Um amor de viagem
sexta-feira, 30 de junho de 2023
Tocantins - Parte 2: Serras Gerais e Palmas
quarta-feira, 21 de junho de 2023
Tocantins - Parte 1: Jalapão
domingo, 27 de novembro de 2022
Paraíba - Joao Pessoa - Ingá - Cabaceiras - Coqueirinhos
Planejamento e Viagem
- Planejamento
A Paraíba era o único estado do Nordeste que nós ainda não tínhamos visitado. Muito por causa dos preços de passagens aéreas.
Até que em maio/2022 apareceu uma promoção na 123 milhas promo, com passagens a preços extremamente atraentes.
Demos uma pesquisada sobre a 123 milhas, e tudo parecia indicar que valia a pena. Bastava ter uma flexibilidade de 1 dia antes ou depois tanto da ida quanto da volta, e tudo certo. Compramos as passagens (na verdade é um "direito de passagens" já que você não recebe os bilhetes na compra, somente em até 10 dias da data da viagem).
Nossa viagem era para Novembro/2022, e conforme os meses iam passando a gente foi ficando cada vez mais apreensivo, já que a 123 milhas aparecia em reportagens por falhas na emissão de passagens.
Assim que o décimo dia que antecedia nossa viagem passou, começamos a contatar a empresa, via email e whatsapp. O contato por email resultou em nada, apenas um retorno creio que automático.
Pelo whatsapp somente informaram que pediram prioridade para nosso caso, mas não deram prazo.
Decidimos reclamar no ReclameAqui. Havia mais de 10 reclamações POR HORA com o mesmo problema que o nosso. Pessoas com viagem em dois dias ainda não tinham recebido os bilhetes. Fizemos nossa reclamação tanto no ReclameAqui quanto no Consumidor.Gov.
E foi graças a esse último que, em 1 horas, recebemos nossos bilhetes. E mensagens de resposta da 123 milhas dizendo que a demanda estava grande e eles estavam atendendo em 3 a 4 dias antes da viagem somente. Ou seja, nunca tiveram a real intenção de cumprir o limite de 10 dias. Por fim: 123 é MUITO ARRISCADO!
Bom, bilhetes emitidos fomos atrás de hotéis. Nosso planejamento era de passar alguns dias no interior da Paraíba e a maioria no litoral. Depois fechamos o aluguel de carro, onde optamos pela Localiza, mais para tentar evitar aborrecentos do que pelo preço. No aeroporto de João Pessoa há poucas opções, de qualquer forma.
Para a viagem tivemos que correr atrás de outra mala de levar a bordo, não pelo preço do despacho de bagagem, mas porque o bilhete emitido tinha uma escala em Salvador de somente 30 minutos na ida e uma escala na volta em Brasília, com 45 minutos somente de espera. Parece muito, mas não é!
- Viagem
Outra coisa do bilhete emitido é que o voo de ida saia ao meio-dia, ou seja, matando o primeiro dia de passeio. Mas o bom é que não tivemos correria de madrugada pra viajar :-)
Como de se esperar, segundo a lei de Murphy, o voo de São Paulo x Salvador, apesar de ter todos passageiros embarcados no tempo certinho, atrasou quase 40 minutos para decolar. A vantagem éque havia, segundo o comissário, 55 pessoas que também iriam pegar a conexão com João Pessoa, assim o voo de João Pessoa teve que ficar nos esperando chegar. É muita loucura isso...
Chegando!!! |
Chegamos no aeroporto de João Pessoa por volta de 16:30 e fomos procurar algo para comer. É um aeroporto pequeno, e estava em reforma, mas no 2o piso tinha um Bobs, que nos ajudou muito.
Fomos então na fila da Localiza (essa bem lenta, então recomendo o app Localiza com assinatura digital cadastrada e locação no modo Fast, que basicamente te permite não fazer o procedimento do balcão). Depois de assinado o contrato pegamos a van da Localiza que nós leva ao pátio, onde os carros ficam. Interessante que não fazem a vistoria com o cliente. Segundo o funcionário, é feita uma vistoria antecipada e tiram fotos que ficam salvas em um aplicativo dos funcionários. Você, cliente, não tem acesso a essas fotos ou vistoria. Não entendemos muito bem o sistema, fizemos nossa filmagem do carro para uma eventual "contraprova", e seguimos viagem no nosso Mobi.
Nosso primeiro destino era Campina Grande. Todo trajeto de João Pessoa até Campina Grande é bem tranquilo, com pista duplicada. Chegamos por volta de 20hs no Garden Hotel que escolhemos por ficar bem na pista, mas além de caro não parecia ser condizente com o preço, sendo um pouco acabadinho, e com um chuveiro não muito agradável (água quente era levemente morna rs). O estacionamento do hotel é aberto, podendo parar na ruazinha em frente à entrada ou em um pátio aberto um pouco mais longe da entrada.
Outra coisa engraçada do hotel é que ele é um labirinto! Não notamos que a recepção ficava no andar 2 do elevador, e quando fomos descer do quarto (andar 3), fomos até o andar 1, onde ficam todas as instalações, como piscina coberta, academia, sauna, auditório... Um labirinto!!! Rs. Mas encontramos um funcionário que nos mostrou o caminho de volta ao elevador e nos mostrou também que a recepção era no andar 2 rs.
Imagens do Quarto e Banheiro - Bem Espaçosos |
Banho tomado, descemos no restaurante para jantar. O restaurante era até bonitinho, mas quando fizemos o pedido, já ficamos com um pé atrás, já que o garçom não anotava o pedido. Ia de cabeça. Não sabemos se foi ele ou a cozinha, mas um dos pratos veio errado. Como tinha demorado meia hora pra chegar, e como já era tarde, comemos assim mesmo.
