sexta-feira, 30 de junho de 2023

Tocantins - Parte 2: Serras Gerais e Palmas

Essa é uma narrativa em duas partes. Use os links abaixo para navegar nas partes:




Dia 1 - Rio da Conceição: 17 Travessias, Cachoeira do Brejo Limpo e Mirante do Cerrado 


Desde quando começamos os contatos com a agência de turismo Seriema, que dizia especializada na Serras Gerais, sentimos eles meio desorganizados, com mensagens pouco claras. Não contente com isso, dois dias antes de começar o passeio o pessoal da Seriema já começou a mandar mensagem exigindo o pagamento do montante restante. Não gostamos dessa atitude. O combinado eram 30% na entrada e 70% no começo do passeio. Por que essa correria para cobrar. Ficamos até com medo de pagar... Mas fizemos na noite anterior do começo do passeio, depois que já tínhamos o contato do guia que nos acompanharia em todo o passeio.

Nós trocamos mensagens com o Lindomar antes de começar, mais para entender a questão da roupa no primeiro dia, também pra saber se nós tínhamos que correr atrás de água e lanches para as trilhas. Ele confirmou da roupa e que a Seriema se responsabilizaria pela água e lanches.

Nós acordamos, tomamos o café e arrumamos nossas coisas. Para a travessia optamos por papete/sapatilha aquática, bermuda/shorts e camisa UV de manga comprida. O sapato fechado é obrigatório e a papete de trilha é aceita.

Descemos e fomos encontrar o Lindomar, que já estava esperando no saguão. Apresentações feitas, fomos conhecer o famoso Uno modificado. E saímos olhando os carros estacionados e nada de Uninho... Até que ele abriu um Nissan Kicks preto. Daí ele explicou que o Uno estava com outro grupo, e que a agência alugou o Kicks pra nós atender (fazem isso sempre). Ele também contou que o Uno era um Novo Uno com ar condicionado, e a adaptação era um aro de 14 polegadas, pneu largo e suspensão mais alta. Legal né?

Outra coisa que estávamos preocupados era a questão de caber as malas, já que a agência tinha feito um certo terrorismo sobre caber a mala no carro, inicialmente falando que só caberia uma mochila por pessoa. Claro que coube tudo tranquilamente.

E no porta malas ainda tinha um cooler com águas e uma bacia com vários salgadinhos e biscoitos.

Tudo certo seguimos rumo à Rio da Conceição. Seriam 3:30 de viagem. A estrada era ótima, tudo asfaltodo, e uma asfalto muito bom. Toda região é extremamente agrícola, com plantações gigantescas de milho. Dessa forma tinha bastante caminhões, e a pista é simples. Mas o Lindomar ia passando bem com o Kicks. Fizemos umas paradas para banheiro, até que indo para Almas o Lindomar fala: apagou o último risquinho. O carro já tinha entrado na reserva no último posto que paramos, mas como eles estão acostumados a abastecer em Dianópolis, ele seguiu em frente. Além disso provavelmente estava abastecido com álcool o carro, então os três risquinhos da reserva na foram suficientes para chegar lá.

Andamos uns 10 quilômetros depois do último risquinho ter apagado e, infelizmente, o carro parou faltando só 5km da cidade.

A sorte é que ele conhecia alguém em Almas, e que o carro parou num pico, com sinal de celular... Ele pediu ajuda a um amigo que veio com 5 litros de gasolina. Com isso chegamos no primeiro posto e completamos o carro!!!

Que bom que deu certo, mas já ficamos preocupados.

Seguimos rumo a Rio da Conceição, cidade do nosso guia, e onde ficavam as atrações do dia. Ele nos deixou no Restaurante Beira Rio, onde tinha um self service com uma saladinha fantástica, com manga e abacate! Tinha um escondidinho de frango delicioso também. Tinha frango e carne como outras opções de carne.

Foi bem gostoso o almoço, mas já começamos a notar algumas coisas. Ali nós quem pagamos o almoço, já que almoço e jantar não estavam inclusos no nosso pacote. Mas como era a cidade do guia, ficamos esperando um tempinho bom no restaurante. Deu pra admirar o rio que passava no fundo!

Rio nos Fundos do Restaurante


O Lindomar chegou e fomos até onde começava a trilha das 17 Travessias. Ele explicou que a propriedade é dos pais do dono da Seriema. O caminho começa passando por uma ponte pensa, e uma subidinha bem íngreme, mas curta. Depois passamos por uma ponte de tronco até chegar no leito do rio. Foram uma 30 minutos que começam pesados.

