BENTO GONÇALVES
Dia 1 - Chegada em Porto Alegre / Galpão Crioulo
Paramos o carro no estacionamento Yellow Park, próximo ao aeroporto de Guarulhos. Pagamos R$ 17,00 pela diária em vaga coberta, a única que permitia levar a chave do carro.
O voo de ida foi tranquilo. Chegando em Porto Alegre, o senhor da ponto a ponto já estava nos esperando com a plaquinha. A ponto a ponto é uma locadora de carros velha conhecida nossa. Já a utilizamos em outras duas visitas ao RS (vide relatos aqui e aqui) e em uma visita a SC (vide relato aqui). Como as experiências com eles sempre foram positivas, fechamos novamente com eles, mesmo não sendo a opção mais econômica. Contato: Locadora Ponto a Ponto.
A vistoria do veículo foi super rápida e em menos de 15min já estávamos a caminho do nosso hotel.
Deixamos nossa bagagem na recepção e fomos para o Galpão Crioulo, uma churrascaria que a Cris foi há 20 anos atrás. O churrasco estava muito bom, muito saboroso. O buffet é relativamente simples, sem muita frescura, mas tudo muito gostoso. O rodízio é R$89,90 por pessoa, incluindo um show típico de danças, boleadeiras, etc. Bem legal.
Videos exemplo dos shows na churrascaria Galpão Crioulo
Voltamos ao hotel, e fizemos o check-in. O quarto era muito bom, grande e com água cortesia (tivemos um upgrade gratuito).
Contatos: Everest Porto Alegre Hotel
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O café da manhã também era bom, com várias opções e haviam uns globais hospedados lá, sendo a mais conhecida a Denise Fraga. Hehehe. Estavam fazendo um teatro lá.
Folder da Peça com Denise Fraga |
Dia 2 - Bento Gonçalves / Vale dos Vinhedos / Don Laurindo
Chegando lá, fomos direto à pousada Florenza e fizemos check-in. A pousada é muito confortável, com ar condicionado que aquece, tudo muito bom e limpinho.
Contatos: Pousada Florenza
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Páginas do Folder do Don Laurindo |
O Sr. Ademir, proprietário da vinícola nos recebeu, deu uma pequena explicação sobre a vinícola, nos mostrou as caves (locais onde os vinhos ficam envelhecendo ao abrigo da luz e do calor) e partimos para a degustação. Na degustação ele te deixa muito à vontade, os vinhos já são colocados na ordem correta para a apreciação e você toma os que quiser. Tomamos todas as opções, inclusive a grapa, destilado de uva. No final levamos dois rótulos, um branco, Malvasia de Candia e um Merlot, com 12 meses de carvalho. Os vinhos são realmente muito bons!
Caves do Don Laurindo |
Fondue de Carnes |
Fondue de Chocolate com Prato enfeitado |
Dia 3 - Epopeia Italiana / Miolo / Maria Fumaça / Tramontina
No dia seguinte, havíamos reservado previamente um passeio de dia inteiro com a empresa Giordani Turismo.
O passeio inicia-se na Epopeia Italiana, que é um cenário simulando todo o processo da imigração italiana. Quando chegamos, tivemos a impressão de que seria um programa de índio danado, mas no final das contas amamos!!! É uma encenação bem detalhada da imigração e você se sente na história. Sem contar que se aprende bastante sobre o processo da imigração em si. No final tem uma degustação de biscoitos e vinho/suco. Foi tão empolgante que nem lembramos de tirar qualquer foto, então segue só um gostinho dos ingressos. rs.
Ingressos da Maria Fumaça e Epopeia Italiana |
O dia não estava cooperando, mas tudo bem, a maior parte da visita era interna rs |
Grandes Tonéis de Aço Inoxidável |
Descanso dos Espumantes |
Belo Gramado com as Vinhas ao Fundo |
Peixes no Laguinho do Wine Garden
A degustação é orientada, então aprende-se um pouco sobre como apreciar um vinho. Foi bem legal.
Ao final, quando fomos para a loja, ficamos um pouco triste com a política da empresa, já que os 10 reais convertidos em convertidos em compras não pode ser utilizado em sucos, vinhos em promoção, acessórios como saca-rolhas, e etc. Ou seja, não conseguimos utilizar nada. O vinho mais conceituado da vinícola é o lote 43, homenagem ao lote recebido pela família ao imigrar para o Brasil. Este vinho custava lá em torno de 150 reais.
