terça-feira, 24 de novembro de 2015

Rio Grande do Sul - Gramado (Natal Luz) e Canela

Neste feriado decidimos, com muuuita antecedência, conhecer o natal luz de Gramado. Fomos por Guarulhos e deixamos o carro no estacionamento aeropark, com diárias em vaga descoberta por R$15,00. A van que faz o translado até o aeroporto foi super rápida, deixamos o carro e ela já saiu logo em seguida. Porém na volta demorou 30min entre a ligação e a chegada da van. Passaram 3 vans da econopark e 3 da voepark, além de várias da BR express e nada da nossa. Não vamos nem deixar os contatos deles, pois não recomendamos o serviço.
Reservamos a pousada pelo booking, que mesmo com muita antecedência (6 meses antes), os hotéis do centro estavam muito caros. Então fechamos com a Pousada Justen, que fica há uns 10min de carro do centro da cidade. A diária saiu por R$180,00 para casal sem café da manhã. A pousada é muito boa, quarto bom, muito limpa, e proprietários muito simpáticos e prestativos. Adoramos! Embora a cidade estivesse lotada, não sentimos nenhum inconveniente em usar o carro. Saíamos da pousada e quando víamos que o trânsito estava ruim, parávamos e íamos a pé, geralmente uns 800m ou 1km andando até a rua coberta. Contato: site
Sala de estar da pousada


Quarto da pousada

Quarto da pousada: uma cama de casal, uma de solteiro e um berço (obs: não são todos os quartos assim. Se precisar de berço ou cama adicional, peça durante a reserva)
Banheiro do quarto

Banheiro do quarto

Reservamos o carro com a empresa Ponto a ponto, que embora não fosse a mais barata, adoramos nossa experiência anterior com eles (vide relato aqui). Chegando em Porto Alegre, assim como na vez anterior, um funcionário da locadora já nos esperava com uma placa com o nosso nome e a vistoria foi super tranquila. Ele nos sugeriu novamente ir pela rota romântica e nos orientou sobre o caminho. Pegamos o nosso palio branco e seguimos então pelo caminho indicado. Da outra vez que fomos era outono e dessa vez o trajeto estava bem diferente, cheio de Hortênsias floridas, deixando a paisagem ainda mais bela. Muitas das casas, ao longo do caminho, não tem uma cerca sequer, ao lado da rodovia já começa o gramado que vai até a porta da casa! Muito legal.
Chegamos em Gramado e comemos no St Haubert, pois estávamos com vontade de comer comida alemã e ele dizia na placa ter essa opção. O restaurante estava vazio e o garçom nos colocou em uma mesa na área próxima do vidro que dava pra rua, acreditamos que pra "chamar" outros clientes. Não gostamos muito, mas tudo bem. Pedimos então um prato alemão, por mais de R$70,00 e o garçom nos disse que era para uma pessoa. Pedimos então uma salada para complementar. Até então, tudo bem. O restaurante era bem fino e o preço estava incluindo esse glamour. Até que chega a salada, que veio tão rápida que parecia já estar pronta... e em uma das folhas achamos um inseto... Isso já foi deixando a gente triste. Cobrar aquele preço e nem lavar a salada? Quando chegou o prato quente, aí a decepção foi ainda maior: o joelho de porco era só cozido e tinha mais gordura que tudo. Resultado: pagamos caro e não gostamos da comida. Saindo de lá, ficamos ainda mais frustrados: achamos um restaurante com rodízio de comida alemã por R$98,00 o casal!
Bem, saindo de lá fomos então ao lago negro, que estava bem bonito com todas as hortênsias floridas...

Lago Negro - pena que não estava sol e então a foto não ficou tão bonita!

"Escultura" de uma formiga gigante! rs - Lago Negro

Fomos então pra pousada e então o Sr Artenio nos entregou um folheto com a programação, um mapa da cidade e nos disse que se quiséssemos comprar ingressos para o grande desfile talvez ainda tivesse e seria vendido no Expogramado. Como não estávamos interessados nas atrações do dia não compramos ingressos, somente deixamos nossas coisa na pousada e fomos ao Expogramado para ver a apresentação da Orquestra de Violões. Chegamos no estacionamento com alguma dificuldade, já que as placas era dúbias e precisamos pedir informações para chegar no ponto correto. O local não tinha grande movimentação. Paramos o carro próximo da entrada do salão principal (bilheterias) e começamos a peregrinação de perguntas pra descobrir onde era a tal Vila de Natal, e a apresentação da orquestra. Depois de um pouco de procura, descobrimos alguém da organização que nos disse que essa atração havia sido transferida para as 21hs na rua coberta e que haveria a apresentação da Clown Noela, mas preferimos não ficar pois não atraiu muito. Voltamos então para a pousada e nos arrumamos com muita blusa (estava 14º às 18h em pleno novembro) para vermos o show do Natal dos Papas na rua coberta. Chegamos no início da apresentação. O show era bem interessante com música e danças típicas. O local tinha algumas cadeiras mas todas já tomadas. Para assistir em pé é bem difícil de se enxergar, se você não tiver a estatura do povo local, RS.

