terça-feira, 14 de novembro de 2017

Chile - Atacama


ATACAMA


O Chile é um país muito extenso, tendo várias atrações desde seu extremo norte, com salinas lindas, até o extremo sul, com paisagens geladas. Como temos ainda interesse em um dia conhecer a Patagônia exclusivamente, e as salinas da Bolívia, decidimos conhecer 3 pontos de interesse do Chile:
- Deserto do Atacama
- Santiago e Arredores
- Lagos Andinos
Dessa forma criamos um roteiro para ir primeiro ao Atacama, já que seria o passeio mais sofrível, terminando nos Lagos Andinos, onde os passeios seriam mais tranquilos. Não optamos por nenhuma escalada aos vulcões por não estarmos em condições na época da viagem!
Uma dica presente em todos os blogs sobre o Chile. Vale muito a pena pagar a hospedagem em dólar (caso você consiga comprar com antecedência no Brasil, por um câmbio razoável). Isso porque ao pagar em dólar você fica isento do IVA de 19%, bastando você apresentar o passaporte (já que somente turistas estrangeiros, pagando em dólar tem essa isenção).
Começando então pelo Atacama, fechamos todos os passeios ainda no Brasil com a Chile Conectado. O contato foi feito através da Daiane (daiane.madeira@chileconectado.com.br) com a empresa Chile Conectado ou 123Andes, que são a mesma coisa. Pagamos 50% do valor antecipado. Em nossas leituras tínhamos ouvido falar muito bem das empresas Ayllu e FlaviaBia, porém o valor delas era mais que o dobro da Chile Conectado. Como lemos em um comentário do TripAdvisor que a Chile conectado não perdia em nada pras outras duas, resolvemos arriscar. Realmente não perde em nada! Os guias são fantásticos, falam um excelente portunhol e explicam muito bem. As refeições tbm foram maravilhosas, tudo muito gostoso! Não temos nada a reclamar! Na verdade, pelo que vimos nos passeios, o preço mais caro da Ayllu e FlaviaBia são por alguns itens de conforto, como cadeiras para sentar no café da manhã, roupão de banho onde é necessário entrar na água, etc. Aí vai do gosto de cada um... pra gente foi super tranquilo, gostamos muito!
Também deixamos reservado o tour astronômico, com a Space. O contato foi feito através do site http://www.spaceobs.com. No caso deles a reserva é feita sem um depósito antecipado, sendo que se não comparecer na agência até às 15h do dia, a reserva é cancelada.
 Pegamos os vôos internacionais com a Latam e os regionais com a SKY, que parece ser a única operadora regional do país. Na ida paramos em Santiago, onde tivemos que esperar umas 10 horas até o voo Santiago x Calama. No aeroporto de Santiago, durante a noite/madrugada pudemos ver a imgração de pessoas da África, que precisavam ficar em uma sala separada até a liberação com a documentação pronta, e seus parentes todos angustiados no saguão, a espera dos seus entes... Uma cena impactante.
Depois de muuuuita espera e passeio pelo aeroporto, seguimos para Calama. Do voo se tem um visual incrível do deserto e da mineração nos arredores.



Dia 1 - Chegada em São Pedro do Atacama / Laguna Cejar / Ojos de Salar / Laguna Tebinquiche / Space - Tour Astronômico



Chegando no aeroporto de Calama, já se sente a secura.... como não tínhamos nenhuma água, tivemos que comprar no aeroporto mesmo. Os olhos da cara! Compramos em uma lojinha ainda no desembarque e pagamos 3.500CLP por uma água de 500mL. Nas lojas após o desembarque é um pouco mais barato.
Como já estávamos com o nosso transfer agendado pela nossa pousada, fomos direto na transandino. A reserva antecipada nos gerou um valor mais barato que o valor de balcão, pagamos 18.000CLP por pessoa ida e volta de Calama à São Pedro de Atacama - o preço de balcão é 20.000CLP p/p. 
Pagamos as passagens e nos pediram calorosamente para: 
1-) Não perder o ticket de retorno
2-) Confirmar no dia anterior à partida que iríamos embarcar ou avisar se houvesse mudança de horários.
Logo já encheu a van e em uns 15min já estávamos a caminho de São Pedro. Não sei se só tivesse nós 2 indo pra São Pedro se teríamos que ficar esperando encher.
Às 10:30h já estávamos em São Pedro do Atacama, que parece um oásis no meio do nada, mesmo sendo beeem empoeirada rs. É uma cidadezinha bem bonita e um espetáculo de construções com matéria-prima local (barro e madeira). Algumas muito elegantes, outras mais simples, mas tudo bem diferente do que já havíamos visto antes.
Fizemos check-in na nossa pousada, hostal Quinta Adela. Aqui vale uma observação: lá eles chamam pousada de hostal com A, hostel com E é igual aos nossos, com quarto compartilhado. 
A pousada era uma fofura! Na verdade, o pessoal faz milagre lá, porque as casa são construídas de barro e nas ruas é uma poeira só, mas dentro dos lugares é tudo muito limpo, organizado e bonito.

