terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Uruguai - Planejamento e Punta del Este Parte 1


Preparação e Dia 1 - Sábado - Montevideo e Viagem para Punta del Este


Nossa ideia de ir ao Uruguai começou há muito tempo atrás, quando pesquisávamos os melhores lugares para apreciar a Via Láctea. Antes mesmo de irmos para o Atacama.

Nas pesquisas descobrimos Cabo Polônio, no Uruguai. Um lugar ermo, e que na época não tinha energia elétrica.

Ficamos com esse destino em mente, até que muito tempo depois apareceu uma passagem baratíssima para Montevidéu. Sem nem pensar, compramos. O engraçado é que seria para o período de Natal e Réveillon de 2019/2020. E já sabíamos que a Via Láctea não é visível nesse período (conhecimento adquirido no Atacama). Aí começamos a bolar o roteiro...

Cabo Polônio iria tomar muito do nosso tempo, seja de ônibus ou mesmo de carro, e não iríamos ver o céu que queríamos. Deixamos de lado e optamos por conhecer coisas mais "padrão": Montevidéu, Punta del Este, Colônia de Sacramento e Carmelo.

Roteiro montado, começamos os agendamentos e reservas. Nesse período já descobrimos algo importantíssimo do Uruguai: tudo é bem caro no país. Desde aluguel de carro, hotéis e alimentação!

Bom, aceitando esse fato, concluímos as reservas.

De início o vôo sairia 8am de Guarulhos, mas como não houve horário de verão, ele mudou para 7am. Deixamos o carro no Enzo Park (atualização 10/02/2020 - esse estacionamento foi interditado pela Prefeitura de Guarulhos, então não há link para compartilhamento nem recomendamos que usem-no) com pagamento antecipado, o que foi bem barato se comparado com os demais, mesmo a vaga coberta. Mas tinha que deixar as chaves.

O vôo da Latam foi tranquilo, saiu um pouco atrasado mas chegou no horário em Montevidéu. Chegando lá o Fê quem tinha habilitado seu celular Vivo para funcionar no exterior não funcionou, e a Cris que não fez nada disso, tinha o celular funcionando normalmente, vai entender.
O motivo de citar isso é que tínhamos reservado o carro com a Localiza, que não tem loja no aeroporto Carrasco, e um funcionário fica com uma plaquinha esperando. O problema é que não tinha ninguém com placa da Localiza. Depois de uns 10 minutos ou mais procurando o cidadão, perguntando para funcionários de outras agências se viram o cara, e assim que ligamos na Localiza, o cara apareceu do nada. Ele parece que tinha dado um pulinho no banheiro rs.

Ele nós conduziu ao escritório da Localiza, que fica em um posto de gasolina, uns 5-10 minutos do aeroporto. Fizemos reserva com eles pois para 4 diárias estavam com preço promocional, na época, de ~39 dólares o dia (classe econômica com ar). As outras eram bem mais caras.

Saindo da agência quisemos dar um pulo no Mercado del Puerto, para almoçar. Usamos o Google Maps off-line que baixamos antes e foi tudo bem para chegar lá, que fica na Ciudad Vieja.

Uma coisa engraçada é que era dia 21 de Dezembro, e ventava muito, com chuvisco e temperatura de 16 graus. Sim, no primeiro dia do verão lá fazia um belo frio!!!.

Detalhe de como estava o tempo na nossa chegada em Montevideo (fundo musical magnífico :-)

O Mercado del Puerto, como o nome diz, fica na região portuária de Montevidéu, que também é uma região bem antiga. Paramos o carro nas proximidades e pudemos ver imóveis bem deteriorados vivendo junto com alguns bem belos. Lembrou um pouco de Cuba.

O mercado tem várias opções de restaurantes, com vários preços. Nós tínhamos ouvido falar do El Palenque, então fomos nele. Ao entrar já se nota que é mais bem arrumado que a media. De pratos pedimos o lomo (mignon) e entrecot. O sabor do entrecot está muito bom. Feito na brasa e vermelho por dentro (pé bem passado). O lomo estava mais sem gosto. Uma coisa interessante é que não vem nada com sal. Eles parecem estar em uma campanha de abolir esse tempero!
Almoçamos bem, pagamos com cartão para usufruir do desconto do IVA (no Amex apareceu o desconto 1 dia útil depois do gasto, no MasterCard só na fatura seguinte e, segundo pesquisas, se tivéssemos Visa, o desconto sairia na hora).

Saindo do mercado fomos sentido Farol de Punta Carretas. O vento era tão forte que derrubou placas. Nem vimos direito se o farol estava aberto para visitação (50 pesos uruguaios), só tiramos umas fotos e decidimos seguir rumo a Punta del Este.

A estrada é bem tranquila, com 2 pedágios de 115 pesos uruguaios cada (dez/2019), alguns radares de 60 km/h e muito pouco trânsito no dia 21/12/2019.