E lá se foi a primeira parte do passeio! Ah, e descobrimos que na Paraíba o sol se põe cedo, por volta das 5 e pouco. Nossa ideia inicial era chegar em Campina Grande e ainda dar uma volta (caso os voos não atrasassem, claro), mas lá pelas 17:45 já era noite!! Devíamos ter prestado mais atenção nas aulas de Geografia 🤣🤣🤣
Dia 1: Ingá e Lajedo Manoel de Souza
Acordamos bem cedinho, já que o café era servido a partir das 6am, e porque o planejamento era ir até Ingá, na famosa pedra Itacoatiara (ou pedra do Ingá), cuja entrada em finais de semana e feriados era de 9am até 13hs.
O café do Garden Hotel é bem farto. Tem muita opção de frutas, frios, pães e bolos. Tinha até mocotó e carne de bode!
Nós comemos bem, até porque não sabíamos se teria almoço nesse dia. Fizemos o check out e seguimos rumo a Ingá.
Homenagem a Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga - Farra da Bodega |
A viagem também foi muito tranquila, pela mesma BR230 que viemos desde João Pessoa, e depois só um trechinho de outra rodovia de pista simples até Ingá.
Chegando ao local, bem simples, é possível parar ao lado da entrada. Não se paga nada para ver a pedra, mas paga-se 5 reais, por pessoa, pelo guia que fica no museu e mais 5 reais, também por pessoa, para ele descer com você até a pedra.
Detalhe da Unica Sombra - Clima Quente e Seco |
Exemplo dos Fósseis Encontrados na Região - Alguns Originais outros Réplicas |
Nós curtimos primeiro o museu (que tinha ar condicionado 😁), onde ficam expostos vários ossos dos animais gigantes que ali habitaram, na maioria eram ossos da preguiça gigante. Na Muito interessante mesmo, principalmente se pensar que são coisas achadas na região! Ah e vale a pena ter o guia para explicar e depois pedir para ele descer na pedra. Nosso guia foi o Marquinhos, que nos acompanhou até a pedra e nos mostrou vários detalhes. Ele mostrou por exemplo um sol na parte de cima e aparentemente coisas da terra mais abaixo. Coisas que não perceberíamos sozinhos. Depois de explicar ele volta ao museu e nos deixa livres para explorarmos.
Portal de Ingá |
Realmente a pedra é magnífica. Segundo relatam, são marcas de 6 mil anos atrás, que nos permite ficar imaginando esse povo vivendo na região.
Fantástica a Pedra de Ingá |
Em volta da pedra tem um rio muito bonito, que cavou as pedras nos arredores deixando tudo com um formato igual ao da Pedra da Lua, na Chapada dos Veadeiros. Era muito legal mesmo. Ou seja, lá se curte a pedra e os arredores!
Ficamos mais um bom tempo lá, admirando tudo e depois pedimos informações sobre o próximo destino, o Mosteiro Mãe da Ternura, em Itatuba. O pessoal nos disse que sempre tinha alguém para abrir para os visitantes. Então seguimos viagem.
Muito Parecido com o Vale da Lua |
Ainda bem que o local é muito perto da Pedra do Ingá, pois o Mosteiro estava todo fechado e não havia ninguém para abrir. Tinha um casal do lado de fora tirando umas fotos, e perguntamos para eles se o Mosteiro estava fechado para visitação. Eles disseram que só se conhecendo o padre para visitar ou que, as vezes, tinha o jardineiro que poderia ajudar. O que não foi o nosso caso.
De qualquer forma não estávamos botando muita fé nesse Mosteiro (irônico né), já que, apesar de termos visto fotos lindas, todas eram antigas. No próprio site da prefeitura de Itatuba ou seu Instagram, não há sequer menção do local. Quando entramos em contato com a prefeitura, eles nos deram o contato de um guia, mas que nunca chegou a responder nossas mensagens. Enfim, não é um turismo fácil em Itatuba.
Aproveitamos o tempo ganho e seguimos ao Hotel Fazenda Pai Mateus, em Cabaceiras, onde havíamos planejado ir em um lagedo ainda nesse dia.
Chegamos no hotel por volta de 14hs, e já fomos fazer o check in. Uma senhora nos atendeu e perguntamos de fazer o passeio do Lagedo Manoel de Souza. Achamos interessante que ela só dizia que tinha que fazer o passeio do Lajedo Pai Mateus. Nós explicamos que o faríamos no dia seguinte, mas ainda assim parecia impossível fazer qualquer passeio pela tarde que não fosse o Pai Mateus. Isso porque eles mandaram a mensagem abaixo quando estávamos planejando a viagem:
"Os locais visitados são sítios geológicos e arqueológicos que pertencem as fazendas que localizam-se no entorno do Hotel Fazenda Pai Mateus, e pode escolher quais os que quer visitar.