Cama Grande e Muito Confortável

Calefação - Liga Automaticamente quando Abaixo de 10o Celcius - Presente em Todas as Hospedarias do Chile
Chuveiro Com Boa Temperatura da Água
Assim que nos organizamos, fomos na agência da Chile Conectado, para garantir que o nosso passeio chegaria à tempo de fazer o tour astronômico, que estava agendado para aquele mesmo dia às 20:45h. Na agência, o Junior, brasileiro muito simpático que nos atendeu, precisou fazer algumas alterações nos nossos passeios, pois no dia seguinte, domingo, teria eleições presidenciais no Chile e a atração Termas de Puritama, que faríamos nesse dia, estaria fechada. Ele também trocou o passeio de sábado, íamos fazer Valle de la Luna e ele mudou pra Laguna Cejar, pois esse era mais garantido de chegar até às 20h.
Feito isso, fomos na Space e fizemos o pagamento para confirmar o nosso passeio.
O único inconveniente da alteração dos passeios é que havíamos organizado os passeios de tal forma que os passeios de altitude (Lagunas Altiplânicas/Piedras Rojas, Salar de Tara e Geisers EL Tatio) ficassem para o final, e com a alteração faríamos o passeio Lagunas Altiplânicas/Piedras Rojas no domingo (nosso 2º. dia no Atacama). Para garantir, compramos umas folhas de coca (500CLP o saquinho).
Como nosso primeiro passeio só saía às 16h, fomos conhecer a cidade, compramos uma água no supermercado (1.700CLP por 6L da Nestlé – purificada, não mineral) e fomos almoçar no Picá del Indio, indicação do Junior, 5.000CLP o menu do dia, composto por entrada, prato principal e sobremesa. A refeição era ótima e o lugar super agradável.
Voltamos para a pousada e descansamos um pouco até a hora do passeio. Na nossa pousada também tinha água pra vender, 1.000CLP a garrafa de 1L (essa indicando ser mineral). Pegamos 2 garrafas, pois ficaria inviável ficar levando o garrafão junto com a gente. Os guias recomendam levar 1,5L por pessoa. E realmente precisa. Bebe-se muita água lá. 
Uma dica que um dos guias deu, porém pra gente não ajudou (a dica foi no último dia), é que a água que bebíamos não era água mineral, mas sim água purificada. Com isso ela não tinha minerais e portanto não hidratava bem. O ideal é procurar uma que seja mineral ou levar pelo menos um Gatorade ou Powerade, que hidratam melhor.
Chegamos na agencia um pouco antes para o passeio e lembramos o Junior de avisar o guia para não atrasar. Neste momento o guia falou que era impossível chegar às 20h, pois o sol se punha às 20h e o passeio terminava com a vista do pôr do sol. Ele poderia garantir 20:40h. Ok, como estávamos com roupa suficiente, daria para ir direto pro tour astronômico. O problema é que na Laguna Cejar, tem a laguna salgada, com mais sal que o mar morto e onde não se afunda dentro d’água, ou seja, ainda iríamos tomar um banho numa água ultra salgada. No local há chuveiros de água doce para enxaguar, mas não se pode usar sabonete/shampoo e o banho não pode ultrapassar 3min. Bem, a Cris teria que desistir de entrar na laguna ou desencanar da frescura e ir pro tour astronômico com resquícios de sal mesmo.... kkkk
A primeira atração era a Laguna Cejar, onde na verdade existem duas lagunas no local: a laguna Cejar, propriamente dita, que é proibida para banho, e uma outra laguna, a laguna Piedra, que é a famosa laguna mais salgada que o Mar Morto. 


Placas Informativas na Entrada

 A laguna tem cerca de 35% de sal. E a pergunta que não quer calar: não afunda mesmo? Não!!!! Na verdade se você tentar boiar os seu pés são até jogados pra cima! Muito louco! Esse fenômeno acontece porque a região da laguna é uma região mais baixa que todos os arredores, então o sal se acumulou neste local ao longo dos milhares de anos. No local paga-se 15.000CLP para entrar e há vestiário para a troca de roupa (cabines individuais separadas) e também banheiro. Mas há uma fila enorme para usar e fica uma pessoa controlando.
O banho dura pouco, pois o sal começa a judiar muito da pele.... Começa a arder a pele nos lugares com a pele mais fina... É bom evitar molhar o rosto e cabelo...
E a Cris entrou!!!!
Laguna Piedra
Sal por toda parte
Saindo de lá fomos aos chuveiros nos enxaguar, nos trocamos (ao sair da água faz muito frio) e fomos conhecer a laguna Cejar em si. É uma paisagem bem bonita, a lagoa, o vulcão Licancabur no fundo, muito bonito. Ficamos aproximadamente 1:30h no local.
Laguna Cejar
  
Magnífico Visual do Vulcão Licancabur ao Fundo
Em seguida fomos para o Ojos del Salar. Neste local não paga entrada e não é assim nada muito bonito. São duas lagoas, bem redondas, com a água de um verde bem escuro e só. Pode-se entrar nestas lagoas, mas ninguém do nosso grupo animou. Só fizemos algumas fotos e seguimos viagem (turistas de outros grupos estavam inclusive dando saltos da beirada até o lago). Um dos “olhos” estava impedida para banho, segundo nosso guia, porque há algum tempo atrás um grupo de turistas teria deixado um carro automático mal estacionado e o mesmo se deslocou e caiu no “ojo”. Realmente havia sinal de óleo sobre a água... vai saber né?
Um dos Ojos de Salar
A próxima e última atração era a Laguna Tebinquiche. Neste local há banheiro e paga-se 2.000CLP para entrar. Esse lugar sim é top!!!! É inacreditável a beleza! A lagoa tem um mix de cores, com uma paisagem de fundo incrível! Sempre com o Licancabur emoldurando a paisagem! Mas é muito, mas muito, mas muuuuuuito lindo mesmo! 
Laguna Tebinquiche
A van nos deixou no começo da trilha (que na verdade é um trajeto em torno de toda a laguna para tirar várias fotos) e após 40min, no encontraríamos no final da trilha para o lanche, fornecido pela empresa. O trajeto percorrido a pé é de aproximadamente 1Km.
 