Depois, com o passar do tempo em Bento Gonçalves, descobrimos que a cereja do bolo de cada vinícola é sempre um vinho que eles chamam de assemblage ou corte, que é uma mistura de uvas, sendo que as uvas e as proporções de cada uva podem variar a cada ano. Isso ocorre porque assim o enólogo consegue produzir um bom vinho, corrigindo acidez, taninos, etc. Assim sendo, o lote 43 é um corte.
Saindo de lá fomos almoçar no restaurante Giordani Gastronomia Cultural.
Talvez seja uma prática local, já que no restaurante de ontem ocorreu o mesmo.
Saindo do almoço fomos à Tramontina. O ônibus ficou lá em torno de 1h para quem queria fazer compras na própria Tramontina ou na loja de produtos coloniais à frente. A Tramontina é uma potência! Uma loja linda e gigante, com infinitos produtos para compras, porém não sentimos vantagem nenhuma nos preços. Inclusive alguns produtos estavam o mesmo preço na internet, ou seja, não vale a pena uma loja de fábrica que não vende à preços de fábrica. Já na loja de produtos coloniais encontramos alguns produtos bem diferenciados e a um ótimo preço.
Chique o Trinco do Banheiro não? |
A Bela Maria Fumaça |
A viagem de trem dura aproximadamente 1:30h e o passeio termina ao final do passeio de trem, que é em frente à Epopeia onde estacionamos o carro. Quem fez compras pode deixá-las no ônibus e pegar ao final do passeio de trem.
Trecho de Serra da Viagem |
O dia foi divertido e agradável, embora um pouco cansativo. É legal porque ao longo do passeio a guia vai contando particularidades da cidade, da imigração italiana, etc. Mas pode ser dispensado em falta de tempo.
À noite estávamos tão cansados que acabamos comendo uma pizza na pousada, que por sinal estava deliciosa! Muito boa mesmo!!! Abrimos o Merlot que havíamos comprado na Don Laurindo e ficamos um bom tempo conversando com o proprietário, que nos deu a dica de conhecermos a vinícola Milantino, a melhor na opinião dele.
Dia 4 - Vale das Antas / Haras Recanto do Gaúcho / Salton
No dia seguinte, aproveitamos o sol para fazermos o roteiro do vale do rio das antas. É um trajeto gostoso e bonito, mas apenas se estiver com tempo. Não é nada imperdível.
Fizemos parada no mirante do Belvedere do Espigão (localização Google Maps) que é muito estonteante. Na Banca das Cascatas há alguns bons comes e bebes e umas cascatinhas ao fundo. Também paramos em um ponto não tão povoado.
Vistas do Mirante do Belvedere do Espigão |
Já na parte baixa paramos para ver a Ponte dos Arcos. Deixamos o carro no restaurante recanto dos arcos.
Restaurante para Observar a Ponte de Arcos |
Bela Vista da Ponte e a Serra Acima |
Paramos para almoçar no Haras Recanto do Gaúcho, onde fizemos um passeio à cavalo maravilhoso, em meio às oliveiras, videiras e nogueiras pecã! Paisagem única! O passeio dura 30min, com direito a muitas fotos e custa 30 reais por pessoa.
Mini Pônei para Atrais a Criançada |
E lá vamos nós! |
Saindo de lá fomos à vinícola Salton. Chegamos próximo das 15h, horário em que teria uma visita guiada. Nossa, essa vinícola é muito legal!!!! Muito mais legal que a Miolo. Gostamos de tudo.
Fachada da Vinícola Salton |
Dia 5 - Caminhos de Pedra
No dia seguinte, era jogo do Brasil. Como não queríamos perder o dia de passeio, fomos ao Caminhos de Pedra. É uma região da cidade, onde há construções do século XIX, feitas em pedra, no estilo italiano.
Há diversas atrações no roteiro. Logo na entrada, pegamos um mapa com todas as atrações, custos, etc.
