Para comemorar nosso aniversário e fazer a viagem anual de inverno decidimos ir para Curitiba. Não houve feriado prolongado e fomos em um final de semana comum.
Pegamos um voo da Avianca que foi muito bom, com serviço de bordo com lanche, mais barato e melhor que os voos da Gol. A saída era em Guarulhos, e como haveria trânsito na marginal (o vôo era às 21:40), optamos por pagar um estacionamento mais caro mas que entendíamos ser melhor. Ficamos no BrExpress com diária a R$32,00/dia. Realmente foi rápido para estacionar (você leva as chaves) e sair com a Van.
Chegamos em Curitiba por volta de 23hs e decidimos pegar um táxi até o hotel no centro, acreditando que não sairia mais que R$60,00. Bom, ficou R$80,00 em uma tal de bandeira 4!!! Ha outra alternativa cômoda e mais em conta que é o ônibus Aeroporto Executivo que, em 2016, custava R$13,00/pessoa e tinha uma boa frequência.
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Horários do Ônibus Aeroporto Executivo no Shopping Estação |
O hotel que escolhemos foi o Aladdin. Fica no centro ao lado do Shopping Estação. Escolhemos ele por ficar próximo das estações de ônibus turismo, de um shopping e da estação de trem. Dele podemos dizer que foi uma excelente estadia. Todo pessoal do hotel era muito educado e prestativo. O hotel não conta com atividades extras, como piscina, sauna ou academia, mas pagamos muito bem por uma estrutura nova e um ótimo café da manhã.
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Quarto do Hotel |
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Detalhes do Banheiro do Hotel |
No sábado de manhã acordamos cedinho pois queríamos fazer o passeio de trem da Serra do Mar, mas estava chovendo muito e decidimos descansar mais um pouco e fazer o passeio do Ônibus Turístico de Curitiba (site aqui), que havíamos planejado para o domingo. Tomamos então o café da manhã e caminhamos para o ponto do Museu Ferroviário, que é anexo ao Shopping Estação, e é um dos pontos de parada do ônibus. Tivemos que comprar um guarda-chuvas de um ambulante, já que chovia bem.
Para acessar o ônibus você precisa comprar uma cartela com 5 embarques, pagando R$40,00. O primeiro ticket de embarque já fica com o cobrador pois é seu primeiro embarque. Eles te entregam um folder que contém alguns detalhes de cada ponto e mostra a ordem que seguirão. O ônibus é de dois andares, com a parte de cima aberta e, como estava chovendo, ficamos em uma verdadeira lata de sardinhas, pois todos queriam descer para a parte inferior, já que o toldo da parte de cima não estava fechado. Foi péssima essa primeira impressão.
Descemos no Jardim Botânico. Mesmo com um chuvisco era possível apreciar a beleza do local. Há um grande parque com arbustos bem aparados, formando corredores em diagonal e um corredor central ornado com flores. Esse parque leva à estufa principal que, mesmo não sendo muito grande, é bela pelo formato.
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Detalhes de uma Magnífica Obra no Jardim Botânico |
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Belo Jardim na Frente da Grande Estufa |
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Parte Frontal da Estufa |
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Parte Traseira (idêntica rs) |
Nos entornos há ainda um pequeno jardim e mais abaixo um jardim sensorial (funciona somente de segunda a sexta-feira em horário comercial), além de um quiosquezinho que vendia salgados e bebidas. No caminho avistamos um lindo tucano de papo amarelo. Fantástico!!!
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Entrada do Jardim Sensorial (Aberto Somente em Dias de Semana) |
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Lindo Tucano do Peito Amarelo (após rápida consulta: Ramphastos sulfuratus) |
Voltamos ao ponto e pegamos outro ônibus, que estava bem mais vazio e cuja parte superior estava com o teto fechado. Foi bem melhor o passeio até o Museu Oscar Neymaer (MON). Descemos, andamos no entorno, uma estrutura bem bonita, em especial o "olho" criado para a reinauguração. Decidimos entrar no museu. Pagamos R$12,00 por pessoa, mas não gostamos muito no final das contas. Há algumas obras, quase todas contemporâneas e que com certeza necessitam de afinidade e conhecimento do visitante. Para nós foi uma forma até que ruim e cansativa de passar o tempo. A estrutura do olho, última parte visitável, não permite que se enxergue do lado de fora, mas ao menos tinha algumas obras sensoriais mais bacanas.