Os mais visitados são:
1) Lajedo de Pai Mateus (sítio geológico/arqueológico): a 4,0 km do hotel
2) Mirante da Serra: a 1,5 km do hotel
3) Lajedo de Manoel de Sousa (sítio geológico/arqueológico): a 2,0 km do hotel
4) Lagoa de Bento (sítio geológico e cenário do filme Por Trás do Céu): a 2,5 km do hotel
5) Lajedo de Manoel de Jorge (sítio geológico) : a 4,5 km do hotel
6) Pedra do Cálice (sítio geológico): a 3,0 km do hotel
7) Muralha do Meio do Mundo (sítio geológico): a 5,0 km do hotel
8) Pedra do Gavião / Serra da Aldeia (sítio geológico) ; a 5,0 km do hotel
Todos tem como característica principal as formações geológicas e beleza cênica única
As visitações podem ser feitas diariamente com saídas as 09:00, 10:00, 11:00, 15:00, 16:00 h
O acompanhamento do guia nativo é obrigatório em todos os passeios
Cada visitação dura em média 2 horas
Para a segurança dos nossos visitantes não são feitas visitações com saídas após 11:00 e antes das 15:00 h devido ao nosso clima semi árido apresentar baixa umidade relativa do ar e alto índice de insolação tornando-o bastante seco e desconfortável além da alta temperatura nesse horário. Por isso, sugerimos vestir roupas leves e tênis e trazer consigo óculos de sol, chapéu ou boné, protetor solar e medicamentos de uso pessoal
Para fazer as visitações é cobrada a Taxa de Visitação nos seguintes valores:
1) A partir de 04 pessoas = R$ 40,00 por pessoa para cada local visitado
2) Para 03 pessoas = R$ 50,00 por pessoa para cada local visitado
3) Para 02 pessoas = R$ 60,00 por pessoa para cada local visitado
4) Para 01 pessoa = R$ 150,00 para cada local visitado
Criança de 06 anos não paga e criança de 06 a 12 anos tem desconto de 50% na Taxa de Visitação
O deslocamento para as visitações é feito nos veículos dos visitantes pois não dispomos de serviços de traslado
NÃO ACEITAMOS ANIMAIS"
Por fim, ela falou para ver com os guias que chegavam às 15hs. O que fizemos de mais importante foi pedir o almoço, já que demorava pelo menos 40 minutos para ficar pronto. Pedimos o cabrito na brasa, para experimentar um prato local, e fomos guardar as coisas no quarto.
O quarto de lá é bem simples, mas bem tranquilo. O chuveiro, apesar de elétrico, é regulador na temperatura "quebrar o gelo" 😂. E apesar de ter tela nas janelas, o que nos permitiu dormir foi levar repelentes de tomada, já que há muitos pernilongos por lá!
A Pousada parece uma vilazinha |
Detalhes do Quarto - Simples e Espaçoso |
Voltamos para a área das mesas e logo nos trouxeram nosso prato. Era arroz, purê de batatas e o cabrito.
Talvez seja nosso pouco conhecimento da região, e por termos só experimentado cabrito que nós mesmos preparamos, comprado de fonte confiável, mas a carne que nos trouxeram não era condizente com a faca de mesa que ofereceram. Era impossível cortar a carne de tão dura. Mesmo o mastigar era difícil. Deveriam ter avisado da dureza da carne! Não era ruim o sabor, nada desse tipo, só levou um tempão para comermos.
Depois do almoço encontramos o guia Gerson (+55 83 8774-6610 - conseguimos falar sem o 9 adicional, mas talvez precise agora), com quem havíamos trocado mensagens na fase do planejamento da viagem, e pedimos ajuda para ir ao Lagedo Manoel de Souza. Aí sim, com a explicação dele, entendemos como funcionam os passeios:
Existe um número de guias que trabalham na pousada, e eles trabalham em escalas. Não ficou claro o número, mas todos os dias chegam guias às 9am para fazer passeios das 9am e das 10am. Depois chegam as 15hs para os passeios das 15hs e 16hs. Qualquer pessoa pode fazer passeio, hóspedes ou não hóspedes.
Os guias ficam lá a disposição. Então você ou um grupo pode chegar neles e pedir para visitar o lajedo x, y ou z. No período da tarde a maior procura é o Pai Mateus, então se você quiser ver outra atração, pode não haver guia disponível, já que todos podem ter fechado com outras pessoas para ir ao Pai Mateus.
O engraçado é que não ficou claro se era por ordem de chegada, tipo quem chega primeiro e fecha com o guia, tem o passeio garantido. Quando contatamos o hotel na fase de planejamento, eles falaram que não precisava reservar. Mas no nosso caso demos sorte de ter pouca gente e o Gerson conseguiu nos arrumar um guia para o Manoel de Souza. Quem nos guiou foi o Rildo, que nem estava na escala, segundo o próprio Gerson.
Nós preparamos nossa mochila com bastante água, pagamos o guia (se paga diretamente a ele antes do passeio) e seguimos para a atração.
O guia vai em uma moto na frente e você segue no seu carro. O hotel não disponibiliza transporte!
A estrada estava muito boa, e rapidinho chegamos na base do Lajedo. Logo no começo da subida começou a aula de botânica. O Rildo ia explicando cada planta, e dizendo cada propriedade medicinal também.
Era tanta coisa que nem conseguimos gravar direito. E tinham várias flores ainda para enfeitar o local.
Linda Paisagem do Lajedo |
Quanto ao local, que bacana. O lajedo é bem grande, com várias rochas e com um visual magnífico. Como tudo em volta éplano, se tem uma visão magnífica. Algumas dessas rochas, enormes, estavam apoiadas em minúsculos apoios! Muito legal mesmo.
Detalhes da Vegetação e das Formações |
Tinha algumas delas cavadas pelo tempo, que pareciam mais abrigos. E para nossa surpresa, o Rildo mostrou várias pinturas rupestres, de pelo menos 2 mil anos! Que legal mesmo esse passeio. Uma viagem histórica!!!
No caminho de volta seguimos uma fenda profundíssima, com morcegos abrigados.
Detalhe da Formação da Rocha - Um Belo Abrigo! |
Fendas que se formam pela erosão (mais acima) e detalhe da marca deixada pela água (acima) |
E assim terminou esse passeio. Bem tranquilo, não se desgasta nada. É bom levar água, mas 1 garrafinha foi o suficiente. O horário é muito agradável pois o tempo seco esfria rapidinho depois que o sol se põe.
Voltamos ao hotel e agradecemos muito ao Rildo pelo passeio. Antes de tomarmos banho já agendamos o jantar, dessa vez um peito de frango que não tem erro!
Jantamos bem dessa vez. Interessante que no jantar pedem para preencher um formulário com o pedido do café da manhã! Ainda curtimos um pouquinho da noite no sertão e fomos dormir. O dia seguinte era cheio novamente!