Fonte: http://www.caminhosdepedra.org.br/ |
Nossa primeira parada foi na casa do tomate, onde paga-se 2 reais por pessoa, com direito a uma explicação da imigração italiana na região e uma degustação de patês e gasosa (refrigerante típico italiano) e claro, o Limonchello. Vale a pena a visita! Os produtos também estão a venda pelo: http://www.casadotomate.com.br
Depois seguimos só para conhecer uma das pousadas históricas, com casas mantidas ao original praticamente. Fomos à Pousada Barp, que é muito bacana. A casa realmente está mantida quase como o original, e foram agregados mimos da atualidade, rs, como banho quente! Se não for para se hospedar, vale a pena a visita ao menos. Depois de assistirmos à encenação na Epopeia Italiana, deu para se ter uma ideia da vida naquela região nos dias de outrora.
Forno Antigo Ainda em Uso e Lateral Original da Casa
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Seguindo um pouco a estrada, fomos para a Pousada Cantelli, onde tiramos uma foto do visual | |||
Saindo de lá fomos no Parque da Ovelha, que é uma fazenda de criação de ovelhas, onde paga-se 60 reais por pessoa e pode acompanhar diversas atividades da rotina da fazenda, como alimentar os animais, amamentar os filhotes, ver a ordenha do leite, a falcoaria e o pastoreio (que é um espetáculo à parte, graças ao border collie, que faz um trabalho incrível!). Enfim, acredito que seja mais indicado para quem vai com crianças, mas nós amamos! Passamos umas 4h lá... Hehehe
Primeira Parte da Visita é Uma Explicação dos Queijos de Ovelha - Com Degustação!!! |
Ovelhinas Adultas - Aqui é Possível Alimentá-las - Elas Agradecem rs |
Momento de Amamentação dos Filhotes - Você Pode Ajudar no Trabalho, Basta Entrar no Cercado e Dar uma Mamadeira para Cada Filhote - E Haja Filhotes rs |
Separação da Ovelhas antes da Ordenha - Fantástica a Organização
Momento Falcoaria - Nosso Simpático Amigo Aqui é um Gavião |
Uma Outra Ave Utilizada na Falcoaria - A Coruja Branca |
A isca fica elevada por meio de um drone, e o gavião fica louquinho esperando o comando para pegar
Nossa Amiguinha Pastoreira - Tinha. Ela realmente fica "feliz" em realizar seu trabalho. É impressionante como ela fica ansiosa quando há o comando de aguardar |
Nossa amiguinha Tinha em Ação
Saímos de lá morrendo de fome e paramos na Casa Vanni para almoçar. Comemos um risoto acompanhado de um vinho branco maravilhoso.
Casa Vanni - Até os Restaurantes são em Casas Antigas |
Decoração Externa do Restaurante - Ambiente Muito Agradável |
Por fim, paramos na Casa do Mate, onde se aprende todo o processo de produção da erva utilizada no chimarrão. O processo é bem artesanal e é fantástico ver as máquinas que operavam com roda d'água. Fantástico mesmo! Eles possuem várias versões de maquinário utilizado para moer a erva, todos ainda em pleno funcionamento.
Casa da Tecelagem - Apenas Passamos em Frente |
Maquinário que Ainda Funciona com Água |
Queda Utilizada para Gerar o Movimento de Alguns Maquinários |
Máquinários Funcionando - no vídeo acima é possível inclusive ver como é "ligado" o socador
Os produtos são meio caros, mas compramos para ajudar.
Depois nos dedicamos às fotos de mais casarões antigos. A primeira parada foi no Restaurante Nona Ludia, mas ele estava fechado. Porém deu pra conhecer a fachada por fora e uma famosa árvore de umbu que tem no terreno, que segundo dizem, uma família morou em suas raízes por 2 anos enquanto construíam a casa que hoje é o restaurante.
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Caminho das Pedras visitado. Voltamos então para a cidade, pegamos nossa mala na pousada pois passaríamos 2 dias na Casa Valduga! Chegamos na propriedade por volta de 19hs, e nesse horário somente hóspedes podem entrar. Fomos diretamente à recepção, passando por todo o pátio da propriedade, vendo, mesmo pela noite, a beleza das pousadas que existem no local e demais construções, tudo muito belo.
Chaves nas mãos, seguimos para a Pousada Gran! A edificação é bem bonita e o quarto é fantástico, cheio de produtos que remetem à indústria do vinho, mas também tinham uma cerveja feita pelo grupo.
Até o teto é entalhado como se fossem folhas das vinhas.