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Uma das Obras em Cartaz no Museu (Olhar Incomum: Japão Revisitado) |
Saindo do museu paramos para comer em um food truck de comida Suíça, nos fundos do museu. Pedimos um sanduíche de salsicha alemã (da Berna, cuja fábrica é perto de nós, rs) e um macarrão com queijo e bacon. Sentamos em um banco da praça nos fundos do Museu, já que o food truck não tinha cadeiras, só mesas. Tudo ia bem, até que um cachorro do pessoal que curtia a praça, veio com tudo e deu uma bela lambida no macarrão da Cris. O dono nem se preocupou em se desculpar. Fim da história: R$20,00 foram pro lixo, literalmente.
Fomos então em um bar na frente do museu, o Basset Lanches. Ótima pedida. Devíamos ter feito isso logo na primeira vez. Bebemos uma Brahma Extra Red Lager, puro malte, por R$ 9,00 cada (600ml). A Cris pediu um pão com uma linguiça local, bem servido e que custou a metade do preço em relação ao Food Truck, só R$10,00). Foi ótimo. Até passou a raiva em relação à atitude do dono do cão. RS. Quando tudo vai mal, o melhor é tomar uma cerveja e, como diria Renato Russo, "rir das desgraças da vida"... Lembram-se do episódio na Chapada Diamantina? Hoje é história pra contar! RS. Vide relato aqui.
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O Famoso "Olho" Visto do Barzinho em Frente a Ele |
Depois desse almoço Descemos a pé a rua ao lado do museu e entramos no Bosque do Papa pela parte dos fundos (uns 200m do museu, foi uma dica da cobradora do ônibus. Ela falou que era pertinho e assim economizava um bilhete, rs).
O bosque é lindo, muito bem arborizado e conservado. Depois de uma rápida caminhada entre árvores você chega ao Memorial Polonês, criado no início dos anos 1980 para a visita do então Papa João Paulo II. Para sua criação o governo adquiriu e transportou casas antigas de assentamentos poloneses da região e recriaram as casas naquele local. Só de madeira encaixada, sem pregos. Há uma capela que o Papa visitou, uma loja de artesanatos e outras casas com equipamentos utilizadas pelos antigos colonos poloneses. Seguindo a trilha à direita da capela chega-se a um belo espaço gramado. É impressionante como todos os lugares estavam bem conservados. Tudo limpo e lindo.
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Imagem em Homenagem ao Papa João Paulo II |
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Pequena Capela Visitada Pelo Papa |
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Bosque do Papa João Paulo II |
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Imagem da "Vila" Construída com Casas Reais Trazidas de Várias Colônias Polonesas |
Seguimos então para o ponto do ônibus de turismo. Mas perdemos um por pouco. Notamos então que os horários do folder ou do site estavam completamente diferente em relação ao horário afixado no ponto. E principalmente que nenhum fazia sentido em relação ao horário que o ônibus tinha passado. Perdemos meia hora esperando o próximo ônibus.
Descemos na Ópera de Arame exatamente às 18h, e embora a atração feche às 18h, o funcionário permitiu que entrássemos para vermos por fora. Como já estava escurecendo, as fotos não ficaram muito boas. Lá a parada é rápida, não tem muito o que fazer, só ver a construção, toda em metal e vidro. Se houver alguma apresentação no Teatro, acreditamos ser uma boa forma de conhecer o local, mas nesse final de semana não havia nenhuma apresentação. Esperamos todos saírem para conseguirmos tirar umas fotos do lugar vazio, mas ela não estava iluminada e não ficou tão bonito.
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Ópera de Arame - Quase Vazio |
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Ópera de Arame - Vazia mas Escura |
Às 18:15h já embarcamos em um novo ônibus. Embora no folder diga que o ônibus passe a cada 30min, esse passou 15min depois... Ótimo, pois estávamos exaustos...
Descemos na praça Tiradentes, pois nesse horário ele não ia até o Museu Ferroviário. Era 19h quando saímos do ônibus e gastamos 15min caminhando até o hotel, em um trajeto que não nos transmitiu muita segurança... Há muitos moradores de rua na região e as ruas são um pouco escuras. Mas tudo correu bem.
Ao chegarmos no hotel, fomos verificar a possibilidade de deixarmos a mala na recepção pois pretendíamos fazer o passeio de trem no dia seguinte. E então o funcionário da recepção do hotel sugeriu uma empresa dizendo que era complicado fazer tudo por nossa conta.