Lindas Paisagens ao Longo da Trilha
Parece Neve mas são Cristais de Sal
Esse estilo de trilha é bem legal e comum em várias atrações do Atacama, porque ninguém estraga a foto de ninguém, todos conseguem ter a paisagem de fundo sem ninguém na foto, mesmo o local estando lotado. Além de não danificar a atração pisando em locais que não pode.... Esse lugar é encantador! 
Todas as Fotos na Trilha saem Magníficas - Detalhe para o Licancabur ao Fundo
Ao final tivemos o coquetel preparado pela empresa, com petiscos como azeitona, queijos, salame, patê com biscoito, batata chips, sucos, refrigerantes e pisco sour!!! KKK. O Ivan, que estava dirigindo a van, é um amorzinho e prepara os lanches com muito carinho!
Assistimos ao pôr do sol, que por sinal é lindo, e então o nosso guia Giovane nos disse que o maior espetáculo era nos 5min logo após o sol se pôr, que a cordilheira fica toda vermelha recebendo os últimos raios de sol..... E realmente é lindo mesmo!
Nosso Primeiro Pôr do Sol no Atacama
Últimos Raios de Sol nas Montanhas
Voltamos um pouco tenso por causa do horário de saída do tour astronômico, mas chegamos ao local onde o tour astronômico sairia às 20:40h (dá-lhe precisão do guia Giovane). O tour sai de um ponto de ônibus na esquina da Domingo Atienza com a Caracoles, bem próximo à agencia da Space. Como ainda tínhamos 10min de sobra até o ônibus sair, compramos um café no Café da Esquina, bem em frente ao ponto de ônibus. Como não dormimos à noite e o tour terminava tarde, precisávamos de uma certa cafeína. Quando o ônibus chegou, era para o tour em francês, eles são separados por idioma, só depois chegou o nosso.
O trajeto até o local dura uns 10min e ao se aproximar o ônibus já apaga os faróis. Então uma dica: deixe tudo o que vai usar (cachecol, gorro, luva, de fácil acesso). No nosso caso estava dentro da mochila e ficamos um bom tempo passando frio e procurando as coisas depois que o tour já tinha começado, porque lá não tem luz nenhuma e o tour já começa no instante em que o ônibus para. Vá muito, mas muito bem agasalhado mesmo! Fomos em Novembro e estava muito frio!
A opinião dos visitantes desse tour é muito variada.... a maioria das pessoas com quem conversamos não gostou. A Cris se frustrou muito, porque ela queria muito ver a Via Láctea como viu em algumas fotos da internet, mas chegando lá descobrimos que a Via Láctea estava na parte não visível, ou seja, abaixo dos nossos pés. O problema aqui é que em momento algum a Space avisa o que está visível em cada período do ano. Os planetários do Brasil sempre falam.... Além disso, de planetas só o Urano estava visível. Mais nenhum planeta. A gente ainda escolheu ir na Lua Nova, pois assim a Via Láctea estaria ainda mais destacada, ou seja, nem a lua vimos. Nos 10 telescópios, vimos apenas alguns pontos em quase todos, apenas 2 foram legais: o que avistamos as nebulosas de Magalhães, que a olho nu parece nuvem no céu e no telescópio vimos que é uma infinidade de estrelas; e a constelação de Órion, que no telescópio parece uma tarântula, com a visão da poeira espacial. 

A moça ficava com um laser verde, que apontava perfeitamente a posição das estrelas que ela queria mostrar e também formava com o laser as constelações, para entendermos o seu formato e portanto o seu nome. Ela mostrou todas as constelação do zodíaco que estavam visíveis, a Ursa Maior, Órion, etc. As explicações são muito legais, fantásticas na verdade pra que gosta de astronomia. É um pouco cansativo, pois ficamos mais de 2h em pé, olhando o céu. E por falar em céu, que visão. Como não havia um nuvem sequer, e como não há iluminação por perto, o céu era fantástico... lembrava da época de criança, visitando sítios de parentes... rs.
Chegamos na pousada já era quase 1h da manhã. Ficamos com medo de não ter água, pois tínhamos lido vários relatos que à noite a água acabava na cidade, mas no nosso hostal tinha!!! Tomamos banho e fomos dormir, pois no dia seguinte o passeio saía entre 06:30h e 7h. Aqui vale a recomendação de que embora tenha café da manhã nos passeios, ele é muito tarde. Então, o ideal é comer algo leve, pois se comer muito você pode sentir enjôo com a altitude.



Dia 2 - Piedras Rojas / Lagunas Altiplânicas / Salar de Chaxa



No dia seguinte, a van chegou pra nos buscar no horário previsto e o guia era o Ricardo. O Junior já tinha nos dito que ele era uma figura, e depois fomos verificando na prática! Kkkk.
Iríamos subir a mais de 4mil metros nesse dia, então por precaução, como não tivemos tempo para nos acostumar com a altitude já fomos mascando folha de coca. Deu tudo certo! Não sentimos nada! Na ida paramos no local onde iríamos almoçar, para que o guia pudesse reservar a quantidade de pratos. Aproveitamos para ir ao banheiro, coisa rara nos passeios em geral. Gente, foi aí que eu vi a coisa mais incrível de todo o Atacama!!! Lembrando que estamos em um deserto e que água é algo escasso, as descargas não tinham água. Porém, na frente de cada banheiro (cabine individual só com a privada) tinha, do lado de fora, uma bombona com água e uma jarra de plástico.... Pra cada banheiro! Assim, você usava o banheiro e pegava a jarrinha de água pra jogar no vaso.... Fala sério!!! Quantos lugares que você já foi no Brasil, por sinal em lugares com abundância de água e a descarga não funcionava e o dono do lugar deixava por isso mesmo..... Sem sequer se importar com o mal cheiro que ia ficando! Achei incrível!!!! E ainda tinha outra bombona separada, com torneirinha, para a lavagem das mãos... Simplesmente fantástico!
Nossa primeira parada foi em Piedras Rojas. O frio era absurdo! Ventava demais.... Até pra sorrir nas fotos doía o dente! Kkkk. A Cris parecia o SubZero do Mortal Kombat.... Só os olhos de fora e ainda de óculos escuros! Kkk
Pelas fotos que vimos na internet achei que o local seria bem mais bonito.... Não que seja feio, nada é feio no Atacama! E a paisagem varia muito entre verão e inverno, precisa se atentar a isso. Mas esse é um inconveniente de fazer as viagens por conta própria.... Como temos que pesquisar tudo antes, criamos expectativas... Creio que quem vai sem nem saber o que te espera se surpreende mais! Mas faz parte do processo de economia! Kkkk