Quarto bem amplo, com sacada para com vista para a loja
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Banheiro bem arrumado e muto boa a ducha
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Frigobar com produtos exclusivos!!!
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Coleção de produtos de beleza a base de vinho!
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Um chá e uma bela sacada esperam o hóspede |
Dia 6 - Casa Valduga / Cave de Pedra / Millantino / Pizzato
Acordamos depois de dormir muito bem no quarto da pousada na Villa Valduga. Mas acordamos relativamente cedo já que hoje seria o curso de degustação mais profissional da viagem rs (Curso de Degustação: Segredos do Mundo do Vinho - R$ 100,00 por pessoa).
O café da manhã é servido abaixo da pousada Raízes, em um ambiente bem aconchegante com piano (só tocado nos finais de semana) e com espumante da casa, para os mais "festivos". Os produtos são em boa variedade e qualidade.
Logo após o café rumamos para a loja, onde se inicia o curso de degustação. A loja é lindíssima, diga-se de passagem.
Inicia-se uma apresentação breve e seguimos para um transporte, tipo um bonde, puxado por um trator. Bem legal não fosse o cano de exaustão do trator ser tão sufocante.
Transporte Para o Início do Passeio |
Chegamos então na parte da fábrica onde se inicia o processo de moagem das uvas e onde havia já alguns tonéis (já que não é época de moagem). Há uma boa explicação sobre o terroir (termo usado por enólogos para descrever um conjunto de fatores ambientais que o vinhedo está submetido, como solo, altitude, quantidade de sol e chuva médios, temperatura), sobre as variedades de uva e tonéis de carvalho, sobre os processos de fermentação.
Ponto das Caves onde ficam descansando vários tipos de vinhos, do espumante aos tintos |
Decoração nas Caves - Um Mosaico de Garrafas com Armaduras de Ornamento |
Passamos pelos tonéis de aço inoxidável, bem como as caves e também o processo de retirada da levedura das garrafas de espumante. Tudo muitíssimo interessante é bem explicado.
Local onde a levedura é retirada - os espumantes Nature não tem injeção adicional de liquores, logo são menos doce |
Em vários pontos há propagandas antigas da casa |
Terminado o passeio começa então o curso de degustação. Esse curso contém apostila, certificado e até uma taça de brinde ao final. São explicados vários pontos para caracterizar um vinho na sua degustação, além de melhor forma de servir, temperaturas para cada tipo de vinho, a durabilidade se armazenado corretamente, quais vinhos podem ser guardados. Ufa, enfim, um monte de informação que não tínhamos ideia antes daquele dia! Mesmo pessoas que não tinham muito hábito de beber vinho, somente vinhos doces talvez, sai de lá com um paladar apurado e conhecimentos para encontrar uma boa garrafa adequada ao seu paladar (talvez nem tanto ao seu bolso rs).
Kit de Taças no Curso de Degustação de Vinho |
Concluído o curso, passamos pela loja mas não tivemos interesse em comprar nenhum produto. Assim seguimos para almoçar. Olhando no nosso "Passaporte Valduga" que ganahmos no check in, decidimos almoçar na Casa Madeira.
Passaporte Casa Valduga - Há várias promoções nas empresas do grupo |
Após o almoço, como ainda tínhamos bastante tempo livre, decidimos visitar algumas vinícolas do Vale dos Vinhedos. Seguimos para a Lidio Carraro. Essa vinícola tem uma proposta purista, ou seja, não se utilizam de métodos "externos" para acertar características do vinho. Dessa forma não vão utilizar barricas de carvalho para amenizar algo, ou qualquer outro método. Usam somente as melhores uvas para sua produção. Todo trabalho é feito para se ter então essas melhores uvas.
O local é bem aconchegante, em uma casa da propriedade. Fizemos a mini-degustação com a própria dona, que cuida da loja enquanto que o marido e filhos, da produção.
Realmente os vinhos que experimentamos são fantásticos. Ela nos serviu, por exemplo, um tinto da safra de 2008 que era fantástico. Os preços são superiores às demais vinícolas, mas é pela produção não ser na mesma quantidade. De qualquer forma fizemos questão de levar ao menos uma garrafa, não a de 2008, que custava 300 reais. Vale a pena visitar e fazer a mini degustação, já que é bem diferente das demais vinícolas.