Lá chegando ele explicou sobre a atração. Eles mapearam um trecho do rio, que começa com uma cascatinha, e anotaram 17 pequenas atrações, uma acima da outra no leito do rio.

Portão no Começo da Trilha - Só Guias com Autorização tem a Chave


A primeira é essa cachoeirazinha, e depois você vai subindo pelo leito do rio, pulando e subindo pedras. E vai aparecendo pra um pocinho, ora uma corredeirazinha, ora uma cascatinha, um atrás do outro.

O passeio é bem longo, mas não é cansativo, desde que você tenha condições de subir as pedras e equilíbrio. Todo trajeto é feito de capacete e colete salva-vidas, obrigatoriamente.




Cada Imagem Acima é uma das Travessias - Algumas possuem a Numeração como a Foto Acima


Foi bem interessante. A água é bem agradável, não estando gelada como no Roncador, mas mais fria que os fervedouros. No último poco ainda subimos um pouquinho mais e curtimos um poço bônus.

Voltamos (a volta é mais fácil) e descemos a trilha até um ponto que você tem uma passagem para a Cachoeira do Brejo Limpo. 

Cachoeira do Brejo Limpo

A cachoeira desce por um paredão e, em Junho, época que estamos lá se dividia em algumas pequenas quedas. Mas tinha um poço bem gostoso. Valeu a pena terminar com esse banho. O que achamos engraçado era que quando chegamos, tinha um influenciador digital, tirando fotos dentro da água, mas só até o nível das canelas, sem nem entrar na água e falando no vídeo que a cachoeira era ótima, que a água era boa! Rs. 

Cobrinha que Vimos no Caminho de Volta


Curtimos nosso tempo na cachoeira e seguimos rumo ao Mirante do Cerrado. Uma coisa que nós nos preocupamos foi de evitar sentar molhado no carro alugado, já que o banco era de tecido. 

No caminho para as 17 Travessias o Lindomar parou em uma casa e disse que era um ponto de apoio da agência Seriema. Lá ele pegou uma caixa de plástico grande.

Quando chegamos no mirante, entendemos a caixa. Lá tinha o vinho tinto, queijos e as taças para curtimos a paisagem. O mirante é todo arrumado, tablado de madeira, tem balanço de um lado e uma moldura para fotos do outro. Lá você não vê o sol se por, mas vê os raios finais do sol refletidos na Serra Geral. Era um visual magnífico!

Panorâmica no Mirante

Vinho e Queijos Servidos no Mirante


Rio da Conceição vista do Mirante

Lindo Céu visto do Mirante


Apareceu um casal mais velho, guiado por um guia local também. Ficaram um tempo e foram embora. Nós continuamos até acabar o sol mesmo.Na hora de irmos embora, notamos que o casal tinha esquecido uma mochila. O bom é que o Lindomar conhecia o guia deles e fomos até a pousada deles devolver a bolsa.

O Lindomar mostrou que a propriedade dos pais do dono da Seriema era desde as 17 Travessias até aquele mirante. Muito linda a propriedade.

Como já eram 19hs, aceitamos a dica do Lindomar e jantamos em uma pizzaria de Rio da Conceição, a Pizzaria Portal do Sabor. Estava uma delícia a pizza. Massa fininha e recheio em quantidade ótima!

Depois o Lindomar voltou para nós levar até Dianópolis, a 26km de Rio da Conceição, pois não tinha vaga na pousada de lá, então tiveram que reservar em Dianópolis.

A Pousada Mosaico é bem tranquila. Instalações muito boas, quarto com ar condicionado e um belo chuveiro! Adoramos! Tomamos banho e caímos na cama!



Quarto do Hotel Mosaico




Dia 2 - Rio da Conceição: Lagoa da Serra e Boia Cross


Acordamos cedinho pois 7:30 já teríamos que sair para os passeios. Ao descer para tomar café notamos uma coisa interessante: estava friozinho!

O café da pousada era muito bom, com frutas, queijo, presunto, pães e alguns bolos. Para ficar completo só faltou o ovo e salsicha rs, mas era possível pedir ovos para o pessoal da cozinha.

Tomamos nosso café e saímos rumo à Lagoa da Serra. A propriedade, assim como o Lindomar, eram de Rio da Conceição, então perdemos esse tempo de traslado.

O caminho para a Lagoa é de estrada de terra e passa por uma fazenda de seringueiras (Companhia Latex Serra Geral LTDA). Era muito bacana a plantação e os copos colhendo o látex. 

