segunda-feira, 14 de julho de 2014

Bahia - Litoral Sul - Primeira parte - Hospedagem em Porto Seguro

Oi pessoal, este ano tivemos que tirar férias em Julho e então fomos planejar a viagem. A primeira ideia que tivemos foi a Patagônia, que estava na nossa "lista de desejos", todavia, quando começamos a pesquisar sobre a viagem, vimos que Julho não é uma boa época para visitar, pois muitas das trilhas estão fechadas por conta das nevascas e até lemos uma reportagem de turistas que ficaram "ilhados" por conta do mau tempo. Segundo nossos estudos, a época perfeita é Novembro, pois é possível ver todos os animais de lá! 
Então, tivemos que repensar nosso destino. Sabíamos previamente que de Julho a Dezembro é época das baleias Jubarte em Abrolhos, um dos lugares que também estavam na nossa "lista de desejos". Para fugir do inverno frio da Antártida, as baleias Jubarte migram para a região de Abrolhos para acasalar e ter seus filhotes nas águas rasas e quentes do sul da Bahia. Então nossa viagem agora foi para Abrolhos, porém para valer umas férias de 15 dias resolvemos estender um pouco o passeio. Depois de alguma pesquisa resolvemos fazer o seguinte itinerário: Porto Seguro, Prado e Abrolhos. Vamos então descrever cada um desses passeios conforme formos viajando:

- PORTO SEGURO:
Chegamos no aeroporto de Porto Seguro dia 9 de julho de 2014 (4ª. Feira) por volta das 9h. Como o check in do hotel era só depois do almoço e como estávamos com algumas malas decidimos alugar um carro por um dia para passearmos um pouco. Fizemos a reserva na Unidas – R$ 94,00 a diáira - (somente as grandes locadoras estavam aceitando locação por um dia, as pequenas só aceitavam pacotes de mais dias). Pegamos então o carro e seguimos rumo a Santa Cruz Cabrália. Paramos na divisa de Santa Cruz Cabrália com Porto Seguro e tiramos algumas fotos no marco comemorativo que colocaram ali, reproduzindo a primeira missa realizada em terra pela esquadra de Pedro Alvares Cabral. Nada muito exuberante mas enfim...

Monumento comemorativo à primeira missa realizada em solo brasileiro (lado esquerdo)

Monumento comemorativo à primeira missa realizada em solo brasileiro (lado direito)

Depois seguimos para Coroa Vermelha, que ficava menos de 1 Km de distância. Esse local é uma tribo já urbanizada dos índios Pataxós. Lá há um grande comércio, inúmeras barraquinhas onde se vende de tudo. Do artesanato à saídas de praia e biquinis “made in China”. Ao longo desta "galeria" tem o museu do índio (não sei ao certo se o nome é este mesmo, mas é algo assim), onde tem várias esculturas de índio do lado de fora. Paga-se uma entrada, bem simbólica, coisa de 2 reais, mas não entramos. 

Museu do índio

Esculturas dos índios

Esculturas dos índios


No final dessa passarela é possível avistar duas cruzes em no local onde teria sido realizada a primeira missa. Uma cruz antiga e bem simplória e uma mais nova e elaborada, em homenagem aos 500 anos de descobrimento do Brasil.

Cruz demarcando o local de realização da primeira missa no Brasil. Ao fundo a cruz antiga.

Pelo que nos contaram, os índios Pataxós não são originários da região. Vieram na década de 50 devido a um assentamento realizado pelo governo da época.
Após isso almoçamos em uma dos vários quiosques de praia que Porto Seguro possui. No nosso caso ficamos no quiosque do Gaucho. Estava meio vazio mas foi tranquilo de almoçar e passar um tempo. Cerveja garrafa por R$ 8,00 e uma porção de isca de peixe por R$ 35,00.