Como não conhecíamos os radares, levamos pouco menos de 2 horas pra chegar um Punta. E lá chegando fomos direto ao hotel para deixarmos nossas bagagens e conhecer o local.

O hotel Golden Resort SPA  & Hotel é na verdade somente um hotel. Simples mas muito confortável. Nosso quarto tinha sala com microondas até. Bem espaçoso. O hotel tinha um estacionamento grande, custando U$5 a diária. As vagas eram menores que no Brasil, mas no final das contas não tivemos problemas. A piscina externa era atraente (não fosse o frio) mas a piscina interna nem tanto. A turbidez era bem alta.


Detalhes da Sala da nossa Hospedagem

Quarto bem Espaçoso na Hospedagem

Banheiro (com a famosa cortininha que habitava todas as duchas do Uruguai)

Compramos uma água no mercadinho ao lado do hotel e nos arrumamos para jantar. Fomos direto ao Capi Bar, que parecia ser interessante, com música ao vivo. Mas entrando lá, por volta de 20hs, nós disseram que todas as mesas estavam reservadas. Talvez funcionassem com reserva antecipada. Uma pena. Fomos então no Rústic. Era bem simples, mas bonitinho. Comemos um prato de frango xxxx e um capelete de cordeiro. Porções pequenas, preço nem tanto: R$160,00.

Devidamente jantados voltamos para descansar (estávamos acordados desde 2am!)




Dia 2 - Domingo - Punta del Este



Na manhã seguinte fomos tomar café, que era bem servido, com vários croissant, bolos, pães, queijo, presunto. Ovos tinha que pedir a parte (ainda tinha pouca gente no hotel). Comemos muito bem. O café tem um sabor bem diferente do nosso, lembrando um pouco o solúvel.

Saímos de lá e fomos no porto, para entendermos sobre o passeio de barco que ia para a ilha dos leões marinhos. O porto de Punta del Este é bem pequeno, mas fantástico. Ha leões marinhos e lobos marinhos que divertem o público enquanto esperam ganhar alguns restos de peixes dos pescadores.
Vista de Cima do Porto (parte onde os pescadores limpam os peixes)

Leões Marinhos divertindo o pessoal (à espera de comida)


 
Esse camarada fica tomando um solzinho em uma pedra


Nós fomos direto ao barco da Oceania (que a Cris tinha visto que era mais estável pelo seu tamanho). Mas havia só uma pessoa fazendo limpeza e nos disse que o mar estava muito agitado. Pediu para que voltássemos no dia seguinte.

Voltamos para perto dos pescadores que limpavam seus peixes e vez ou outra jogavam restos aos leões e lobos. Era um barato. E do nada um enorme leão marinho pula sem delongas para fora da água e quase atropela a Cris. Ele anda e fica paradinho esperando ganhar mais peixes.


Taí a figurinha que quase matou a Cris de susto




Alguns turistas animam passar a mão no bicho, que realmente parece não se importar muito. De vez em quando da uma ameaçadinha de morder, mas só.
Foi um barato essa interação toda. Ficamos umas 2 horas no porto ao todo.




Saímos de lá e seguimos para a Casa Pueblo, en Punta Ballena, bem afastado de Punta del Este. Sabíamos que se tratava de uma construção inusitada e que haviam relatos dizendo que era bacana ver o pôr do sol por lá.

Como ainda eram 14hs, optamos por parar para almoçar antes. Escolhemos conhecer o I'Marangatu, que era uma das opções que vimos de Réveillon, mas optamos por outra localidade.

Lá chegando descobrimos que o restaurante funciona com reserva, mas como o movimento não estava tão grande, só precisamos aguardar 20 minutos por uma mesa. O restaurante é bem bacana, com mesas algumas tipo mesinha de centro com poltronas em volta. Muito lindo mesmo. A parte externa estava fechada devido ao vento fortíssimo que arrastava uma nuvem de areia da praia.

Nós pedimos dois peixes (do dia e do porto, que eram uma merluza e um corvina, pelo que entendemos), um acompanhado de salada e outro com abobrinha com queijo de cabra. Os pratos estavam gostosos. A abobrinha realmente combina com queijo de cabra, bem legal, mas nada que tenha valido os 325 reais. O Uruguai é caro, mas esse foi o restaurante mais caro de toda nossa viagem.  Mas há gente suficiente para fazer esse local próspero.

Saindo de lá seguimos direto à Casa Pueblo. No caminho paramos na beira de uma estrada de terra que descia ao mar. Parecia bem bonita a paisagem. Descemos a pé mesmo, era o caminho para Las Grutas, mas nem sabíamos. Só admiramos a paisagem mesmo e voltamos ao carro.

Chegamos na Casa Pueblo e paramos na estrada, para evitar o movimento todo. Lá tem duas opções para conhecer (se você não é hóspede): pagar 10 dólares por pessoa para conhecer o museu, que tem pinturas do construtor do local, ou pagar 300 pesos uruguaios de consumação do café, que te permite descer ao andar mais baixo para ver a construção.