Plantação de Seringueiras e Látex Extraído


A Lagoa da Serra é aberta ao público e você paga um day use, de R$40,00. La tem uma estrutura completa, com banheiros e vários quisques. Lá é comum o pessoal passar o dia e fazer churrasco no quiosque. Para ficar neles paga-se um valor de R$50,00 a R$ 70,00, dependendo do tamanho e proximidade do lago.

Quando estivemos lá era uma 6a feira de manhã, estava vazio. Não cobraram o quiosque, mas só deixamos nossas coisas lá pois ficamos o tempo todo na água.

A lagoa é linda. Água clarinha, esverdeada, com um belo visual de veredas e a serra no fundo. Que coisa linda.


Água Cristalina da Lagoa e Serra ao Fundo


Aproveitamos que estávamos com a máscara e snorkel e nadamos um pouco. Achamos três tartarugas (que descobrimos que o nome correto é cágados). Lindinhas!!!!

Ficamos bastante na água, principalmente porque lá tem as já conhecidas mutucas!!!

Depois tiramos fotos nos bancos dentro da água e no balanço, mas sempre fazendo a dança da mutuca!

Para aumentar o tempo lá, optamos por almoçar lá mesmo. R$35,00 o prato feito. O cozinheiro falou que só teria com carne de sol ou peixe frito. E não teria feijão, mas teria todo o resto: arroz, salada e batata frita.

No final veio um prato com arroz, um pouquíssimo de tomate picado e pouca carne ou peixe. Péssima troca. Era pra termos almoçado no Beira Rio!!! E não cobraram mais barato não. 

Depois de comer ainda nadamos um pouco mais e seguimos rumo a próxima atração, o boia Cross no rio que corta Rio da Conceição, cujo nome não é da Conceição, mas rio Manoel Alves! A cidade esse nome em homenagem à Nossa Senhora da Conceição.

Chegamos na casa de apoio do boia Cross e já notamos que o passeio era extremamente profissional. As boias eram super resistente. Todos iam de colete e capacete. Sapato fechado era obrigatório (papete de trilha e sapatilha aquática era aceito), e obrigavam a ir com camisa de manga longa por conta do braço ficar raspando na boia, e o contato com a pela pode assar.

Descemos até o ponto de início da travessia, uns 5km acima, em uma velha e boa Pajero, mas dessa vez não precisamos ir no fundo!!! Rs.

Na borda do rio começaram nos explicando que seriam 3 condutores: o Felipe e o nosso guia Lindomar na água e Valdêncio, na água. Todos os três tem curso de condutores de boia Cross, com treinamento de primeiros socorros e tudo que é necessário no curso de passeios como esse, que se classifica como corredeira de classe 1 e 2.

Explicaram desde como entrar na boia, remar e se movimentar. Tudo isso em uma prainha. Depois seguimos até onde iria iniciar o passeio em si.

A Cris era a mais preocupada, mas todos nós conseguimos tranquilos entrar na boia e começar o passeio.

É muito engraçado o decorrer do passeio porque parece que remamos e não conseguimos evitar de encalhar, ir para as bordas ou em direção a galhos. Os condutores tem que ficar nos ajudando o tempo todo. Que preparo físico tinha esse pessoal!
Trecho Tranquilo da Descida

Por duas vezes tivemos que sair do rio e voltar após quedas de água mais acentuadas. Sempre bem conduzidos e com gente auxiliando para sairmos da água e entrar novamente.

A Cris que estava com mais medo era a que mais conseguia remar e até já tinha começado a ajudar a nós desencalhar. No passeio estávamos nós dois e aquele casal mais velho que apareceram no mirante, na tarde anterior.

Depois de uns 40 minutos chega a parte de Clase 2. É muito legal. Parece uma montanha russa natural. A água fazia todo trabalho de nós conduzir. A gente só precisava ficar tranquilo e dividir o peso para não virar, mas nada muito perigoso.

No último trecho de corredeira a Cris fez ruas vezes, porque na primeira ela tinha descido pela parte mais calma, e ela queria a aventura também!!! Isso mostra o grau de segurança do passeio.

A próxima atração foi conhecer a Diana que tem um ateliê bem bacana de capim dourado. Ela inclusive nos mostra e ensina como trabalhar com o material. E é bem difícil rs.

Capim Dourado e Acima Nossa Tentativa de Costurar Alguma Coisa


Terminado o passeio, voltamos para a cada de apoio, colocamos roupas secas e o Lindomar nos levou para Dianópolis. Como era cedo fomos passear na cidade, tomar um sorvetinho na Praça Coronel Wolney. Andamos pela Praça Memorial das Dianas que tinha árvores enormes e lindas.

