segunda-feira, 2 de novembro de 2015

São Paulo - Iporanga (PETAR)

No feriado de finados de 2015 conseguimos a 6a feira livre também é decidimos conhecer o Petar. Essa é a sigla para Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, e fica no município de Iporanga, no estado de São Paulo, bem ao sul, próximo do Paraná.
Quinze dias antes iniciamos a busca por pousadas e várias estavam lotadas. Outros eram muito caras. No final ficamos na Pousada Iporanga, que fica no centro da cidade. Pelo pacote de 3 dias pagamos R$ 480,00, com café da manhã e um kit trilha.  O kit trilha é uma idéia muito boa de quase todas as pousadas de lá. Eles te oferecem o lanche para você levar no passeio, que dura o dia inteiro. Contatos da Pousada aqui.

Para os passeios decidimos fechar com a EcoCave. Para os passeios dentro do Petar é obrigatório estar acompanhado por guia credenciado. Por 3 dias de passeio pagamos R$ 200,00 por pessoa. Pelos contatos por email eles pareciam bem profissionais. Contatos aqui.
Agora pra chegar em Iporanga, saindo da região de Campinas, tínhamos duas opções: BR116, com direito a trânsito constante e certo na Serra do Cafezal (mesmo saindo na 6a feira às 8 da manhã), e depois pegar sentido Eldorado, ou ir por Sorocaba, Capão Bonito e Apiaí.
Com medo do trânsito fomos por Itu, Sorocaba. Até antes de Apiaí estava muito boa a estrada. Já na serra a estrada era simples e com bastante curvas. De Apiaí até Iporanga são 28 km de estrada 90% de terra. Todo o percurso é bem bonito, boa parte com o rio Ribeira só seu lado, mas levamos quase 5 horas e meia pra andar menos de 370km.
Quem vier pela BR116 só pega asfalto, mas trânsito. Um pessoal veio de Curitiba, distante 230km, e levou 4 horas quase de viagem. Disseram que a região de Eldorado tem bastante curva. Em algumas você até vê a traseira do seu carro. Rs.
No caminho de Apiaí à Iporanga passamos pela entrada do Petar para os núcleos de Caboclo e Santana. Aqui vale informar que o parque tem várias entradas, cada uma é um núcleo, e em cada um tem várias atrações. No site do parque tem bastante informações, clique aqui para vê-las.
Também entre essas duas cidades, bem na divisa, tem um mirantezinho onde você consegue parar 1 carro e tem um visual do vale e da Mata Atlântica aqui ainda preservada.


Panorâmica do vale, vegetação exuberante (clique para ampliar)
Placa de divisa, onde se tem um "mirantezinho" do parque

Por fim, próximo do núcleo Santana, que é o mais famoso, ficam várias pousadas. Isso é bom porque o centro de Iporanga está a 13km de distância desse local e da EcoCave, que também ficava próximo do núcleo (Bairro da Serra).




Protesto muito bem feito, no caminho Serra-Iporanga, reivindicando um ponto de ônibus que o prefeito prometeu e não cumpriu. Excelente!


Chegamos em Iporanga já por volta de 15hs. A pousada é muito boa. O quarto, com forro de PVC, possui ventilador de teto, TV pequena com alguns canais a cabo, frigobar e banheiro com chuveiro elétrico e box de acrílico. É simples, porém muito limpa e bem cuidada.