Fizemos a opção do café, mas não vale a pena. Os preços lá são caros, o atendimento é bem fraco, e a vista não é "exclusiva". Antes de entrarmos na Casa Pueblo tínhamos descido por uma trilhazinha logo antes do portão. Ela chega bem perto das pedras frente ao mar. A vista é muito boa, tanto do mar como da Casa Pueblo.



Depois de sairmos vimos que seguir adiante na estrada da mais vistas bonitas ainda, do mar principalmente. Muito lindo e grátis.



Vista do Mar no Mirante Mais a Frente do 



Voltamos já sem vontade alguma de ver o pôr do sol por lá. Paramos o carro em Maldonado, em uma das várias entradas à praia, e ficamos em um deck, assistindo o sol se pôr no mar (coisa que para nós brasileiros não é nem um pouco comum - só em algumas ilhas).



Magnífico show e vento gélido marcantes. Adoramos muito. Voltamos ao hotel e saímos para jantar. Dessa vez fomos no The Family. Um restaurante pequeno, do lado do hotel, bem simplesinho mas quede mostrou ótimo no sabor. O Fe pediu uma lasanha vegetariana, gigante e deliciosa. A Cris pediu um ravioli de espinafre, caseiro, no molho a bolonhesa delicioso também. Muito mais barato que tudo em Punta e muito saboroso. Único detalhe é que só aceitavam dinheiro, e pesos. Jantados fomos descansar para o dia seguinte, que teria passeio de barco!!!!


Um belo pedaço de lasanha...



Dia 3 - 2a. Feira - Punta del Este


No dia seguinte acordamos tranquilos, sem pressa. A missão era só comprar Dramin (já que mesmo com o Oceania o barco balançaria, segundo relatos) e ir ao porto. Fomos primeiro ao porto para ver se ia ter mesmo o passeio. O mesmo moço do dia anterior falou que sim, e que a venda começava perto de 12hs.

Fomos então na farmácia mais próxima e compramos um equivalente ao dramin, de 50 reais!!!

Voltamos ao porto e curtimos um pouco os leões e lobos marinhos, até que a cabine de venda do Oceania se abriu. O passeio saia 60 dólares por pessoa e tinham uma promoção de na compra de 2 ingressos, 1 era gratuito, ou seja, nós dois sairia 60 dólares. Eles só aceitavam cartão Visa, e como não tínhamos, pagamos em Reais, R$250,00.

Subimos a bordo, e o barco era realmente grande. Tinha um ambiente com várias mesas tipo de restaurante, duas poltronas de 3 assentos de avião, assentos nas laterais, ou seja, cabia muita gente.

Mas infelizmente só havia nós dois lá... Depois de 5 minutos chegou outro casal, mas foi só isso. Com 4 pessoas eles não saiam e cancelaram o passeio... Devolveram o dinheiro e infelizmente não conseguimos visitar a ilha dos leões marinhos.

Voltamos tristes do porto, nem vimos o leão marinho que subia para comer peixes dos pescadores...

Fomos então conhecer mais coisas de Punta. Fomos ao farol (que estava fechado). À igreja de Nuestra Señora de la Candelaria que estava tendo missa dominical... Fomos na feira de artesanato, que dizia começar às 11hs, mas ainda estavam montando as tendas. Andamos pelo começo da Playa Brava, visitando o famoso monumento. Andamos pela praia toda que já estava mais movimentada. Aproveitamos que finalmente deu pra sentir um pouquinho de calor, bem pouco, rs, e decidimos tomar um sorvete. Pedimos numa lojinha perto do hotel. O legal era que os donos eram dois americanos, e o sorvete na verdade era raspadinha kkkk. 15 reais cada!!!

A Famosa Escultura Los Dedos


Depois disso tudo fomos tentar almoçar no The Family, mas já eram quase 16hs, e tinham acabado de fechar. Optamos então por comer em um lugar perto do Monumento Los Dedos, que achamos bacana quando passamos em frente, o A Brillar Cafe. Pedimos nosso primeiro Chivito no Uruguai. No caso no pão. Era bem simplesinho o sanduíche, mas estava bom... E caro rs.

Voltamos ao hotel para descansar e nos arrumar para voltarmos na feira do artesanato. Agora sim em pleno funcionamento. Tinha coisas bem bacanas lá. Produtos de lã, uns porta incenso fantásticos que imitavam fogão à lenha de ferro. Era bem interessante com bijuterias, antiguidades, mel, produtos de couro, e muitas outras coisas.

Saímos de lá e fomos jantar no The Family. Agora uma ensalada completa e um filé de frango com purê (meio sem gosto, pois tudo é sem sal).

Jantados, fomos descansar pois dia seguinte era retorno à Montevidéu.



Roteiro Completo:

 - Parte 1: Planejamento e Punta del Este

 - Parte 2: Montevidéu

 - Parte 3: Carmelo e Colonia del Sacramento

 - Parte 4: Punta del Este (Réveillon)




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