Aves que Habitam a Região

Vista Deslumbrante do Vulcão ao Fundo
  



A Paisagem Parece até Pintura de tão Bela
Demos uma volta pelo lugar, tiramos várias fotos e na volta, o guia explicou que não se masca a folha de coca, só deixa ela na boca e depois descarta... Que se os pedacinhos de coca grudarem na parede do estômago, ao longo do tempo dá câncer de estômago!!! Somos 2 tontos mesmo!!! Kkkkk.
Em seguida fomos tomar o café preparado pelo nosso guia Ricardo com o famoso doce de leite com Rica Rica (uma planta do deserto). Fica muuuuuuuito bom!!!! A Rica Rica dá uma “quebrada” do doce, fica realmente algo bem interessante! O café estava maravilhoso, com os pães de azeitona e queijo que o Ricardo comprou na Franchutería (uma padaria/café de um francês, a 600m do centro), segundo ele, a melhor padaria de São Pedro. Realmente o pão era divino! Aliás, em nenhum lugar do Chile comemos o nosso “pão francês”... esse foi sem dúvida o melhor pão que comemos em todo o Chile!
Café da Manhã Muito bom e Variado
Bem, após o café seguimos viagem para as Lagunas Altiplânicas, onde paga-se uma entrada de 3.000CLP p/p. O lugar é show.... São duas lagoas, a Miscanti e a Miñiques... água azulzinha emoldurada pelas montanhas nevadas. Como fomos no calor, tinha pouca neve nos picos, mas o suficiente para ser uma paisagem incrível para os nossos olhos desacostumados com neve.... No local tem aquele mesmo estilo de trilha da laguna Tebinquiche. O trajeto é bem curtinho, não chega a 200m.
Lagoa Altiplânica Miscanti
Vicuñas - Lá se vê com Facilidade

Uma bela Raposinha
Na volta paramos em um campo florido para fazer um Mannequin Challenge, um filme de manequim humano, moda por lá... kkk
O lugar era magnífico! Com flores azuis e a montanha nevada no fundo, algo realmente maravilhoso!!!! Infelizmente não vamos poder compartilhar o vídeo com vocês pois a pessoa que gravou não nos encaminhou...... :(
Feito o vídeo, partimos para o almoço. O restaurante fica no povoado de Socaire, Cocineria Santa Barbara. Tinha frango, peixe, porco e opção vegetariana. A comida estava bem gostosa. Incluía também um refresco e o pão com patê, clássico como entrada em todos os restaurantes do Chile. Vêm mesmo se você não pedir entrada ou se pedir outra entrada! Eles já ficam na mesa, mesmo antes de você pedir alguma coisa.

O almoço estava bem gostoso e o garçom era uma graça! Uma diversão à parte! Na saída compramos um alfajor caseiro que o garçom estava vendendo por 1.000CLP.
Seguimos para o Povoado de Toconao, onde tem a fabricação do famoso vinho altiplânico. No povoado há uma pracinha com uns cactos gigantes, mas nada demais. Paramos na lojinha de uma amiga do nosso guia, onde havia uma Lhama de estimação que comia no seu ombro.... Hehe. O vinho altiplânico era 18.000CLP o cabernet sauvignon e 30.000CLP um Pinot Noir. Acabamos não comprando.... Não conseguiríamos tomar no atacama e levar isso embora seria um problema para a nossa logística. Experimentamos um sorvetes diferentes, de quinoa (lá eles pronunciam como Quínua).
Meio Sombreado mas a simpática Lhama
Seguimos então para o Salar de Chaxa, que fica dentro do Salar do Atacama, reserva nacional lós flamencos.... Aqui paga-se uma entrada de 2.500CLP p/p. O lugar é bem gostoso, cheio de flamingos, de uma paz..... Maravilhoso!
Neste local ficamos pouco tempo pois tinha um casal que iria fazer o tour astronômico nesse dia e precisava voltar mais cedo... Mas foi maravilhoso!
Flamingos Tranquilamente se Alimentando
À noite fomos comer uma pizza na Pizzeria Italiana. O local é até bonitinho, porém demorava bastante pois só tinham 2 pessoas pra atender e ainda preparar bebidas. Não gostamos do custo benefício. A pizza parece essas de supermercado, tipo da sadia. Bem pobrinha e bem cara, 10.000CLP a pizza sem embutidos ou carnes. A pizza tinha praticamente queijo, tomate e pimentão e custar 60 reais? Fala sério! Não comemos nenhuma carne pois recomendaram evitar carne vermelha no dia anterior aos passeios de altitude, e no dia seguinte seria salar de Tara.... então acabamos achando melhor evitar qualquer tipo de carne.
No dia seguinte a previsão para nos pegar era de 8h às 8:30h.



Dia 3 - Salar de Tara  


Levantamos, comemos um pouco e partimos para o Salar de Tara. Esse trajeto é muito louco.... Não há estrada, o guia ia andando pelo meio do nada!!! Muito louco! Mais uma vez fomos com o guia Ricardo. Ele é fantástico. Foi fazendo várias brincadeiras, com uma música especial para cada momento, o cara é 10!
A primeira parada é em uma lagoa na beira da estrada, cheia de flamingos... Beeeem bonita. Parada rápida de uns 10min. 