Vista da área de praia do Quiosque do Gaucho

Depois seguimos para o Hotel Villagio Arcoballeno. O hotel é bem bacana, fica exatamente em frente ao AxéMoi e possui um supermercado e restaurantes ao lado. O hotel oferece opção All Inclusive, mas como estávamos procurando ficar mais tempo fora do hotel do que nele, optamos somente pelo café da manhã. Com uma suíte com banheira de hidromassagem pagamos R$ 250,00 a diária. O hotel conta com uma piscina bem grande, um salão de jogos com sinuca, ping pong e pebolim (bem velhinhos e um pouco mofada a sala), uma sala de ginástica (com duas esteiras, duas bicicletas, uns alteres e um módulo) mas com equipamentos sem manutenção e o módulo sem funcionar). Há sauna que funciona a partir das 16hs e a equipe de recepção era ótima, tirava muito bem nossas dúvidas e eles mesmos agendavam passeios por intermédio de uma agência local. Também existe um bar da piscina, mas descobrimos que qualquer bebida ou refeição fora do All Inclusive era uma facada. Uma caipirinha de vodka (Baikal) custava R$ 16,00. Almoço ou Jantar no formato de buffet sem balança custava R$ 40,00 por pessoa. Nos restaurantes ao lado do hotel (mais simples) era possível almoçar por R$ 20,00 por pessoa ou R$ 30,00 o quilo. Para jantar haviam opções de pizzas ou pratos a la carte.

"Sala" do nosso quarto

Banheiro do nosso quarto

Nosso quarto
Piscina do hotel

Depois de um tempo no hotel fomos para a passarela do álcool. Hoje ela conta com muitas barracas de artesanato e o Fê ficou um pouco frustrado por não haver mais as barracas que vendiam o drink “capeta” como há 17 anos atrás... Lá conseguimos ver a classificação “suada” da Argentina sobre a Holanda para a grande final da Copa do Mundo.
Depois de um passeio jantamos no Estação 22. Pedimos um espeto de Contra-Filet, acompanhado por arroz, fritas, farofa e vinagrete. O pessoal serve a carne no espeto, mas esse não fica na sua mesa, o garçon leva novamente à churrasqueira e lhe serve de tempos em tempos. A carne tinha um pouco de nervos mas estava tranquila. Ficou 40 esse prato pra 2.
No dia seguinte devolvemos o carro no aeroporto. Inicialmente haviam nos dito que poderíamos pagar uma taxa de R$ 20,00 e eles retirariam o carro no hotel. Mas quando liguei cedo para marcar a retirada, pediram para levá-lo ao aeroporto que depois me deixariam no hotel, sem cobrança de nenhuma taxa. Tudo tranquilo então J. Esse dia estava muito ruim, bem chuvoso, então depois desse passeio no aeroporto ficamos mesmo no hotel. Almoçamos em um restaurante que ficava dentro do Supermercado Frossard. Foi tranquilo. Na janta fomos ao Porto Bello ao lado do hotel e pedimos uma pizza. Era na faixa de R$ 45,00 mas achamos que não valia tudo isso. Era bem fraquinha.
Na 6ª. feira decidimos fazer o passeio de Coroa Alta. Pagamos no hotel R$ 70 por pessoa, já incluindo a taxa de embarque no porto de Santa Cruz Cabrália. Pelo que notamos, o pessoal que fica na praia vendendo passeios, ou mesmo as agências que operam em Porto Seguro (exceto a CVC), vendem esse passeio e passam para uma equipe os nomes e hotéis no dia anterior. Digo isso porque o ônibus que deveria nos apanhar às 09hs no hotel chegou só quase 10hs e apanhou também uma família que estava no nosso hotel mas que comprou o passeio de um vendedor de praia. Esse ônibus ainda parou em mais outros hotéis para apanhar o resto dos turistas.
Chegamos no Porto de Santa Cruz Cabrália e seguimos para a Chalana que iria realizar todo o passeio. Aqui vale uma DICA: não compre o passeio que eles chamam de Fluvial. Compre o passeio de Coroa Alta. Isso porque o fluvial é um “pedaço” do passeio total. Nessa opção eles deixam você na praia de Santo André (o que naquele dia até que seria legal pois era onde a seleção da Alemanha estava hospedada) e seguem rumo à Coroa Alta. Depois a embarcação volta e lhe busca na praia de Santo André e eles sobem o rio. No dia que fomos, como tinha pouca gente no barco e só nós e mais um casal que havíamos comprado esse passeio somente o “fluvial” creio que eles ficaram com “preguiça” de manobrar o barco até a praia e nos permitiram seguir até a Coroa Alta.