Casa Decorada com Flores e Detalhe da Praça Memorial das Dianas



Ficamos de olho em opções de jantar, passamos por duas pizzarias que nos atraiu. A Pizzaria Delícias da Charlot que era muito linda, bem arrumada e iluminada e a Pizzaria Chef da Fatia que dizia que era pizza e massas. Ela tinha 3 andares, sendo o último um terraço com vista da praça Memorial das Dianas. Optamos pela última por conta de ter massa.

Tomamos banho e fomos até a pizzaria, que ao sentarmos vimos que o cardápio não tinha massa, só pizza :-(. Foi pizza de novo então rs. Ela não estava ruim, mas tinha mais recheio, e um recheio mais pesado. Dava dó dos garçons que tinham que subir os lances de escada o tempo todo.

Comemos e admiramos a vista e voltamos ao hotel, já que teríamos que arrumar as coisas pois no dia seguinte seria check-out e ida para Aurora, bem cedinho, saindo 7hs.



Dia 3 - Aurora - Rio Azuis, Poço do Paraíso e Cacheira do Sombra


Acordamos pouco antes das 6hs, para arrumações finais de mala e tomar café rapidinho, às 6:30, pois 7:14hs tínhamos que sair.

O Lindomar já estava lá antes às 7hs e descemos assim que estávamos prontos e seguimos rumo para Aurora.

A estrada é toda em asfalto, sendo a BR que vai sentido Brasília, então o asfalto era muito bom, com um trânsito bom de caminhões. Depois de pouco mais de 1:30hs chegamos no município de Aurora, mas a entrada do Rio Azuis é bem antes do município. Lá tem duas atrações: um trecho do Rio Azuis e sua nascente.

Para curtir o trecho do rio se paga R$5,00 por pessoa em uma portaria no asfalto. Além disso se paga R$40,00 de estacionamento em uma área descoberta.

Ao passar pela guarita tem 3 restaurantes sendo que no último fica a nascente. Para entrar na nascente se paga mais R$ 20,00 (além dos R$5,00 já pagos).

A nascente já é bem mexida, com uma escadaria em concreto, restaurante e bar logo ao lado. O que é interessante, além do fato da água ser transparente, é que o volume de água que nasce é tão grande que já o faz ser considerado um rio! E é o menor rio da América Latina e terceiro menor do mundo, pois ele "morre" após alguns metros no Rio Sobrado.


Nascente do Rio Azuis e Trecho do Rio mais Acima


O banho nascente é muito bom. Deu até para usar a máscara com snorkell para ver melhor os peixes (tinha peixinhos de esfoliação da pele rs), e toda formação da nascente.

A correnteza era bem forte e é um pouco difícil chegar onde a água brota. 

Era tudo muito legal, e ficamos um tempão sendo só nós na água. Mas lá pelas 9hs e pouco começou a chegar gente e não parava mais. Saímos porque precisávamos secar para continuar nosso paseio. Ficamos um tempo em uma mesa até esquentar e saímos para o Restaurante Agenda 21. Uma pena que o sol não tinha chegado na nascente, porque o pessoal falou que ela fica linda com sol.

O restaurante é bem legal, com mesas de madeira espalhadas pelo terreno, tudo rústico e bonito. Ficamos em uma mesa próximo do rio. O ambiente é bom, com música tipo pop e muita decoração bacana. Banheiros limpinhos.

Pedimos o carro chefe que era carne de sol na nata. Veio a carne, arroz e uma saladinhazinha, só uns tomatinhos, batata cozida e um pouquinho de queijo. 

Mas a carne é maravilhosa. Como um estrogonofe de carne de sol. Deliciosa mesmo.

Depois do almoço ainda fomos duas vezes na nascente, só para ver se o sol estava sob o poço, mas só sombras. Então voltamos e fomos para o centro de Aurora encontrar com o guia local.

Descobrimos que as Serras Gerais funciona assim: cada cidade tem atrações que só podem ser visitadas com um guia local. Há algumas atrações abertas ao público em geral, mas outras somente o guia local vai ter a chave para abrir uma porteira que dá acesso à atração.

No nosso caso fomos ao centro encontrar com o Gustavo. Ele estava trabalhando para uma agência chamada Tiriba, do Vagner. Com ele a bordo seguimos para o Poço do Paraíso. No caminho o Gustavo explicou que houve um super assoreamento em todos os poços, na última chuva, que fez com que o poço, que tinha mais de 1,5m de profundidade, ficar raso. Havia uma parte que já tinha tido reestabelecido, já que a areia vai indo embora com a correnteza.