 



A parada é Rápida, mas o lugar é fenomenal

Depois segue-se para os Monges de La Pacana, diversas formações de pedra, muito excêntricas, sendo a mais famosa a que se parece com um índio. Também não se demora muito e já segue para o salar de Tara.
Formações de Pedra e Paredões do Lugar
Um Simpático Burro Selvagem - Há vários na região
No meio do caminho, paramos para ver o interior de algumas pedras, chamadas oxidianas, que em seu interior tem um aspecto vítreo e eram utilizadas pelo povo atacamenho como instrumento de corte, tal como ponta de flechas.
Oxidanas bem Pontiagudas e vítreas
"Estrada"

Neste local era cheio de Vicuñas (animal parecido com uma Lhama, bem bonitinho)...

Chegando ao salar, o Ricardo pediu pra gente fechar os nossos olhos, colocou sua música tema e quando chegamos ele falou pra que abríssemos os olhos..... Não teve outra palavra para sair da boca senão UAU!!!!! Gente, o lugar era maravilhoso!!!! Incrivelmente bonito, cheio de flamingos, uma mistura de cores, magnífico!!! A gente fica tirando infinitas fotos, porque nenhuma retrata o que os nossos olhos estão vendo, tamanha a beleza do local!!! Fizemos novamente uma trilha, para tirar diversas fotos e a van nos esperaria no final da trilha com o café da manhã... Esse lugar era divino! Deu até vontade de trocar o café pra ficar mais tempo admirando... O café novamente estava maravilhoso, com os pães da franchuteria e o doce de leite com rica rica, além de várias outras coisas.... Tem até leite sem lactose! 


Paisagens Deslumbrantes
Terminado o café, fomos para uma atração sugerida pelo guia, outra laguna, onde ele falou pra gente tentar encontrar o que as vicuñas comiam, já que no chão parecia não ter nada além de terra e pedras. Foi daí que o Fê descobriu, com a dica do guia de que era uma planta que parecia pedra.
Um pouco abaixo do centro está a "plantilha" que parece pedra
Logo em seguida fomos aos Montes Blancos, onde faríamos mais um Mannequin Challenge. Dessa vez foi bem legal! Em um o nosso guia figuraça mata todo mundo...
  
Nesta parada a Cris voltou um pouco rápido pra van e ficou com uma dor de cabeça muito, mas muito forte mesmo! Que só passou depois de chegar no hotel e tomar remédio! Não dá pra brincar com a altitude, afinal estávamos a mais de 4mil metros de altitude. É bom sempre ter na bagagem de mão a folha de coca e remédio pra dor de cabeça.

Voltamos enfim para San Pedro de Atacama no restaurante Mal de Puna, onde seria o nosso almoço, tinha até vinho! A comida era muito boa! É bom sempre ter uma roupa de calor por baixo, pois aqui estava um calor do cão! Kkkk
Neste dia a Cris não estava se sentindo muito bem (acreditamos que a pimenta que tem nos patês de entrada dos restaurantes ataque um pouco o sistema digestivo), e então ficamos no hotel mesmo e comemos as sobras do nosso Box lanche, sacolinha que o hotel preparava com uma fruta, um sanduíche de presunto e queijo e um suquinho. Era só pedir na noite anterior quando o seu passeio fosse sair antes do café da manhã, que começava às 8h. No dia seguinte acordaríamos muito, muito cedo.... Previsão da van nos pegar entre 5h e 5:30h para irmos aos gêiseres!


Dia 4 - Geiser del Tatio / Valle de la Lunna  


Acordamos cedo e a van nos pegou no horário previsto. Desta vez com o Ivan de motorista e o José de guia. O trajeto é longo e como ainda estava escuro, o Ivan apagou as luzes do busão e fomos dormindo.... O micro-ônibus estava falhando um pouco nas subidas, o Ivan penou, mas conseguimos chegar! Quando acordamos, UAU de novo!!!! A vista é incrível! Vê-se diversos gêiseres em um campo enorme! É realmente diferente de tudo! Sinceramente a gente imaginava que era completamente diferente, igual ao desenho do pica-pau em que o jato de água sobe retinho.... Na verdade não é bem assim..... O que mais sai é vapor.... Uma hora ou outra até sobe um jatinho de água, mas não igual ao desenho!!! Kkkkk
Imagem geral dos Gêiseres
O valor da entrada é 10.000CLP p/p e tem banheiro no local. A temperatura estava muito fria, -9°, mas como não ventava, estava melhor que no dia da Piedras Rojas.
O José nos explicou muito bem como é a formação do gêiser, fez até desenho! O que acontece é que a água de degelo da cordilheira chega à região perto do vulcão e penetra no solo chegando às camadas mais aquecidas da crosta (não o magma) e se evapora e então faz pressão para sair, formando o gêiser..... Bem, pelo que recordamos é mais ou menos isso... Hehe
Maquinário Abandonado
O guia contou que há um tempo atrás uma empresa tentou usar o campo para teste de energia geotérmica, e canalizou parte da água do “lençol” que forma os gêiseres, daí a altura dos gêiseres diminuiu muito e então os índios locais que tomam conta do parque proibiram a pesquisa.... O povo da empresa ainda largou todo o maquinário lá abandonado....
Fomos então percorrer todo o campo. Cada gêiser é protegido com uma muretinha ou um contorno de pedra para que ninguém pise em cima. O local fica muito cheio, pois todas as agências chegam no mesmo horário, já que à medida que a temperatura aumenta a altura do gêiser diminui... então quanto mais cedo, mais frio, e portanto jato mais alto.
Com jeitinho conseguimos tirar boas fotos! Ao final o José foi nos chamar pro café e tirou uma linda panorâmica com o nosso celular.... A gente mesmo nem sabia da existência dessa função! Rs.