Banheiro da Pousada Iporanga

Quarto de Casal

TV do quarto

Só deixamos as coisas na pousada e seguimos rumo à cachoeira Meu Deus, que sabíamos ser a maior da região. Essa cachoeira, assim como várias outras atrações, ficam em propriedades privadas e não precisa de guia. Basta pagar a entrada. A mais famosa é a Caverna do Diabo, mas como nos disseram que ela está bastante modificada para permitir acessos, e também depredada, optamos por conhecer a cachoeira.
Para ir na cachoeira basta sair de Iporanga sentido Eldorado. Depois de passar pelo balão da Cachoeira do Diabo, continue mais 2km sentido Eldorado. Preste atenção à sua direita pois haverá placas indicando o local.
Chegamos por volta de 16hs, encontramos uma senhora em uma lanchonete desativada que nos cobrou R$10,00 por pessoa e disse para seguirmos de carro na estrada até ela acabar. A partir daí seria 400m de trilha fácil e chegaríamos na cachoeira.
Existe um passeio lá que ela chamou de 12 cachoeiras, mas ela estava naquela hora sem guia para nos levar.
Seguimos então de carro e vimos que em dia de chuva um carro sem 4x4 pode não conseguir subir os trechos mais judiados. Como não estava sol, chegamos sem dificuldades.
Começamos a trilha tranquilos, até que de repente você é obrigado a seguir pelo leitor do Rio. A moça não tinha nos avisado isso. Tiramos os tênis e seguimos uns 200 m pulando pedras escorregadias, outras pontiagudas. Já de volta à terra, você precisa em um trecho escalar um barranco (a moça chamou de "rapelzinho"). No meio do caminho cruzamos com um casal que nos perguntou se tínhamos caído também no conto dos 400m. Rs.
Mas valeu a pena. De repente você chega em um poço bem legal pra um banho e, mais adiante você tem a visão integral da cachoeira e entende o porque do nome Meu Deus!!!! Com todas as exclamações!!! São mais de 60m de uma linda e forte cachoeira ininterrupta. É possível chegar ao lado dela e receber o potente jato de ar que a queda da água desloca.
Ficamos lá apreciando, curtindo, banhando e voltamos.

Cachoeira Meu Deus. Vale o esforço!


Piscina que se forma depois da queda da meu Deus

Já de volta à Iporanga, notamos que havia pouquíssimas opções de jantar. Na pousada inclusive a dona nos ofereceu jantar para o dia seguinte, e disse que em Iporanga não tem mesmo muitas opções.
Tomamos banho e fomos procurar o que comer. Há um restaurante O Casarão, que vimos pelo cardápio que fazem poucas opções de prato, mas todos com um quê de Master Cheff. Decidimos por algo mais simples e comemos uma pizza na Pizzaria Iporanga. Era bem simples mas também bem em conta.
Voltamos para a pousada para descansar cedo, já que teríamos que tomar café na hora que inicia o serviço (7 da manhã) e subir 13 km até a sede da EcoCave. Infelizmente nossos planos foram impedidos por um bar no centro que resolveu dar uma festa até altas horas...

No dia seguinte, acordamos cedo e às 7h em ponto estávamos tomando café. O café era ótimo, com pão francês, dois tipos de pães caseiros, dois sucos naturais, dois bolos, frios, café e leite.
Pegamos então o nosso kit trilha, já incluso no valor da pousada, que constava de uma água, um todinho, um sanduíche de pão de forma com queijo e presunto, um sanduíche de pão francês com batata palha, alface, cenoura e frango, um pacotinho de amendoim, uma barrinha de cereal, uma maçã e algumas balas (itens por pessoa). Muito caprichado e feito com muito carinho. Excelente! Aliás, esse kit trilha é oferecido pela maioria das pousadas e é uma prática excelente que deveria ser adotada em outros lugares com trilhas longas, pois facilita muito a vida do turista. 
Como nossa pousada ficava a 13km da agência por uma estrada de terra, às 7:30h saímos, já que no email a agência deixava bem claro que tinha que chegar 8h em ponto. Porém, fomos os primeiros a chegar e tivemos que aguardar o restante do pessoal. 
Nossa monitora seria a Ana, que nos guiaria todos os dias. Os clientes vão para o núcleo em seu próprio carro e o guia vai em um dos carros. Chegamos na portaria do núcleo Santana, que fica a 2km da agência às 8:30h e isso já nos causou um atraso enorme, pois só conseguimos vaga para a caverna Santana ao meio dia. Como ela é a mais famosa do Petar, a guia quis garantir ela, pois se fossemos em outra primeiro pode ser que não conseguíssemos ir nela, pois ela tem um limite de 208 pessoas por dia e as grutas só podem ser agendadas uma por vez, ou seja, o guia agenda uma gruta, vai nela, volta ao núcleo de apoio, dá baixa dizendo que saiu daquela e só então pode agendar outra. No caso a nossa guia não poderia agendar uma pra 10h, uma pra 12h e outra pra 14h por causa disso. 
Fomos então pra piscina natural do Betary. É um rio bem limpo e forma um poço atraente pra banho, mas como ainda não tinha esquentado o suficiente, ninguém do grupo entrou.

Piscina natural do Rio Betary

Partimos então pra cachoeira do Couto, bem bonitinha, porém nada muito exuberante. Nesta alguns mais calorentos entraram, inclusive o Fe. 