Dia 2 - Sacas de Lã, Cabaceiras e Pai Mateus
Na manhã seguinte acordamos bem cedo. Tínhamos marcado a Sacas de Lã às 8am.
Fomos tomar o café e logo o Rildo veio trazer nosso pedido. Nós pedimos bastante fruta, ovos, tapioca, enfim, um café pra quem não sabe que horas vai almoçar 😂.
Alimentados, pegamos nossas coisas e fomos até o ponto de encontro que marcamos com o Amilton. É bem onde o Maps marca a entrada do Sacas de Lã.
Nós fizemos contato com o Amilton na fase de planejamento e ele respondia somente pela noite. Chegando ao ponto de encontro entendemos o porque. Ele está construindo um restaurante enorme para servir de apoio a visitação da Sacas de Lã. Então está tudo bem corrido para ele.
O passeio começa como o Lajedo Manoel de Souza, ou seja, seguindo o Amilton, que ia de moto. Paramos em um descampadinho, ao lado do começo da trilha. E ao começá-la, mais uma aula de botânica. Dessa vez com inúmeros detalhes e fins medicinais. Nossa preferida foi o Alecrim do Sertão, que mastigamos e achamos ótimo para a garganta rs.
No trajeto ainda pudemos experimentar o xique xique, que parecia um chuchu já molinho, que nem precisa cozinhar.
Música dos espinhos do xique xique
O Amilton ia contando também dos planos que ele tem para sua propriedade, além de produtos que tem a ideia de comercializar, como um doce de xique xique. Também falou de um "elixir" feito com cascas de várias árvores e outras plantas, da qual ele garante que cura várias mazelas. Conta que já ajudou até na cura de um boi que havia quebrado a perna!! Uma pena não ter tal elixir "ainda" à venda.
Chegamos em um leito de río seco, que o Amilton disse que em época de chuva, cobre quase todo vale abaixo. Ele mostrou os troncos trazidos pela correnteza e é realmente impressionante. O local em si já era muito lindo.
Essa parte seca fica coberta na época de chuvas |
Formação do Sacas de Lã |
Logo depois chegamos na Saca de Lã. Que obra magnífica da natureza. Realmente parecia cenográfico. Aliás, o Amilton está muito entusiasmado com a produção da Amazon que tinha tido filmagens no local. Sairá em 2023, ele dizia, e nos foi mostrando onde foram gravadas certas cenas, contendo o entusiasmo para não deixar escapar o enredo!
Mas o Sacas de Lã, que tem esse nome porque os blocos de pedra se assemelham a antigas sacas de lã, é magnífico. É impressionante como a erosão conseguiu cavar tamanha perfeição. Os arredores também era magnífico. O Amilton nos mostrou o leito do rio e até qual altura ele já viu a água chegar.
Depois seguimos para subir o monumento. Tem um caminho por trás onde chegamos até o bloco mais alto.
No meio do caminho o Amilton mostrou o antigo acesso, por meio de uma fissura. Nós olhamos a primeira subidinha e é possível ver uma grutinha que foi escavada ao longo de anos de ação do tempo. Um belo abrigo!
Antigos Acessos |
Mas o caminho agora para o topo é por meio de duas escadas, que até quem tem algum receio consegue subir.
E lá de cima, novamente: que visual. É bem legal mesmo ter essa visão 360 graus de tudo. E o vento era maravilhoso contra o calor. O Amilton ainda faz algumas fotos bem bacanas para nós. Deu pra ver que ele se especializou na arte da fotografia de postagem 😆
Visual de Cima das Sacas de Lã |
Saímos de lá e seguimos na segunda parte da visitação, uma parte que ele chama de Portal da Luz. Trate-se de varia rochas enormes, já partidas pelo tempo, que apoiaram-se umas sobre as outras, formando pequenas grutas e fissuras.
Em um determinado momento tem uma grutazinha onde só um raio de luz consegue chegar. Segundo o Amilton ele gosta de fazer passeios saindo às 9am pois ali o raio de sol seria mais forte, e daria para fazer melhores efeitos especiais rs. Mas deu para ver uma palhinha disso. O raio batia no chapéu do Amilton e refletia na parede de pedra formando um clarão colorido. Quando batia na camisa e refletia a cor mudava. Outra pose era esticando as mãos até o raio e iluminando o rosto com o reflexo. Muito legal isso tudo. Quando fomos fazer nossas fotos um nuvem deu uma atrapalhada, mas logo depois tudo certo.
Em outra gruta ele faz uma foto que fica só seu semblante com um fundo lindo por trás. Realmente ele manda muito bem nas fotos rs.
O cenário também é fantástico. O Amilton contou e mostrou pedras com sinais de polimento. Segundo um arqueólogo que o apoia, isso é um indicativo grande da presença de índios Cariris, que usavam as rochas para afiar seus instrumentos, bem como para marcar sua presença. Há grandes possibilidades de haver inclusive sepultamentos na área. É muito legal tudo isso.
Com isso terminamos o passeio. Na volta paramos para conhecer as futuras instalações do restaurante do Amilton, que já estava quase pronto. E conhecemos também os apartamentos que ele já disponibiliza para locação, com valores bem abaixo do Pai Mateus e café da manhã incluso. Na saída o Amilton ainda deu uma dica de local para almoçar em Cabaceiras. O restaurante Aconchego!
Instalações do Restaurante |
Quartos disponíveis para locação |
Vista a partir do quarto |
Nos despedimos e seguimos rumos a Cabaceiras.
A estrada viscinal desemboca em uma maior, a PB160, que está sendo preparada para receber asfalto. É uma obra enorme, que deve facilitar o acesso à região, mas que por ora, só serviu para nós confundir com os desvios por estradinhas paralelas. Foi difícil mas chegamos em Cabaceiras rs.