Pela noite ficamos na Casa Valduga e jantamos novamente no restaurante deles, já que além da comida ser deliciosa, o ambiente é muito aconchegante.
Que tristeza, acordar sabendo que teríamos que sair da Villa Valduga. Uma pena não termos reservado antes um dia a mais. Mas tudo bem, tomamos nosso café, como sempre delicioso, não criamos coragem novamente de experimentar o Mascatel rs, e arrumamos a mala para fazer o check out. Antes contudo, demos um breve passeio pela vila, admirando a beleza do local, nos indagando se as parreiras centenárias teriam mesmo mais de cem anos, rs, e seguimos para ao check out.
Saindo da Villa decidimos ir à Cave de Pedra. Fizemos o tour guiado com degustação, custava R$30,00 por pessoa, sendo R$5,00 conversíveis em compras (não cumulativos, ou seja, um cupom por produto) e o interessante dessa vinícola é que a degustação de cada produto é próximo a um ponto do processo de sua produção. Bem legal. Nosso guia era um sommelier e não enólogo, então aproveitamos para tirar dúvidas sobre alimentos que combinavam com os produtos e a Cris também tirou dúvidas sobre o paladar dela é vinhos que combinavam. Foi bem legal pra ela provar vinhos indicados ao gosto dela!
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Em todo ponto há muita decoração tipo medieval
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Toneis de vinhos, normalmente carvalho americano e francês de segundo uso. À direita uma listagem de aromas típicos notados para cada tipo de uva.
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Ao todo experimentamos um Cabernet Sauvignon, um espumante Brut e um tinto Merlot. Lá aprendemos que os vinhos Reserva e Gran Reserva em barricas de carvalho são sempre macios, e agradam o paladar de quem não gosta de vinhos jovens.
O passeio com degustação foi bem rápido, ainda mais que chovia e isso limitou um pouco os locais do passeio, mas foi interessante.
Saindo da Cave de Pedra fomos à Vinícola Pizzato para tentar fazer a degustação com harmonização de queijos. Foi providencial termos chegado lá cedo, pois descobrimos que tinha que agendar com um dia de antecedência! Mas como o movimento não estava tão grande, eles nos pediram para retornar às 15hs. Perfeito, estávamos bem ansiosos por essa degustação.
Fomos então à Vinícola Millantino, sugestão do Vanio da Pousada Florenzo. A proposta dessa vinícola é bem interessante (impressionante como cada uma delas tem um diferencial), que era só produzir vinhos em safras boas, ou seja, a produção não é anual, e a frequência fica à cargo da mãe natureza!
Pagamos R$30,00 por pessoa pela degustação e realmente o seu Vanio estava certo, os vinhos de lá são maravilhosos. Pudemos provar cinco rótulos fantásticos, alguns com 10 anos de guarda! Que diferença! Infelizmente os valores das garrafas são mais altos e acabamos não comprando. Quem sabe quando estivermos mais entendidos rs. Eles também vendem na loja virtual e o despacho é sempre aéreo, o máximo possível, pois acreditam que o transporte rodoviário longo com certeza irá mudar as propriedades do vinho. Legal hein? Ficamos imaginando o que os vinhos que compramos no supermercado não teria passado em sua viagem até a gôndola...
Saindo da Millantino fizemos um pequeno lanche no carro mesmo, já que nem fome sentíamos, aproveitamos o tempo que tínhamos para comprar uns queijos na Queijaria Valbrenta e seguimos para a Pizzato.
A harmonização de queijos custa R$75,00 por pessoa, e eles servem 6 queijos, 6 vinhos, pães e até 3 tipos de azeites (degustação de azeites rs)! Tudo produção regional, como queijo colonial, de cabra, de ovelha. Os pães também são típicos. Para harmonizar a nossa guia explica o queijo, o vinho e nos mostra o efeito de sua combinação. Muito bom. Depois de passarmos por todos os queijos, ela nos deixa à vontade para terminarmos as comidinhas servidas. Foi bem interessante a experiência. Coisas como um queijo fresco de cabra com um espumante gerando uma combinação surpreendente. Foi uma degustação bem informal e descontraída. Um ótimo momento passado lá.