Simpático lagartinho que encontramos na trilha
Cachoeira do Couto

Voltamos para o núcleo de apoio, onde há uma espécie de museuzinho, com fotos das atrações, explicações sobre os animais e como foram formadas as cavernas e algumas peças utilizadas em explorações. Fizemos um lanche e então fomos pra Santana. A entrada fica muito perto do núcleo, uns 2min andando.
A gruta tem mais de 7km de extensão, porém só 800m são visitáveis. Isso é muito bom, pois a parte visitável está bem depredada... Infelizmente não dá pra liberar tudo senão já estaria tudo destruído. Inclusive o salão com as mais belas formações, só é aberto para pesquisa. Além de muitas formações quebradas, as formações são escuras por causa da fuligem dos lampiões que eram usados antigamente para fazer a trilha pela caverna. Hoje só capacetes com lanternas a pilha. 
A visita dura em torno de 1:30h.

Famoso Opilião (comum por lá) e seus ovinhos (clique para ampliar)

Formações na Caverna Santana e o rio que passa dentro dela

Estalactites na Caverna Santana

Detalhe das formações escurecidas pela fuligem dos lampiões usados antigamente

Os brancos são as bolsinhas usadas para transportar os filhotes

Marcação do nível da água

Maior coluna da Santana

Larva e seus filamentos para capturar alimento

Formação apelidada de bacon. Por que será?

Muitas formações e acima a coloração diferente da rocha, evidenciando sua formação sedimentar

Formação "pata de elefante" Ela fica suspensa acima de um rio.....

Saída da Santana

Na volta a guia já parou no núcleo e agendou a próxima para 14:20h. Ela agendou a Morro Preto e disse que não daria pra fazer a Couto.... Fizemos então outro lanche e fomos pra Morro Preto. Esta fica a uns 15min do núcleo e como estava chovendo, a trilha estava bem escorregadia. 
Esta gruta já é bem diferente da outra, embora ambas sejam de rocha calcária. Ela foi formada por um rio e teve um desmoronamento há séculos atrás. Com isso, ela tem umas pedras enormes no chão que caíram do teto e o teto por sua vez, tem poucas e pequenas formações, já que um estalactite demora de dez a cem anos para crescer 1mm, dependendo da velocidade do gotejamento e da quantidade de minerais que a água deposita. 
Ficamos em torno de 1h nela.

Vista que se tem da Morro Preto. Realmente dá pra ter uma boa visão de tudo, ideal para os povos antigos morarem

Formações logo na entrada da Morro Preto

Assinatura de seu descobridor

Vista da saída da caverna

Dizem que isso pode ser uma pintura rupestre. Se for, tem até o espiral que vimos nas pinturas do Piauí. Muita coincidência! Vide relato aqui

Ao final do passeio, o grupo combinou de se encontrar às 7:45h no dia seguinte para tentar fazer a Couto, já que não tinha dado pra fazer hoje. 
À noite, jantamos na própria pousada. Um buffet excelente, com comida deliciosa e várias opções. Uma delícia! Super recomendo! 

No domingo, saímos mais cedo da pousada e chegamos na agência um pouco antes de 7:45h. E embora no dia anterior tivéssemos combinado que quem chegasse primeiro já fosse com a guia para o núcleo agendar uma gruta, tivemos que esperar o grupo todo chegar pois as cavernas previstas pra hoje, água suja e cafezal, não podiam ser feitas, pois choveu muito forte à noite e o nível das águas subiu muito. Aliás, ainda estava chovendo e forte.
Partimos então para o núcleo Ouro Grosso, que estava previsto para ser feito na segunda. Esse núcleo também funciona da mesma forma, agendando uma caverna de cada vez.
A Ana agendou então a primeira caverna, a Ouro Grosso, e fomos já em seguida, pois não havia fila de espera. Essa caverna fica a uns 5min da sede do núcleo, porém a trilha estava um pouco complexa pois estava molhada, o que a deixava escorregadia. A trilha foi feita toda com capa de chuva.

Olha o estado da trilha

O acesso à caverna Ouro Grosso é bem mais difícil, sendo que muitas passagens são estreitas e é necessário se arrastar. Por causa da chuva só percorremos o trecho inicial da caverna, parando em uma cachoeira que não existe sem chuva, mas que formou um rio que impediu a nossa passagem. A guia nos informou que há uma cachoeira de 12m dentro da caverna, que não faz parte do roteiro visitável. Bom que vimos uma cachoeira dentro da gruta feita pela chuva!!!! 
Nessa caverna não há muitas formações e a visita não durou mais que 30min.