E lá chegando a primeira coisa que se vê é o famoso letreiro "Roliúde Nordestina", confirmando a vocação da cidade em estrelar filmes.
Famoso letreiro da cidade |
Chegando ao centrinho tudo é muito bonito. Várias casas com pinturas coloridas, fruto de filmagens que lá ocorreram. Nossa primeira parada foi no Museu Cinematográfico.
A casa que abriga o museu é bem bacana. O espaço conta com cartazes de cada uma das mais de 40 produções que lá ocorreram, sendo a mais famosa "O Auto da Compadecida", que foi quem realmente colocou a cidade no mapa. Depois dela é que surgem as produções.
Nós ficamos admirando tudo por lá, com as explicações do guia local, e depois seguimos rumo à famosa igreja do Auto da Compadecida. É realmente bem legal estarmos no lugar onde foi filmado uma produção tão amada. A igreja é bem bonitinha, por dentro e por fora.
Visual do Museu do Cinema |
Logo depois, a pé mesmo, fomos andando pelas ruas e pracinhas, apreciando cada visual. Uma lindíssima cidadezinha de interior. Não sabemos se era o fato de ser 2a feira, ou se porque era meio dia, mas havia muito pouca gente na rua. O garçom do Hotel Pai Mateus tinha nos avisado, no dia anterior, que a cidade para no almoço e as pessoas depois ainda tiram um cochilo. E realmente era isso que parecia. Alguns comércios fechando as portas e pouca gente nas ruas.
Igreja do final do Auto da Compadecida |
Nós seguimos adiante, vendo varios muros com pinturas de cenas do Auto da Compadecida, e visuais bem legais.
Visual lindo da cidade! |
Estávamos já na rua principal, onde o Amilton falou que estaria o restaurante Aconchego. Pedimos uma informação sobre onde ele ficaria, mas talvez nem precisasse, já que alguns metros adiante víamos uma grande movimentação que destoava com a pacificidade até então. O restaurante era bem animado. Tinha música, churrasqueira na entrada, bastante gente e animação. Ele é simples, mas comemos muito bem, até arriscamos um carneiro na brasa que estava bem macio!!!
Comermos muito bem e ainda pedimos uma Coca-Cola de 1 litro, e tudo ficou R$44,00. Olha que legal!!!
Depois do almoço já tinha dado 13hs, que era a hora que o Museu Histórico reabria (fecha entre 12hs e 13hs, e o interessante é que o Cinematográfico fecha entre 13hs e 14hs).
Novamente, uma edificação bacana, e o acervo era composto de alguns fósseis, objetos dos nativos antigos, e muitas fotos, principalmente da festa Bode Rei, que acontece cada primeiro final de semana de Junho. Parece ser um sucesso! Com o museu deu para se ter uma ideia de como surgiu Cabaceiras e seu desenvolvimento até então. Ah, ambos os museus são gratuitos, mas é incentivado deixar uma caixinha aos guias (dinheiro ou pix).
Alguns exemplos do acervo do museu |
Terminado nosso passeio, paramos no supermercado para reabastecer de água e alguns petiscos emergenciais e seguimos de volta ao Hotel Pai Mateus.
Chegamos pouco antes das 15hs, e perguntamos se poderíamos fazer checkout perto das 16hs, já que iríamos fazer o passeio ao Lajedo do Pai Mateus. Como não haveria hóspede chegando, deixaram sem problemas.
Aproveitamos esse tempo então para, além de arrumar nossas coisas, dar uma curtida final no ambiente...
Próximo das 16hs descemos, acertamos as contas, guardamos as malas e tivemos a agradável surpresa de que o guia seria o Gerson! Ele não estava na escala, mas estava substituindo outra pessoa.
E interessante notar que, como era 2a feira, só havia ele de guia. Se alguém quisesse algo diferente (como nós no dia anterior) seria difícil conseguir.
O passeio começa como qualquer outro. O Gerson de moto à frente e nos de carro seguindo. Dessa vez era um comboio de 3 carros.
Depois de algum tempo chegamos em um local onde se deixam os carros, próximo a uma casinha de pau a pique.
Ponto de início da trilha - casa cinematográfica |
E é justamente em frente a essa casinha, que segundo o Gerson é cinematográfica, que o passeio começa. Primeiro ele passa várias informações iniciais, de como funciona o passeio, do que esperar, das plantas medicinais (de novo rs), e já mostra ser um guia muito especial, pois no grupo tinha uma criança pequena, fazendo suas criancices, e o Gerson para as explicações para dizer: pessoal, eu nunca vou censurar uma criança, vou deixar ela ser criança. Caso alguém se incomode peço que afaste um pouco...
Legal né?
Represa on inicia a trilha |
Bom, o passeio então começa passando por uma represa, construída nos anos 80, antes de qualquer ideia de preservação e visitas ecológicas. Ela ainda tinha um pouco de água e até peixes!
Seguimos adiante, por baixo dela, onde o Gerson foi comentando das plantas e novamente (o Amilton já tinha feito isso) vimos o barulho das águas feitas ao passar as mãos, suavemente, pelos espinhos do Facheiro (tipo de cactus). A diferença é que o Gerson encoraja as pessoas a repetir o feito. E não é que conseguimos, sem se machucar? rs.
Exemplos da flora da região |
E ao longo da trilha o Gerson vai despejando várias pérolas, como ao parafrasear (não me recordo quem): português correto é o que todos entendem! Em outro momento ele mostra um ponto da rocha que a erosão havia transformado rocha em areia, e disse que o sertão e o mar estão muito interligados. A chuva irá levar essa areia até os mares. E assim tem sido há milhões de anos, então o quanto das praias que pisamos não vieram, um dia, de rochas do sertão como aquelas?