Ligamos para a empresa que ele sugeriu Gálatas Tur (site aqui) e saía 200 reais por pessoa, sem almoço, e 240 com almoço, para ir de trem na classe turística, ficar em Morretes de 11:15h até às 15h, quando então voltaríamos de Van, a qual nos deixaria no aeroporto às 17:30h. Ficamos com receio de fechar com eles, pois nosso vôo era às 19h, ou seja, como o check-in fecha com antecedência de 30min, qualquer imprevisto que desse na viagem perderíamos o vôo.
O plano, até o funcionário do hotel nos convencer do contrário, era irmos à pé até a estação, comprarmos a passagem de trem e antes de embarcar no trem, comprar pela internet o ônibus de Morretes para Curitiba das 12:45h. Assim, não correríamos o risco de ficar sem passagem de volta é chegaríamos em Curitiba por volta das 15h.
Porém, começamos a pensar que estávamos cansados, teríamos que acordar por volta as 5 da manhã pra conseguir arrumar a mala, fazer check-out e sair do hotel às 7h. Seria estressante em Morretes, pois teríamos uma hora e meia entre o desembarque do trem e o embarque no ônibus, ou seja, talvez nem conseguíssemos comer caso algo não saísse como o planejado. Resumindo, pensamos o quanto estávamos cansados (coisa de velho né?) e optamos por usar o ônibus turístico novamente e evitar a fadiga.... RS.
Depois de decidir o que fazer no dia seguinte o Fe foi providenciar um vinho para nosso jantarzinho no quarto do hotel. São só uns 100m da porta do Hotel ao Shopping, bem fácil e tranquilo. O Shopping Estação não é muito grande, contando só com dois corredores e um mezanino no meio. E talvez por ser pequeno não havia uma loja que vendesse vinhos. Mas tinha um bar e cervejaria bem legal e um quiosque de cervejas. Assim a opção foi trazer uma IPA e uma Rauchbier. Pedimos uma pizza na Pizzaria Fornão, sugestão do funcionário da recepção do hotel.
A pizza foi boa, mas bem carinha pelo produto em si (R$59,00). De qualquer forma comemos e bebemos muito bem e dormimos tranquilos, sem mais se preocupar em acordar cedo no domingo, rs.
No domingo, o tempo estava lindo, frio e sol.
Fizemos nosso check-out, deixamos a mala no hotel e, como faltava 30min para o próximo ônibus turístico, fomos no Museu Ferroviário, que embora seja pequeno, dá pra ter uma ideia de como eram as estações de trem antigas e como surgiu o transporte ferroviário no Brasil.
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Algumas Peças do Museu Ferroviário do Shopping Estação |
Como tinha sobrado dois tickets do dia anterior, pegamos o ônibus turístico às 11:20h e compramos mais uma cartela com 5 tickets para compartilhar entre nós dois.
Descemos no parque Tingui. Aqui vale uma ressalva sobre os horários, pois o ônibus turístico leva muito tempo entre as atrações: chegamos no parque Tingui às 13h, ou seja, quase 2h dentro do ônibus. Descemos pelo parque até o Memorial Ucraniano. O parque é gostoso para um passeio, mas nada demais. O Memorial também não é nada imperdível, uma igreja, que embora no áudio do ônibus fale que o teto é de cobre, não vimos cobre em lugar nenhum, RS. Há alguns ovos (galinha, pata, madeira, etc) pintados à mão, chamados pêssankas e uns quadros de santos, cobertos com umas toalhas bordadas.
Pegamos o ônibus turístico novamente e descemos na Santa Felicidade. Como não fomos no sábado à noite, trocamos a Torre Panorâmica pelo almoço no tradicional bairro italiano da cidade. E não nos arrependemos! Embora todos falem do Madalosso, optamos por parar em algum restaurante diferente, até porque um amigo nos disse que o Madalosso não tinha nada demais, era só fama. Então optamos pelo Famiglia Fadanelli. Pedimos um filé mignon ao molho gorgonzola e um vinho alentejano. Estava tudo muito saboroso! Os pratos pra dois são em torno de 85 reais e os vinhos a partir de 60.
Após o delicioso almoço, pegamos o ônibus e dessa vez fomos na parte superior. É mais divertido e venta bastante!
Descemos no ponto do Museu Ferroviário, em frente ao hotel, pegamos nossa mala e voltamos para o mesmo ponto pra pegar o ônibus pro aeroporto chamado Aeroporto Executivo (site aqui). O trajeto do Museu até o aeroporto durou 20min, em um domingo, sem trânsito.
Bem, final de mais uma deliciosa viagem de inverno! Abraços e até a próxima pessoal!!!!