Entrada da Caverna Ouro Grosso

Cachoeira que surgiu dentro da caverna graças à chuva

Caminho que faríamos caso não estivesse alagado

Saindo de lá, voltamos ao núcleo por uma outra trilha, passando por dentro do tronco de uma figueira centenária. Fantástica!

Figueira Matapau, aonde passamos por dentro!

Também sem fila de espera, já conseguimos agendar a próxima caverna, a Alambari, na sequência. Essa porém é bem mais longe e caso a pessoa tenha um veículo 4x4 parte do trajeto pode ser feita de carro. O trajeto demorou 1:30h sendo que em um trecho paramos pois uma ponte estava alagada e a guia voltou e disse que faria outro caminho, porém na volta ela encontrou com outro guia conhecido que a convenceu de atravessar a ponte mesmo com a água até a canela. Então retornamos e atravessamos o trecho, ficando com as botas encharcadas em todo o restante da trilha.

Maior folha da flora brasileira (PS: banana não é brasileira)

Detalhe da beleza da vegetação na trilha

Chegando na caverna, após uma trilha bem escorregadia e debaixo de chuva, encontramos dois simpáticos cães que estavam ganhando parte do lanche de outros turistas.

Um dos simpáticos cachorrinhos que estavam na Alambari

Essa caverna lembrava a Morro Preto. No percurso normal, caso não tivesse chovido, atravessaria a caverna e sairia na estrada Bairro Serra-Iporanga. Mas andamos um percurso pequeno, até um rio onde paramos. Também avistamos várias placas que caíram do teto e as formações eram mais recentes, pequenas.
A guia tentou fazer uma brincadeira com o grupo para imitar o som da chuva, mas não deu muito certo. Rs.

Alambari - Os estalactites no chão provam que teve um desmoronamento do teto

Vista da entrada da Caverna

Formações novinhas se formando......

Estalactites da Alambari
Voltamos pelo mesmo caminho e ao chegar no núcleo, um casal do nosso grupo se despediu pois não fariam o resto dos passeios. Como ainda era cedo, 12:30h, decidimos ir para a cachoeira Sem Fim, atrativo não incluso no pacote da agência, mas que a guia disse fazer conosco já que não dava para visitar nenhuma outra caverna. 
Nessa cachoeira, que na verdade são uma sequência de cachoeiras do mesmo rio em uma trilha de aproximadamente 15 min, é cobrada uma taxa de R$5,00 por pessoa e não é necessário guia. Por causa da chuva a água estava barrenta e a trilha bem escorregadia. Tomamos um banho de cachoeira, curtimos o local, que é bem agradável.

Cachoeira lateral da Sem Fim, aonde geralmente não há água

Cachoeira Sem Fim

Mais uma queda da cachoeira Sem Fim - São uma sequência de quedas

Depois voltamos para a pousada, mantendo o horário de encontro do dia seguinte para 7:45h. Jantamos novamente na pousada, e novamente uma delícia. Além da variedade de folhas e legumes na salada, havia arroz, feijão, macarrão, batata frita, farofa, linguiça defumada, cupim e frango assado. Tudo de dar água na boca. Após jantarmos perguntamos até que horas seria nosso check out, e ela deixou que saíssemos até 14-15hs. E fomos dormir na torcida pelo sol.

Na 2a feira, nosso último dia, acordamos no horário habitual torcendo pelo sol. Estava nublado com uma leve garoa. Mesmo assim tomamos o café cedo para corrermos para a agência. Nesse dia não teve o kit trilha, mas levamos as sobras. Rs.
Chegamos na agência e aguardamos o resto do pessoal. Só mais um casal chegou, o resto desistiu dado o mal tempo. Fomos ao parque, Núcleo Santana, para vermos as condições das trilhas.
Chegando lá estava vazio, pelo menos, rs. O Sérgio, dono da EcoCave, estava voltando de uma vistoria das trilhas e nos liberaram para fazer a trilha da Betary, onde provavelmente só conheceríamos a Caverna Cafezal, já que a Caverna Água Suja, que fica no caminho, deveria estar cheia de água.
A trilha em si é um belo espetáculo. Muita mata nativa, em especial figueiras de várias espécies, emolduram uma paisagem  que nos faz imaginar estarmos na época da descoberta do país.

