santo Amaro e talvez até fazer a travessia.
Fim de mais uma viagem inesquecível. Espero que o relato o ajude na preparação da sua viagem aos lençóis! Até a próxima aventura!