Preparação para a Harmonização |
Qualidades de azeite que poderiam ser degustados |
Fizemos nossa comprinha, rs e seguimos então para o Hotel Vinocap, que escolhemos por ficar meio central, caso quiséssemos jantar na cidade.
O Hotel Vinicap precisa de comentário aqui. Escolhemos por parecer um hotel padrão e por seu ótimo preço. Chegando lá nos deparamos com um hotel que, mesmo de construção mais antiga, era muito bom. Mas muito bom mesmo. Teve um sem noção para fumar no quarto ao lado, mas logo a equipe do hotel já deu um jeito nisso. Vimos reclamações sobre ainda terem TVs de tubo. Confesso que isso é um fato, mas não entendo o porquê da reclamação. Funciona muito bem e é de visibilidade superior a muitos hotéis que adotam o monitor LCD de 29''.
Quarto bem espaçoso e bem mobiliado, ainda que com items mais antigos, não vimos problemas como mofo, desgastes acentuados do carpete ou nas paredes |
Banheiro bom e com boa pressão de água. Nota pelo bidê na foto acima, indicando a época da construção do hotel |
Água quente que saia rapidamente e em abundância. Calefação boa. Com o cansaço, optamos por pedir coisas do cardápio do Room Service. Salada, Canja e Sopa de Capelete. Tudo bem feito e, pra variar, em grande quantidade. Como tudo em Bento rs. Vale ressaltar que eles deixam taças e saca rolhas no quarto, caso alguém queira experimentar algum vinho comprado. Um bom final para nossa última noite em Bento Gonçalves.
Dia 7 - Museu do Imigrante / Salto Ventoso (Farroupilha)
No último dia experimentamos o ótimo café da manhã do Hotel Vinocap. Realmente esse hotel foi uma ótima experiência. Após o checkout, como já estávamos bem "cheios" de vinho, fomos conhecer o Museu do Imigrante.
Esse museu está em constante reformulação, então os itens expostos podem variar, ou como foi no nosso caso, uma ala ainda estava sem folhetos e adornos. Ele mostra muitas ferramentas, instrumentos musicais e vários itens dos mais de 130 anos da imigração italiana.
Instrumentos, Ferramentas e Maquinário Utilizados pelos Imigrantes |
Acordeões Todeschini que hoje é fábrica de móveis |
Instrumentos Musicais artesanalmente criados na época |
Saindo do museu iríamos para Garibaldi conhecer alguma fábrica de espumante (Chandon, Garibaldi), mas como espumantes não é o nosso forte, e como depois seguiríamos viagem a Porto Alegre, optamos mesmo por procurar "o que fazer em Garibaldi" no Google rs. Que boa consulta, descobrimos o Salto Ventoso, uma linda cachoeira!
Nos surpreendemos com o local. Ele fica na verdade em Farroupilha, onde se chega por uma estrada de terra bem conservada (6km mais ou menos). Pagamos 8 reais por pessoa para entrar. O local tem uma boa infraestrutura, com banheiros, áreas para churrasco e restaurante. Com trilhas bem curtas e bem sinalizadas você visita, dentro da propriedade, um mirante na cabeceira da cascata,de onde você tem uma boa ideia da queda de água.
Seguindo uma trilha calçada você chega numa clareira que, alguns metros acima, possui ruínas de um casarão que sabe-se lá porque foi demolido. Construído nos anos 60, era bem grande, mas hoje só restam uma parede do salão de festas e um banheiro... Vai entender.
Casa que foi abandonada e acima a placa de identificação (editada para cobrir rabiscos) |
Voltando e pegando uma trilha inferior você chega a uma passarela atras da cascata. Vários filmes e minisséries foram filmadas ali, já que o cenário é magnífico e majestoso, já que além de um maravilhoso visual, há fácil acesso a todos os lugares.
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Vídeo da cachoeira mostrando a força das águas
Imagens da cachoeira a partir do mirante na estrada |
Horinha feita, seguimos rumo ao aeroporto e para terminar com chave de ouro, nosso amigo de sempre da Ponto a Ponto, o senhor Lozir foi quem estava lá nos esperando. Mesma simpatia desde nossa primeira viagem à Gramado, lá em 2012.
Para o embarque foi um rolo só dá Gol, atraso, cabine quente a beça, confusão no embarque, mas nada disso importa, pois como disse acima, já estava fechado com CHAVE DE OURO!!!