Natal dos pampas

Depois do espetáculo fomos à rua para ver o Acendimento das luzes de Natal, que acontece em frente ao palácio dos festivais, no começo da rua coberta. É bem emocionante com teatro e efeitos especiais. Foi muito bem montado o espetáculo e emociona principalmente os adultos, RS. O show dura uns 40min e é impressionante imaginar que esse show é encenado diariamente e gratuitamente.

Palácio dos festivais, antes da encenação


Palácio dos festivais - após a encenação

Depois do show de acendimento da cidade, achamos uma mesa no restaurante Sabor da Fruta, bem próximo do palco para assistirmos o show da Orquestra de Violões. No restaurante pedimos um prato de bisteca A la Minuta, por R$54,00 o prato pra dois e um chopp artesanal local. Foi ótimo pela comida (muito mais barato e melhor que o almoço) e pela localização. Eles servem uns cafés alcoólicos quentes, que são muito saborosos e ajudaram muito a aguentar o frio. Assistimos tranquilamente o show de Violões, que tocou pout pourris de vários clássicos, do Natal ao Rock. No final teve até coral junto. Muito bonita a apresentação. Depois do show, andamos pela cidade para apreciar o frio e os enfeites muito lindos de Natal. A igreja de pedra tinha uma passarela de entrada iluminada, com uns anjos, lindíssima! A cidade fica toda decorada, com árvores de natal, soldadinhos quebra nozes, renas de natal, etc.

Enfeite na rua coberta

Iluminação da rua coberta

Renas decoradas

Árvore da sabedoria - clique para ampliar e vê-la cheia de livros

Decoração da cidade - sim, tudo isso fica no meio da rua (literalmente) e ninguém mexe!!!!

Passarela da Igreja Matriz (ou igreja de pedra) iluminada - ah, a iluminação muda de cor de tempos em tempos!

Enfeite da Igreja Matriz

Quando nos sentimos satisfeitos pelo dia, voltamos para a pousada.
No sábado acordamos relativamente tarde, já que não havia nenhuma programação de natal antes das 16hs. Tomamos um café no quarto mesmo, com as coisas que tínhamos comprado no mercado no dia anterior. Quando descemos para pegar o carro a esposa do seu Artenio nos mostrou que tinha uma cozinha comunitária que fica aberta para os hóspedes usarem. Uma pena não sabermos disso antes. Rs. Mas ainda assim só reforçou o quanto valia a pena essa pousada. Partimos para o Parque do Caracol, por uma estrada de terra que o GPS tinha indicado. O bom é que fugimos do trânsito do Natal e ainda apreciamos uma linda paisagem. O parque estava bem cheio, depois de pagarmos os R$ 18,00 por pessoa, tivemos dificuldades para achar uma vaga para estacionar. Assim que saímos do carro fomos direito ao mirante. É uma estrutura que avança bem na beirada do Vale e te dá uma linda visualização da Cachoeira do Caracol. Ela estava fantástica, com um grande volume de água. Tiramos algumas fotos e apreciamos rapidinho para dar lugar aos demais visitantes.

Cascata do Caracol - vista do mirante

Depois seguimos para descer pela Escadaria da Perna Bamba, que te leva para ver a cachoeira por baixo. Na nossa última visita (veja relato aqui) não pudemos descer porque essa atração estava fechada. São 730 degraus para se chegar à base da cachoeira, e o que é pior, 730 para voltar. Rs. Durante a descida pudemos sentir o drama de quem subia, mas a escada é lindamente emoldurada pela mata e paredões que te convidam a continuar.

Início da escadaria

Placas consoladoras (ou desanimadoras) que tem nos pontos de parada (são vários pontos de parada com bancos)

A trilha acaba na base da cachoeira, que não é bem a base, já que a escada que levava à base (e que dava até para atravessar para um mirante do outro lado) está completamente destruída e pára-se então, em um mirante um pouco acima da base. Nesse mirante há uma plataforma inferior pobremente marcada para que não se desça a ela, já que estava bem deteriorada e caindo aos pedaços. Ainda assim o povo arriscava por uma foto mais bela. E que bela. A vista é magnífica de lá. Não só pela cachoeira em si mas também pela visão da mata que segue adiante. Vale muito a pena todo esforço da descida e subida. Ficamos um bom tempo admirando a cachoeira até criarmos coragem pra subida.