Formações no caminho e marca de chuva na pedra |
O passeio continua, com mais explicações, até que pouco tempo depois se chega no Lajedo. É um chão rochoso enorme, com uma inclinação inicial, por onde subimos tirando fotos. Várias rochas grandes soltas moldavam a paisagem. Tinha até marcado de carro que, segundo o Gerson, foram do comercial de uma pickup filmada ali. E como ainda não tinha chovido, as marcas ainda eram bem visíveis.
E o passeio continua, subindo, até que se chega ao topo. Enorme e plano. Fantástico. Novamente uma visão 360 graus das redondezas. E o primeiro ponto de visitação é a pedra do Pai Mateus. Uma enorme rocha escavada pelo tempo que teria abrigado esse curandeiro no século XIX. A parte inferior do abrigo é tampada com pequenas pedras que, segundo o Gerson, teriam sido colocadas pelos Cariris, ainda antes do Pai Mateus.
Do próprio Pai Mateus existe uma "cama" de pedra e uma mesa, também de pedra. O lugar é realmente inspirador!
Casa do Pai Mateus |
Depois de um tempo contemplando e ouvindo mais informações, seguimos até uma outra rocha, cavada como um capacete. Muito legal mesmo a formação, e mais um ponto de admirar toda paisagem. Por fim nos sentamos e apreciamos o pôr do sol. Magnífico!!!! E mais uma pérola do Gerson, refletindo que não existem dois pôr do sol iguais, cada um sendo sempre diferente um do outro.
É muito legal ver que mesmo depois de muitos anos guiando o Gerson continua com uma grande inspiração!
Outras formaçoes do local |
Pôr do sol no Pai Mateus |
Depois dessa maravilhosa experiência, ainda tivemos um pouco de bate papo, onde uma das pessoas da nossa turma, que era marujo de plataforma de petróleo, contou como era a rotina a bordo. Bem interessante mesmo, e tenso! Descobrimos que a grande maioria das plataformas ficam estabilizadas por hélices que mantém a posição. Muito interessante!
Depois da conversa começamos a descer e uma nova atração: uma pedra que ao ser atingida com outra pedra, em um ponto específico, fazia o som exato de um sino. Muito fabuloso! Era impresionante a semelhança! O engraçado é que de tanto os guias fazerem essa demonstração, a parte da pedra do sino que era atingida já se encontrava desgastada, um pouco afundada. O Gerson brincou imaginando que explicação os historiadores iriam inventar daqui 1000 anos para essa "escrita na rocha" feito pelos antigos habitantes do local 🤣.
Como já havia escurecido, ainda teve apresentação de estrelas e planetas pelo Gerson, que se mostrou um especialista nisso também.
E foi assim que acabou o passeio. Fantástico! Amamos o lugar e a experiência toda. Voltamos felizes em seguindo o comboio (que agora ia bem rápido rs), até o hotel, onde aproveitamos o banheiro pois a viagem era longa. Um dos carros do nosso grupo era um guia de João Pessoa que fazia várias passeios e que gentilmente se ofereceu para que o seguíssemos, já que estávamos um pouco receiosos da estrada até a BR.
Ele falou que preferia ir por Cabaceiras, já que já teve problemas com pneus no caminho do hotel direto à BR. Assim fizemos. Um pouco de ziguezague na estrada até Cabaceiras, que estava em obras, e depois asfalto e pista simples até a BR. Agradecemos e falamos que daqui em diante a gente ia bem.
Paradinha na famosa tapioca Irmao Firmino |
A viagem foi bem tranquila, com uma parada em Campina Grande para abastecer, outra no famoso restaurante Irmão Firmino (entre Campina Grande e João Pessoa) para comprar umas tapiocas para viagem, e em menos de 2 horas estávamos chegando no Atlântico Praia Hotel, um hotel de frente para o mar, na praia de Tambaú.
Chegando lá foi meio complexo. Tivemos que deixar o carro na calçada para fazer check in e já não gostamos do que fizeram conosco. Nós havíamos reservado 2 diarias pelo booking, a R$ 450,00 a diária, mais ou menos. Depois quando mudamos nosso planejamento, iríamos precisar de mais um dia. Pelo booking não estava aceitando a mudança, mas seria possível fazer uma nova reserva para o dia adicional, pelo mesmo valor de diária. Com medo que tivéssemos que trocar de quarto, ligamos no hotel, explicamos tudo, e falaram que não tinha problema, e incluíram o dia adicional.
Detalhes do quarto do hotel |
Pouco tempo depois tinha chegado uma cobrança no cartão do Hotel, maior que o valor da diária, mas achamos que era uma pré cobrança de 50% do total. Ao fazer o check in o recepcionista informou que nos já tínhamos pagado 600 reais e faltava um saldo de 900!!! Ou seja, a diária adicional saiu essa fortuna. Um absurdo sem tamanho. E pra piorar o hotel não é nem um pouquinho condizente com o preço abusivo. O estacionamento é pago a parte (R$10,00 o dia), é minúsculo e você quem estaciona e tira o carro! O corredor e o quarto tem forte cheiro de mofo. O que gostamos era que o quarto era espaçoso e de frente ao mar, e ao abrir as janelas ficava bem ventilado.
O que nos restou foi comer nossa tapioca (uma delícia) e descansar, pois o dia tinha sido puxado e agora dependeríamos da maré para ver as piscinas naturais, e no dia seguinte a maré baixa era perto de 8hs da manhã!
Na hora de dormir ainda veio uma lembrança do Amilton. Nós criados mudo do nosso novo hotel só tinha uma tomada de cada lado e um abajur conectado. O Amilton ao mostrar os apartamentos dele, falou que já ia colocar tomadas duplas para poder ligar abajures e carregadores de celular!