Vários Gêiseres formam esta bela paisagem

Simpático Coelhinho que Apareceu para Nos Averiguar
  
Tomamos um café bem gostoso e depois o José disse que nos levaria à um local proibido.... Hehe.... Nossa, esse foi o lugar mais incrível de todo o atacama! Não é o mais bonito, mas com certeza o mais incrível!!!! Chama-se Gêiser de Barro ou Boca del Diablo. Muito, mas muito legal mesmo!!!

Gêiser de Barro ou Boca del Diablo
Saindo de lá ainda fizemos uma parada no Vado Putana, um vale muito lindo, com um riozinho, patinhos, etc. Putana, segundo a lenda, é porque havia uma fábrica de ácido sulfúrico na região e tinha muitos funcionários e nenhuma mulher... 


Indicação do Local


Aí o dono percebeu que os funcionários estavam ficando muito estressados e trouxe uma prostituta para o local, chamada Ana... Os funcionários eram apaixonados pela Ana.... Por isso o nome Putana.... kkkkk. Se é verdade ou não, vai saber!
Depois passamos no povoado Machuca, um lugarejo onde antigamente os povos da região usavam como ponto de troca de mercadorias... Lá vendia espetinho de Lhama e empanada de queijo de cabra. A empanada era 1.500CLP e o espetinho 3.000CLP. O banheiro é pago, 300CLP. Comemos o espetinho de Lhama. É bem saboroso..... Lembra carne bovina mas mais suave. O pessoal que faz o espetinho é bem divertinho, brinca com todo mundo!

Ninho em meio ao lago

Depois fizemos uma parada rápida para fotos em um mirante com fundo para os vulcões Licancabur e Juriques, esse último eles chamam de descabeçado, pois em sua última erupção ele explodiu perdendo o seu cumbre. Segundo o guia, em sua erupção as pedras chegaram até em Calama! Há quase 100Km  de distância!
Depois fizemos mais uma parada para fotos, em um cânion por onde se faz o trekking do Guatín, bem bonito! Chegamos em São Pedro por volta de 12:30h e fomos comer no bom e velho Picá del Indio. Descansamos um pouco até a saída do próximo passeio, Valle de La Luna, que saía da agência às 15:45h.
Chegando na agência, o guia seria o Giovane, sozinho. Logo chegamos ao Valle de La Luna, que fica pertinho de San Pedro. Tem muita gente que vai de bike... Lá paga-se 3.000CLP p/p e tem banheiro na entrada e próximo à subida para a duna.

Primeiramente paramos na Cueva de La Sal, uma gruta de halita, mineral formado principalmente por NaCl, o nosso sal de cozinha. Porém, não dissolve com a água, devido ao excesso de pressão sofrida e por estar em um ambiente sem umidade, que lhe dá o aspecto vítreo. Sua formação ocorreu há milhões de anos, pelo movimento da crosta terrestre.
Belo Paredão


Formações Rochosas do Vale

Neste lugar tem que fazer uma trilha meio punk pra quem não está acostumado... Não é demorada, não chega a 1h, mas tem alguns trechos em que é preciso andar agachado, subir em uma rocha quase que escalando.... o guia vai junto e dando as orientações. É bom levar lanterna. No final sobe-se por cima dessa gruta e tem-se uma visão linda!
A segunda parada, é naquele esquema e a van pára no começo da trilha demarcada (dessa vez a trilha fica ao lado da estrada de carros) e te pega no final. É uma descida, bem tranquila, que fica ao lado de uma formação chamada anfiteatro, que é uma formação rochosa em formato de um anfiteatro mesmo.

Depois fizemos também a subida à grande duna. Essa não é uma trilha difícil em termos de terreno, pode-se ir pela areia ou pela pedra, porém é bem íngreme e cansativa. A subida dura uns 10 a 15min e o guia vai junto. Neste lugar tem-se vistas maravilhosas! Aqui o nosso guia nos contou a lenda dos vulcões. Segundo a lenda, Quimal e Licancabur eram apaixonados... Quimal era uma princesa e Juriques, o irmão de Licancabur, também se apaixonou por ela. Licancabur, enfurecido cortou a cabeça do irmão. E lascar, o chefe dos guerreiros e pai de ambos, mandou Quimal para longe como punição ao Licancabur. Porém, ficou com pena e uma vez por ano permitia que eles se encontrassem, quando no solstício de inverno a sombra de Quimal se projeta sobre o Licancabur. Linda a história!!!! Foi muito emocionante ouvi-la lá, no meio dos vulcões e imaginando o povo atacamenho imaginando essas histórias como explicação para tudo aquilo que viam. Neste local, o guia também contou que os aborígenes da região enterravam seus mortos em posição fetal e virados para o vulcão.


Paisagem do Local
Por fim, fomos às 3 marias, uma formação de pedras que se parece com 3 mulheres em posição de oração, porém um pedaço de uma já quebrou quando alguém subiu em cima. Agora não se pode chegar perto, tem que repeitar as pedras que demarcam o local e se alguém pisar fora da área, paga uma multa violenta em dólares.... A formação fica bem isolada, no meio de um chão de sal.... RS. Neste local a van pára em frente e descemos para tirar as fotos.

Três Marias
Em seguida partimos para a pedra do coyote, passando pelo Valle de La Muerte, porém sem entrar nele. O Valle de La Muerte, na verdade, era pra ser vale de marte... é que o padre Gustavo Le Paige, que nomeou esses lugares pois já tinha visto por telescópio a lua e marte, achou esses lugares parecidos com a superfície destes corpos, porém o pessoal entendeu Marte como Muerte.... kkkk

Vale de la Muerte (ou melhor, Marte)

A pedra do Coyote que no momento não está podendo ser visitada, porém nos arredores dá pra se ver o vale e um lindo pôr do sol... O sol se põe, nesta época do ano, por volta das 20h. Aguardamos este momento e então retornamos.