Cascata do Caracol - vista de baixo, no último mirante ainda de pé

Na volta achamos melhor irmos com calma porque havia uma senhora com muita dificuldade para subir, e achamos melhor ficar de olho caso ela precisasse de alguma ajuda. Já de volta ao topo voltamos ao mirante para uma última observada e fomos ao carro para seguirmos rumo à Canela. No carro notamos um cheiro forte de gasolina e pudemos ver que o carro estava com um pequeno vazamento no tanque de combustível. Isso explicava o porque de termos chegado com dores de cabeça em Gramado no dia anterior. Seguimos para Canela e paramos pra caminhar pela cidade e observar os detalhes dos enfeites. A cidade estava linda também, mas parecia que ainda não estava com tudo pronto, o que significa que ela estaria ainda mais linda no Natal.

Decoração de Canela


Estava cheio de papais-noel pela cidade! Um mais lindo que o outro! Encantador!
Saímos de Canela e fomos em direção à Gramado, pela estrada normal, pois iríamos almoçar o famoso Café Colonial, e paramos no mesmo local de 3 anos atrás. Bom, não se precisa ser dito nada. Aqui continuamos com os elogios postados antes (veja aqui). Tudo muito gostoso e em quantidade exorbitante. Rs. O valor era de R$ 62,00 por pessoa mas até vinhos e suco de uva estava incluído (além de café, chá, etc). Sai mais barato e muito melhor que o almoço do dia anterior.

Nossa "mesinha" no café colonial - Hummmm que delícia!

De lá fomos direto para a Igreja Matriz (igreja de pedra), onde a programação anunciava um concerto. Mas lá chegando vimos somente um Violoncelista que tocava muito bem e explicava as obras que estava executando. Curtimos um pouco e fomos para a pousada para descansar e nos arrumar para a noite. Quando chegamos na pousada o seu Artenio nos perguntou se havíamos conseguido ingressos para a noite. Explicamos que segundo o site de venda de ingressos não haveria o show. Ele recomendou que fôssemos checar na bilheteria. Fizemos isso e para nossa surpresa a atendente falou que ia ter o show sim e que desconhecia qualquer informação que não estava disponível a venda no site (mesmo não estando - verificamos isso um mês antes de irmos e no dia anterior e não estava vendendo). Na bilheteria não havia mais ingressos. Agora sim voltamos para a pousada e descansamos. Descemos ao centro perto de 19:30 direto para a Rua Coberta, curtir a árvore cantante. Era um coral muito bem ensaiado e gostamos muito da apresentação.

Árvore Cantante


De lá assistimos de novo o espetáculo de Acendimento das Luzes, mas de um ângulo que permitiu ver o acendimento da igreja dessa vez, RS. Aqui fica a dica: durante a apresentação o ator vai falando para as coisas se acenderem e elas acendem, então é bom ficar de um lugar onde se possa ver a igreja e parte da decoração da rua. Novamente tudo maravilhoso. Depois decidimos voltar a pousada, sem jantar nada já que ainda estávamos saciados pelo "almoço". Rs. Acabamos então voltando e dormindo um pouco mais cedo. Na volta o seu Artenio nos disse que ia sair para buscar uns hóspedes que foram de excursão para Bento Gonçalves. Olha que camaradagem que se vê nessa pousada! No domingo acordamos, arrumamos as coisas e tomamos um café quentinho e sanduíches feitos na sanduicheira da pousada! Tudo muito bom. Na cozinha tem cafeteira, fogão, microondas e sanduicheira. Da pra preparar não só um lanche mas até almoço se alguém quiser. Nos despedimos do seu Artenio, muito agradecidos pela hospitalidade e seguimos pela rota romântica rumo a Porto Alegre. No caminho paramos em algumas lojas para checar casacos de couro, sapatos femininos e a Cris achou o que queria em Novo Hamburgo, na Cia do Calçado. Estava com bons preços e tinha boas opções. Na devolução do veículo o Luiz da Ponto a Ponto nos esperava bem atento, já acenando assim que entramos na rampa do aeroporto (e olha que estávamos 15min adiantados do previsto). Explicamos o problema do vazamento pra ele e ele falou que iria já deixar o veículo para inspecionarem e que ele tinha mesmo sentido um cheiro de gasolina quando nos entregou o veículo, mas achou que era de outro carro. Olha que diferença de comportamento entre a Avis de Fortaleza (vide relato aqui) e essa Locadora Ponto a Ponto de Porto Alegre. É de se elogiar todo atendimento e atenção que eles tem com os clientes. Essa foi nossa segunda locação de várias, se voltarmos aos locais que eles operam. Deixamos o carro, almoçamos no aeroporto mesmo em um self service por Kg (R$ 59,00 o quilo) chamado O Tropeiro, gostamos da comida... Depois seguimos viagem para casa, com muita vontade de voltar pra essa terra linda e gentil.
Até a próxima pessoal!!!!

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