Dia 3 - João Pessoa - Picãozinho
Na manhã seguinte o Fê já acordou cedinho e desesperado que só, achou uma agência de turismo pelo Google (https://turismojoaopessoapb.com/) e pelo WhatsApp deles já foi ver sobre o passeio de Picãozinho. Ele sairia às 8:30am e estava 70 reais por pessoa. Fechou com eles pagando via pix. Tudo isso antes do café e não eram nem 7 horas da manhã!
Descemos então para tomar café, as 7hs mais ou menos e mais uma surpresa desagradável do hotel. Eles estavam cheios e não tinha mesa para tomar café. Não tinha ninguém organizando uma fila, somente conferindo os nomes com uma lista impressa (pra evitar intrusos tomando café de graça?). Havia 2 ambientes de mesas, dentro do restaurante (com ar condicionado) e fora (com calor incondicional). Demos sorte que vagou uma mesa dentro e estávamos do lado dela. Aí sim fomos comer.
O café ao menos era bem completo, com alguns queijos, presunto, ovos, frango desfiado, cuscuz, frutas, cereais matinais, iogurtes e sucos, além de alguns bolos.
Tomamos um café reforçado para aguentar bastante tempo, nos arrumamos e fomos ao passeio. O ponto de encontro era em frente ao Bobs, bem pertinho do hotel. Em menos de 5 minutos de sair do hotel já estávamos dentro do barco. Era um catamarã de 2 andares. Depois das explicações do guia e a promessa dele que, apesar do tempo fechado não iria chover, seguimos rumo ao Picãozinho, com chuvisco rs. Ainda bem que só tinha sobrado cadeiras no coberto para nós.
Depois de uns 10 minutos chegamos na parte dos recifes e piscina natural. O tempo não ajudou a embelezar, mas dava pra ver que era uma formação bem bacana. Era um pouco difícil se locomover por lá descalço pois havia pouco espaço de areia, que formava corredores. Sair desses caminhos era difícil pois teria que pisar em pedras pontudas.
Nós andamos um pouco por lá e achamos um lugar bom. A água quentinha era um diferencial.
O tempo não ajudou e o passeio não foi muito bom |
De tempos em tempos peixes sargentinhos passavam por nós, alucinados. Havia vários fotógrafos no local que usavam ração de peixe para tirar fotos de turistas com peixinhos próximos.
Essa prática era tão frequente que em um momento a caixa estanque da nossa máquina estava na água e vários sargentinhos ficaram rodeando ela. Criaram um comportamento condicionado! Muito interessante!
Parecia que tínhamos acabado de chegar e do nada apitou a buzina da nossa embarcação! Pior que estávamos bem longe. Ao começar a voltar notamos um detalhe: a maré tinha subido! Onde antes passávamos com água na barriga, agora cobria nossos ombros. Tivemos que nadar em vários trechos que mal davam pé para nós. O engraçado é que passamos por duas pessoas conversando, uma delas do nosso barco, e pudemos ouvir a conversa:
- vai lá, é seu barco chamando!
- é sim, mas tranquilo, pode terminar a conversa.
Queríamos ser tranquilos assim rs. Para nós foi a conta, chegamos bem na hora que chamaram nosso nome na chamada!!! Mas claro ainda precisamos esperar o Sr. Tranquilidade chegar 🤣.
Voltamos ainda com bastante chuva, novamente felizes por assentos cobertos. Eu sei que é estranho fugir da chuva depois de se molhar no mar, mas entenda, a água do mar estava quentinha... A da chuva não 😆.
A Cris passou muito frio na volta, só anseando por um banho quentinho. Mal a embarcação liberou a descida saímos e fomos direto ao hotel, tomar um banho quente (morno pra variar), e escolher um lugar para almoçar.
Depois de um pouco de pesquisa optamos pelo Mangai, um restaurante que já tem filiais em várias capitais e parecia ter vários pratos Nordestinos.
Decoração do restaurante |
Pegamos o carro e chegamos rapidinho. É bem tranquilo dirigir em João Pessoa pelos entornos das praias. A única coisa triste foi que, enquanto estavionávamos, um infeliz passou com tudo em uma grande poça de água, jogando um belo jarro de agua suja sobre o Fê!
Estacionamos e o Fê foi direto ao banheiro do restaurante se limpar, rs. Depois pudemos admirar a decoração com muitos motivos nordestinos. Bem legal. Pegamos uma mesa e fomos nos servir. O esquema lá é um self service por quilo (a 90 reais o quilo!!!).
Tem infinitas opções de comida, e uma fila tão infinita quanto. E era um dia de semana (3a feira)! Fomos tranquilo, tentando não lotar o prato no começo para poder provar de tudo. Várias pessoas estavam mais vorazes e se zangavam se a pessoa da frente demorava para pegar comida e simplesmente as passavam. Lembra bem animais brigando por comida rs. Bom, ao nosso tempo deixamos em paz o pai que ensinava o filho a pegar as comidas e estavam na nossa frente. Isso nos ajudou a escolher melhor as opções rs. Aproveitamos para experimentar todas as formas de preparo de carne de sol e outro quitutes que estávamos com vontade de experimentar. Nossos pratos ficaram bem pesado hos viu 🤣.
A comida estava bem gostosa. Foi muito boa a experiência, ainda que salgada. Para pagar há totens de pagamento automático, igual estacionamento de shopping. Legal né? Antes de sair ainda curtimos um cafezinho e chá de canela, admirando a decoração.
Satisfeitos, seguimos rumo a Intermares e Nessa, para conhecer algumas praias do norte. O tempo não ajudava, então Intermares conhecemos do carro mesmo. já em Bessa estacionamos em uma das ruas que dá acesso à praia, e assim que a garoa deu uma trégua, descemos para conhecer a praia.
Visual na Praia de Intermares |
A maré já estava alta, então não sabemos como seria na maré baixa, mas os contornos da praia eram bem bacanas, mesmo com tempo fechado. Parecia mais bonita, inclusive, que Tambaú.