"Porto" da Seleção da Alemanha na Ilha de Santo André

Ilha de Santo André

Separação do rio com o mar

Coroa Alta

Coroa Alta é uma pequena ilha de uns 20 metros de comprimento onde é possível avistar alguns poucos peixinhos. É bem simples e sem nenhuma exuberância. As fotos aéreas que vi do local são bem mais bonitas que estar lá.
Depois de 1 hora nesse local o barco volta ao rio até o Restaurante Berimbau que fica no mangue e a entrada é por uma pontezinha no mangue bem charmosa. É bem simples a comida, mas custava mais de R$ 40,00 o quilo. Lá é possível deitar em redes que colocam para os clientes, bem convidativas.
Após o almoço seguimos para uma ilhota que eles chamam de Ilha do Sol. Lá há uma venda de doces e licores somente. O que animou foi o guia de uma outra embarcação, o Beto Jamaica. Ele fez um show a parte subindo em um coqueiro com uma agilidade e velocidade fenomenal. Muito simpático e animado esse guia. Outra atração da ilha é o famoso banho de lama. Mas como nosso passeio começou tarde pegamos maré alta e já não era possível fazer o banho. Nada que fizesse falta, disseram os guias do barco.

Santa Cruz de Cabrália, vista do rio

Entrada da Ilha do Sol

Vista da praça onde o ônibus nos esperava, em Santa Cruz de Cabrália

Para encerrar jantamos novamente no Porto Bello mas pedimos um prato de Contra-Filet, por aproximadamente 60 reais. Veio um pedaço bem grande e grosso de carne, macia e suculenta, uma delícia. Acompanhada de arroz, vinagrete e farofa.
O sábado também estava bem estranho o tempo e resolvemos ficar na famosa barraca Axémoi. Bom, durante o dia é uma barraca como qualquer outra de praia, porém com preços elevados. Uma porção de isca de peixe custava R$ 42,00 e não era tão bem servida. O serviço de garçon não era tão bom e havia muitos vendedores ambulantes. Eles possuem uma programação durante o dia que vai de animadores a lambaeróbica. Mas não era lá essas coisas. Voltamos ao hotel para ver a disputa de 3º. lugar, último fiasco da seleção na copa. E assim encerramos o dia...

Axé Moi

A "enorme" porção de peixe

Entrada do Axé Moi

Domingo era noso último dia em Porto Seguro, e entre os passeios que vimos na lista, a Praia do Espelho era o que de longe mais nos encantou. Quando pedimos para reservar nos falaram que não faziam o passeio de domingo... Uma pena então fechamos o passeio do Recife de Fora. Dessa vez um carro pontualmente nos apanhou no hotel e nos levou no porto de Porto Seguro, mas lá chegando, nosso motorista recebeu o comunicado que a Marinha havia cancelado os passeios pois estava chovendo e com vento forte. Nós realmente não ficamos tão tristes com o cancelamento, já que conseguíamos imaginar o frio que passaríamos no barco.
Dessa forma voltamos ao hotel, almoçamos no buffet do Porto Bello e aguardamos até assistir à final da Copa do Mundo, onde a Argentina amargou novamente seu vice campeonato contra a Alemanha. Jantamos em um local onde há várias lanchonetes, bem próximo ao nosso hotel, sentido norte, onde pedimos uma pizza bem mais gostosa no Bárbara Pizza, por R$ 30,00 (tamanho médio).
Na 2ª. feira recebi o carro que eu tinha alugado para o resto do passeio, reservando direto com a Innovare (a qual por sua vez não tinha carro para o período mas encaminhou o pedido para a Terra Mater). Aqui cabe uma ressalva. As locadoras pequenas em Porto Seguro são mais “COMPLICADAS” do que todas as demais locadoras que já reservamos em todo Brasil. O Fladimir, dono da agência, veio entregar o carro no hotel conforme combinado. Mas quando falei que eu ia seguir viagem para Prado ele não queria manter a diária de R$ 70,00 combinada, pois ele dizia que esse preço é só para quem fica em Porto Seguro, para viajar para outras cidades a tarifa seria de R$ 90,00.
Depois de uma discussão sobre o significado do termo “Quiilometragem Livre”, fechamos em R$ 75,00 mais uma taxa de limpeza de R$ 30,00. Outra coisa é que esse valor ele fez no cartão de débito a vista na retirada do veículo. Durante toda viagem ficamos um pouco inseguros sobre como seria a devolução do veículo. O carro em si era um Siena 2010 completo e com som, porém não muito conservado, já que somente um falante do rádio funcionava e apesar de ter entrada USB, ele não lia nosso Pen Drive (que funciona perfeitamente em qualquer outro aparelho). Além disso não era possível subir o vidro do passageiro usando o comando do motorista, o ar condicionado tinha algum mal contato e só funcionava quando queria. Mas tudo isso notamos só depois que saímos em viagem com o carro (depois que a pessoa da locadora tinha ido embora).
Ainda assim, seguimos então rumo a segunda parte de nossa viagem.
Saindo do hotel fomos rumo à Arraial D’Ajuda. Depois de pacientemente esperarmos 30 minutos para entrar na balsa, chegamos à cidade e fomos direto para a praia da Pitinga. Estacionamos o carro no estacionamento das barracas famosas da praia, onde se paga R$ 5,00 se você tiver o carimbo das barracas ou R$ 15,00 caso não consuma nessas barracas. Do estacionamento até as barracas precisa fazer uma caminhada de 5min. A praia estava bem vazia, com pessoas somente em frente as barracas. 