Ainda faltavam 2 dias no atacama, um dia que faríamos o passeio do Pukará de Quitor (por conta própria) pela manhã e Termas de Puritama à tarde e um dia de sobra, que deixamos sem nenhum passeio caso quiséssemos subir o vulcão Lascar (o que desistimos logo nos primeiros dias) ou caso acontecesse algum imprevisto, como passar mal e precisar reagendar um passeio. Porém a rotina no atacama é muito puxada..... Todos os dias se sai muito cedo, tanto que não tínhamos conseguido tomar café no hotel nenhum dia ainda, pois o café começava às 8h e sempre saíamos antes disso. Além disso, chega-se muito tarde, pois os passeios terminam com o pôr do sol, que ocorre às 20h, então voltávamos quase às 21h. E pra completar, nos dias de passeio de altitude falavam pra no dia anterior não beber e nem comer carne vermelha.... Resultado, estávamos exaustos. Então decidimos mudar o Pukará pro último dia, assim ficaríamos com a manhã seguinte livre e à noite tomar uma cerveja para relaxar.
À noite fomos então tomar umas brejas com uns amigos que fizemos durante os passeios, no bar e restaurante Mal de Puna, recomendação do nosso guia Giovane. Foi muito divertido! Tinha uma banda de rock, em que o cara até arriscou um Cazuza! E depois teve Karaokê.... E o pessoal cantava bem! Só tinha chileno no bar, acho que como o restaurante fica um pouco afastado da rua principal, não vai muito turista. Pedimos umas porções, que estavam bem gostosas e tomamos uma cerveja chamada Austral El Calafate. Muito boa também!!!



Dia 5 - Termas de Puritama



O dia seguinte foi bom.... Acordamos tarde, tomamos café na pousada pela primeira vez e optamos por não almoçar. O passeio para as termas sai às 14h da agência dessa vez é tipo um taxi van, não é o pessoal da agência que leva, tem só um motorista, sem guia. Tínhamos lido que a van parava há uns 10min de caminhada da entrada do local, porém a nossa van foi até na porta. Mas passa por umas ribanceiras de dar medo! O motorista tirou uma corrente que dizia somente pessoal autorizado e foi.... Hehe.
Neste local há banheiro, vestiário com armário mas sem cadeado e sem um box privativo para se trocar e uma área coberta com mesas de concreto para se alimentar. Você pode levar o seu cadeado para os armários se quiser. O valor da entrada é variável. Em final de semana é 15.000CLP e durante a semana 9.000CLP. Neste caso foi bom a eleição presidencial pois economizamos uns pesos! kkkk

As termas são na verdade uma sequencia de poços, semi-artificiais, de água quente. Digo semi-artificiais porque o rio Puritama, que abastece as termas, passa por esse local com uma série de quedas d’água, pequenas cachoeirinhas, onde os donos fizeram estruturas de concreto para fechar um poço pra banho..... Então são no total 8 poços, sendo que o primeiro é privativo de um hotel que fica dentro das termas. Ficar neste hotel é pra quem está de carro, pois ele fica bem longe de San Pedro.
As águas começam mais quente e vão esfriando ao longo do curso do rio. 
Mapa do Local
Água Cristalina em Todos os Poços
Todo Trajeto Possui Passarelas de Madeira

Começam em 33° e na última chega a 28°. A maioria das pessoas fica indo de uma pra outra, nós olhamos todas e escolhemos uma que estivesse mais vazia e ficamos. Ficamos na quinta. Ela tem uma cachoeirinha bem gostosa.... Nos últimos minutos fomos pra primeira, que é a mais quente e em frente ao vestiário, assim não sofreríamos muito para nos trocarmos. A água é quente, porém do lado de fora é bem frio... então o ideal é levar toalha pra se enxugar rapidinho assim que sair. O primeiro poço tem uma entradinha meio escondida, no sentido contrário do curso do rio, e chega-se à uma cachoeirinha muito gostosa, que dá pra ficar sentado embaixo e ver a queda por trás.... Essa cachoeirinha é a que separa o poço privativo desse poço aberto ao publico. A vantagem é que esse lugar fica vazio, pois não tem os banquinhos de concreto para sentar, então o pessoal não curte muito..... Ficamos ali um bom tempo, até dar a hora de ir embora.


À noite fomos no Barros restaurante, recomendação de uma moça que fez o passeio à tarde conosco. Ele é beeeeem legal! Tinha uma música ao vivo, com um som mais ambiente, não tão alto como no Mal de Puna e um cardápio bem variado. O menu do dia era 5.500CLP. Tomamos uma cerveja de Quinoa Maravilhosa, a Cruzana Strong Quinoa. Muito boa mesmo!

Antes do Passeio do Termas, pedimos um contato de taxi para o Junior da agência. Valeu a pena, pois ao entrar em contato com ele, ele nos disse que faria ida e volta ao Pukará por 10.000CLP, se fôssemos de bike, que é o que todos fazem, sairia 6.000CLP nós dois, pois é 3.000CLP o aluguel e perderíamos muito tempo pra ir e voltar... Como já viajaríamos logo ao meio dia, foi melhor pra gente.

Marcamos o taxi para as 8:15h pois assim conseguíamos tomar café rapidinho e ir.



Dia 6 - Pukará de Quitor



No dia seguinte, o taxista chegou pontualmente e pedimos pra ele nos buscar em Pukará às 11:15h, isso nos daria aproximadamente 2:45h no local. Como lemos que a trilha demorava 2h, achamos suficiente.