Depois de algum tempo lá voltamos ao hotel pois já escurecia.
Demos um tempo e decidimos que de janta tentaríamos algo bem leve. O Fê saiu em direção a um supermercado com a missão de achar uma salada de frutas! O mercado escolhido foi o VerdFrut (nome sugestivo) que era perto do hotel. Ele estava em reformas, com um pedaço fechado, mas tinha salada de frutas rs.
Depois desse banquete ainda replanejamos o dia seguinte e fomos dormir.
Mais um dia para acordar cedo, já que deveríamos embarcar para a areia vermelha em um ponto um pouco afastado do nosso hotel, na Praia de Camboinha. Dessa vez não fechamos nada antecipadamente, só tomamos nosso café da manhã (que ainda bem estava um pouco mais vazio do que no dia anterior), e seguimos rumo ao embarque. Nós falaram que o barco sairia por volta de 9 da manhã, que era perto do horário de maré baixa.
Chegamos nos fundos de um bar que dava entrada na praia, onde fechamos nosso passeio e aguardamos a liberação para o embarque. Não tinha muito movimento e fazia sol!
Visual da Praia de Camboinha |
Às 9 horas estamos no barco, e procuramos um lugar com sombra, já que o sol parecia que ia apertar rs. O barco segue uns 30 minutos até a Areia Vermelha. O lugar é interessante. Forma uma praia no meio do mar. É bem bacana de andar nos entornos e curtir a calmaria. Não havia muitos peixes, só o de sempre: sargentinhos! O local porém é bem mais agradável de ficar que Picãozinho. Dava para relaxar e muito. O tempo que se fica no local é mais que o suficiente para explorar o local e relaxar. Ao contrário de Picãozinho, mesmo que você se afaste um pouco, na volta a maré não estava tão alta como no dia anterior.
Depois de um bom tempo na Areia Vermelha voltamos ao barco. No trajeto de volta eles param e abrem alguns tobogãs e pranchas para os turistas saltarem e se divertirem. É bem bacana. Claro que ele fica em um ponto bem fundo para não haver acidentes.
Depois de uns 40 minutos de pessoas pulando na água, e mais uns 30 minutos de viagem, chegamos na praia. Nós estávamos um pouco apreensivos porque queríamos ir ainda para o Oiteiro, e tínhamos visto os horários da Balsa. Infelizmente quando chegamos na praia já não daria mais para ir pela balsa. Então traçamos uma rota sem usar a balsa mesmo, dando a volta por dentro da costa. Até que estava bem tranquila a viagem, tudo asfaltado, até que se chega em uma parte que é só estrada de terra e areia. O começo até que vai, mas depois você entra em um enorme canavial. Daí começou a emoção. Existem várias intersecções, e tudo parece idêntico. Ficamos na estrada principal, que de tempos em tempos tinha alguma placa indicando o caminho. Infelizmente, porém, em um momento havia uma fita fechando a estrada e um papel em um conte dizendo desvio. Nossa, daí foi só adrenalina. Não tinha mais placa nenhuma e nem sinal de civilização. Só cana. O Google Maps não tinha todas as ruas listadas.... Com algum sacrifício, inspiração e raciocínio conseguimos sair do labirinto. Estávamos bem perto do Oiteiro, mas tinha um probleminha. Na pressa não tínhamos almoçado, nem trazido comida. Eram 15hs e a vilazinha que estávamos não tinha uma alma viva na rua. Com algum custo achamos uma pessoa pra pedir orientação e conseguimos encontrar um pequenino mercadinho. Compramos salgadinhos e o que mais achamos, e seguimos ao Oiteiro.
La chegando foi bem legal. Estacionamos em uma parte alta, tipo um mirante, com um visual maravilhoso. Estava tudo deserto (depois descobrimos que quase todas as casas da vila eram de veraneio, e o negócio local eram pessoas que cuidavam das casas).
Que lindo visual. Amamos mesmo. Depois de um tempo descemos e andamos pela praia. Ela é muito diferente de João Pessoa, bem mais limpa, aparentemente, e as ondas mais agitadas. O visual era de praia com recifes, bem legal mesmo. E como estava 100% deserto, estava magnífico!
Visual da Praia do Oiteiro |
Depois de uma bela caminhada e contemplação, voltamos ao carro e seguimos rumo ao labirinto, rs. Mas a volta foi bem mais fácil. Lembrávamos de vários pontos que passamos, e conseguimos, de primeira, chegar no ponto de impedimento. Notamos pelo caminho da volta que tinham mais cones com indicações, mas só vimos na volta porque alguns, pra ajudar, estavam caídos. Nosso problema na ida foi simplesmente errar a 1a curva depois do impedimento :-(
Voltamos ao hotel e pela noite decidimos andar pela orla e achar um barzinho bacana. Ficamos no Giramundo, que estava com uma música ao vivo bacana e relaxamos enquanto víamos as fotos do dia. Não ficamos muito porque ainda iríamos arrumar as malas para seguir viagem ao último destino: Praia do Coqueirinho!
Drinks no Giramundo |
Visual da Praia dos Seixas |
Praia do Jacarpe |
Praia do Amor |
Praia de Carapibus |
Almoço no Senhor do Peixe |
Entrada da Praia do Coqueirinho |
Visual do quarto no hotel |
Visual das Praias por onde Passamos |
Pôr do Sol visto do quarto do hotel |
Cavernas nos corais |
Descanço do sol |
Balanço com logo do hotel |
Visual das praias e falesias do Coqueirinho |
Visual do Quiosque do Genildo |
Comércio local - tudo muito lindo |
Vistas dos Mirantes |
Vista do Pico da Princesa |
Vista do Mirante do dia anterior |
Coqueirinho na Praia |
Caravela portuguesa |
Partida do coqueirinho :-( |
Shopping enfeitado para Natal |