Praia logo quando saímos do estacionamento

Praia

Praia da Pitinga

Fizemos uma boa caminhada até a famosa Lagoa Azul. No caminho avistamos uma tartaruga morta sendo comida por urubus... A Cris ama tanto tartarugas.... mas melhor ver uma viva né? Mas a natureza é perfeita.... Chegando na Lagoa Azul, que por sinal estava verde, pegamos a trilhazinha que leva na cachoeira que alimenta o lago. A trilha é pequena, mas passa por muitos matos que arranham e ainda tem uma boa parte de argila, que precisa ir descanso porque as havaianas não aguentam. Esta trilha também leva a um mirante no alto das falésias. Na cachoeira, caia somente um filetinho de água, nada muito exuberante, contudo a paisagem das falésias era bem bacana. Na lagoa azul há um quiosque, que não cobra consumação mínima. Depois de algumas fotos e um mergulho (no mar) fomos na barraca do Faria onde almoçamos uma porção de isca de peixe por R$ 40,00 e seguimos para o centro de Arraial. Como estávamos em Julho, não cobraram consumação mínima, mas parece que em alta temporada cobram.

Tartaruga morta sendo comida pelos urubus.

Lagoa Azul

Argila que precisamos atravessar pra chegar na "Cachoeira"

Pé da Cris após atravessar a argila

Falésias na trilhazinha

Placa na trilha separando as atrações

Ex-cachoeira

No centro de arraial, tiramos fotos da Igreja e do famoso mirante logo atrás dela. É muito bonita a vista, vale mesmo a visita. Andamos pela famosa Bróduai e notamos o quanto a cidade respira turismo de massa, onde todo canto é um comércio, mas não achamaos legal que banheiro de restaurante você só usa se pagar a taxa de R$ 1,00 e não há banheiro público na região.

Famosa esquina de Arraial

Vista do mirante atrás da igreja

Panorâmica da vista



Achamos a cidade de Arraial mais gostosa do que Porto Seguro (opinião de não jovens, rs). Ela parece mais aconchegante, lebra Pipa - RN. Como já passava das 16hs decidimos não parar em Trancoso e seguimos rumo à Prado. A estrada é bem perigosa, com muitos buracos, crateras até chegar na BR101. Depois ainda há buracos, mas em menor número, mas exige atenção constante do motorista. O que deu pra notar também é que a volta é complicada, já que vimos dois trechos de serra sem possibilidade de ultrapassagem e com várias carretas em subida bem lenta.

Continue lendo o relato da viagem na segunda parte - Prado.

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