Chegando em Pukará, que abre às 8:30h, paga-se uma entrada de 3.000CLP e um senhor nos explica as trilhas e nos entrega um folder com um mapa. Há 2 trilhas dentro do pukará em si e uma terceira, mais pra frente na estrada, que leva à Cueva del Indio. Gostamos bastante do lugar!
Fizemos primeiro a trilha das ruínas da fortaleza atacamenha, muito interessante o estilo e a estratégia de defesa do povo. Realmente se tem uma boa vista da chegada dos inimigos. Bem curioso! Quem não goste muito de história, talvez não se interesse muito por esse local. A trilha é curta, porém bem íngreme.

Pousada bem Abaixo de Pukará

Vistas da Primeira Trilha
  
Para fazer a segunda trilha, você retorna até o banheiro/museu (que está a uns 50m da entrada) e pega um outro caminho. Esse sim bem mais longo e também íngrime. No banheiro encontramos com um cachorrinho que parecia ser do próprio local, e como demos atenção à ele, ele dez toda a trilha conosco!!!! Lindinho! E pior que levamos só amendoim pra comer e não tínhamos nada pra dar pra ele!!! Íamos dando água ao longo da subida e ele bebia! Bonitinho! Hehe.

Tem alguns pontos de descanso no caminho, com cobertura e banco para sentar. O cachorrinho ia na nossa frente e ficava nos esperando deitadinho na sombra do próximo ponto de descanso. 




Olha nosso companheiro de escalada

Chegando no topo, UAU!!!! Que vista maravilhosa!!!! Há uma construção em homenagem aos índios mortos e algumas explicações. Este lugar mesmo quem não se interessa por história vai gostar! O visual é incrível, dá pra ver o Valle de La Muerte, o Valle de Catarpe e San Pedro! Muito massa! Ficamos um bom tempo lá, admirando e depois descemos correndo para dar tempo de fazer a última trilha da cueva.






Uma Bela Vista do Topo - Usada Para os Antigos Nativos se Protegerem

Cruzeiro e nosso "guia"




 É uma trilha rápida até a imagem do índio e logo depois já tem a gruta. Entramos um pouco na gruta, mas não pudemos aprofundar muito pois já estava quase na hora do taxi nos buscar. Na gruta precisa de lanterna. A gruta é legal, nenhuma formação especial, mas gostaríamos de ter tido um tempo maior para visitá-la... Gostamos dessas coisas.... Em alguns pontos é preciso andar agachado. Minha recomendação pra fazer com calma, todo o lugar, é de 3:30h a 4h. Isso porque no meio dos painéis desistimos de ler e começamos a tirar foto deles para ler depois... Se for ler tudo, vai demorar bem mais.






Parte Ilumina da Gruta
Chegamos no hostal 11:30h, tomamos um banho rápido e a van que nos buscaria pra levar ao aeroporto, passaria entre 12h e 12:30h. A data e horário já deixamos agendado no dia em que chegamos e compramos o transfer, pois é ida e volta.
Nosso voo sairia de Calama às 14:55h, e às 13:15h já estávamos no aeroporto. Fizemos o check-in e partimos para Santiago. O voo foi tranquilo. Chegando em Santiago, após o chech-in ainda deu tempo de comer uma pizza no TelePizza, por 5.500 p/p o combo de pizza, batata, empanada e refri. A pizza é até boa!!!

Nota: a claridade no atacama era muito intensa e as fotos saíram muito prejudicadas, então foi utilizado a opção correção automática do Picture Manager na maioria das fotos.

Resumo do Atacama:

Laguna Cejar: 2300m altitude. 15.000CLP p/p. Levar roupa de banho, chinelo, toalha, roupa seca para se trocar. Não é permitido uso de protetor solar, então vale tudo pra se proteger do sol como boné e camisa de manga comprida que se possa entrar na água. Há banheiros, duchas e vestiários.

Ojos del Salar: 2300m altitude. Gratuito. Levar roupa de banho e toalha caso queira entrar na água. Não há banheiros ou qualquer construção por perto.

Laguna Tebinquiche: 3.000 CLP p/p. Normalmente o passeio é para ver o pôr-do-sol. Nesse caso levar roupa de frio mediano – intenso no verão e para frio intenso em qualquer outra época do ano. Lá venta bastante.

Pukara de Quitor: 3.000 CLP p/p. aproximadamente 1,7 Km trilha do mirante (somente ida). 250m trilha do Pukara (fortaleza – somente ida).

Valle de La Luna: 2500m de altitude,  3.000CLP p/p; levar lanterna, boné, óculos escuros e água. Ir com bota de trekking. Trilha pesada.

Puritama: 3200m de altitude 9.000/15.000CLP p/p (dia de semana/final de semana), levar toalha, cadeado e roupa seca para se trocar. Passar protetor solar antes de ir, pois lá não pode passar e o sol queima bem! Caminhada curta em trilha de madeira.

El Tatio = 4321m altitude. Ir com muita roupa de frio, pegamos -9° em Novembro. Tomar um café leve antes de ir. No almoço já estará bem quente, vá com roupas que possa tirar (esquema cebola).

Lagunas Altiplânicas = 4260m altitude. 3000 CLP p/p. Tem banheiros. Caminhada curta em terreno regular. Levar roupa de frio intenso

Piedras Rojas = 4160m altitude. Gratuito. Não tem banheiros ou qualquer tipo de construção. Caminhada curta em terreno acidentado, subindo e descendo pedras, porém não é necessário caminhar no local, só se quiser explorar o lugar. Pode-se ter uma visão geral do ponto onde a van estaciona. Levar roupa de frio intenso, o vento é absurdamente forte. Foi o lugar mais frio de todo o atacama.

Salar de Tara = 4500m altitude. Trilha de 1,5Km em terreno regular. Levar roupa de frio intenso










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