Rio Betary bem cheio e à esquerda a trilha de madeira


Mais uma figueira. Segundo a guia, estas raízes são assim para dar sustentação à arvore, já que o solo é raso. A figueira precisa de muita água, então o rio ajuda ela e ela ajuda o rio evitando assoreamento. ;)


A trilha segue o rio Betany o tempo todo, e por uma vez o atravessamos por uma ponte bem estruturada.

Ponte atravessando o rio Betary. Sem chuvas, há a opção de ir pela água, segurando naquela corda (clique para ampliar)

No meio da trilha houve uma surpresa. A nossa guia nos parou e pediu para esperar, apontando mais adiante uma cobra Jaracuçu pronta para dar o bote. Que visão teve a guia. Isso exemplifica e deixa notória a necessidade de sempre procurarmos guias especializados quando visitamos locais de risco como esse.
Ela e outro guia que chegou instantes depois açoitaram a cobra com uma vara, jogando-a de lado e marcaram o local para chamar a atenção de  quem mais passasse.

Jaracuçu no meio da trilha

Depois do incidente chegamos na entrada da Caverna Água Suja. Conseguimos somente entrar no riacho que sai dela para tirarmos fotos, mas estava mesmo muito fundo para seguirmos adiante.

Entrada da Caverna Água Suja

Assim continuamos e depois de um tempo chegamos na entrada da Caverna Cafezal.
Essa caverna tem um salão muito amplo, apesar de não se aprofundar muito montanha adentro.
A Ana nos contou que o nome se dá porque os antigos moradores (antes da criação do parque) que viviam na região plantavam café e faziam da caverna o silo para estocagem.
No teto havia um grande número de gotas de água e ao tirar fotos com flash, parecia o céu estrelado.
Ficamos nela por um tempo e voltamos pela mesma trilha.


Entrada da Cafezal

A umidade do teto faz com que as gotas d'água no escuro da caverna pareçam um céu estrelado

Formações na Cafezal

Detalhe da gotinha responsável por toda essa beleza!

Pintura rupestre de algum SER PRIMITIVO

Teto da Cafezal

Caso houvesse tempo e condições favoráveis (rio não cheio)  seria possível continuar pela trilha do Betany e chegar na cachoeira Beija Flor e a das Andorinhas. O percurso total seria de 9km aproximadamente (somente ida). O trecho até a Cafezal deu em torno de 3,8km (somente ida).
Voltamos então ao carro, seguimos à agência para devolvermos os capacetes, acertarmos o saldo restante. Depois foi o tempo de tomar um banho, pagarmos a pousada e voltar pra casa. Na volta paramos no Bairro da Serra para tirarmos uma foto da arte que um morador fez para chamar a atenção do prefeito em relação a construção de um ponto de ônibus no bairro. Também comemos um bom pastel no famoso Pastel da Dinamarca (point do bairro) e voltamos sem maiores problemas.
Uma dica final sobre os passeios. Se você agendar seus passeios com uma agência e deixar ela completar o grupo, converse com eles de antemão sobre horários. O atraso dos outros casais no primeiro dia nos custou uma visitação. O dono poderia muito bem ter deixado nos irmos com a guia ao parque, assim que chegamos, para pegar um horário mais cedo para vermos a Santana. Depois seria só encaminhar os outros ao parque.
Outra dica. Se você estiver em família, com crianças ou idosos, peça pela guia Ana. Ela é bem tranquila e anda com muita segurança. Por fim, se você estiver interessado em tirar o máximo proveito da sua estada e já tiver experiência e fôlego com trilhas, fuja de grupos. Gaste a mais e feche um guia só para vocês. Além disso peça um guia que aguente bem seu ritmo. Em grupo o ritmo é ditado sempre pelo mais lento.
Bom, foi esse nosso passeio pelo Petar. Um parque com uma exuberância de Mata Atlântica (os guias vem onças, antas, pacas, tucanos e vários outros animais nativos desse habitat). Infelizmente as cavernas não foram tão conservadas. De qualquer forma vale o passeio para aquelas pessoas que não precisam se deslocar muito para chegar. Se você estiver muito longe e cogitar pegar vôo para visitar o Petar, talvez valha a pena estudar em ir à Chapada Diamantina no lugar...
Abraços e até a próxima viagem!!


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