A estrada é só pra carro alto, e chegando lá vimos o problema do assoreamento. Realmente 2/3 estava raso de molhar só os pés, e 1/3 já estava fundo. Uma pena pois era bem lindo o lugar.
Poço do Paraíso Assoreado


O Gustavo chegou a mostrar um outro poço rio acima, mas preferimos ficar no ponto principal mesmo.

Enquanto nós banhávamos, aquele casal que esqueceu a bolsa no mirante chegou! Que coincidência! Guiado pelo Vagner.

O Vagner é realmente o guia mais experiente de Aurora. Ele explicou o motivo desse assoreamento, já que nós 20 anos que ele estava em Aurora, ele nunca havia visto isso.

Basicamente os donos das terras, mesmo onde há essas atrações, fazem queimadas em suas propriedades para renovar o capim, que é um capim nativo que endurece quando fica velho.

Com as queimadas sem controle, a proteção do solo, que é arenoso, bem como a proteção das encostas, que são de arenito, ficam desprotegidas, e durante o ciclo de chuva a areia é arrastada assoreando os poços.

O irônico é que essas pessoas ainda precisam pagar dragas para remover a areia de suas atrações. Que loucura!

O Vagner sabia que estávamos indo ao Poço Azul no dia seguinte, e contou que tinham ido no dia anterior com o casal. Eles contaram que no poço viram uma sucuri de pouco mais de 1m na água. A moça saiu com tanto medo que até perdeu um chinelo. Imagina que medo!

Depois seguimos para a Cachoeira do Sombra, cujo nome vem do nome do rio.

Lá já tinha uma família, guiada por outro guia local. A cachoeira era bem bonita e forte, apesar de baixa. Era impossível encostar na pedra por onde o jato caia, mas era muito divertido tentar rs. As pedras no entorno já eram um pouco escorregadias, então era preciso atenção.



Cachoeira do Sombra

O visual era bem legal e curtimos um pouco tanto a cachoeira quanto o local. Novamente encontramos o casal de sempre que estava com o Vagner.

Banho tomado, acertamos os detalhes do dia seguinte com o Vagner, já que ele seria nosso guia. Ele explicou que sempre tem comentado com a Seriema de não ficar no Hotel Agenda 21, já que ele fica a 20km da cidade e no sentido contrário de todas as atrações que não sejam o Rio Azuis.


Quarto da Pousada Agenda 21 e Normas


E foi aí que começamos a ver problemas grandes na Seriema: nosso roteiro tinha um poço que estava 90% assoreado, o Pequizeiro. Além disso tinha a Cachoeira do Bartolomeu, que esta fechada há 2 anos. E para terminar colocam a gente em um hotel longe da cidade, sendo que no dia seguinte planejam o começo do passeio às 7am, saindo da cidade.

Como Vagner trocamos a cachoeira e o poço do Pequizeiro por uma visita a uma caverna, a Gruta dos Caldeirões, já que Aurora tem várias delas já mapeadas! Muito legal! Uma pena mesmo que essas informações não são tão fáceis de encontrar antes de viajar. Já estávamos arrependidos da Seriema.

Fomos ao Hotel Agenda 21 (que é do mesmo dono do restaurante do almoço) tristes por causa do rolo dos passeios e do hotel longe. Mas nunca imaginaríamos o que estava por vir. Lá chegando o senhor nos recebeu mostrando nosso quarto e falando: esse é o quarto de vocês. Estávamos nós dois e o guia! Ficamos nos entreolhando e falamos: mas seriam dois quartos, não? Ele responde: é um só! Então retrucamos mas não é uma pra nós e outro para o guia? Daí ele diz: ah, para o guia é lá embaixo. Perguntamos da janta, e ele diz: vai ter até 20hs, porque vai ter quadrilha na cidade e vamos assistir!

Entramos no quarto e descobrimos que nem café da manhã poderíamos tomar. Lá "começa" às 8hs, e às 7hs teríamos que estar na cidade. Bom, fomos tomar banho. O Fê não conseguiu nem terminar o banho direito porque acabou a água. Ele colocou uma roupa e saiu procurar o senhor. Não tinha ninguém lá. A pousada é na beira da estrada e não tem nenhum escritório nem nada. Como sabíamos que eles são os mesmos donos do restaurante, o Fê teve que ir até lá reclamar. Chegando lá, ao reclamar o senhor simplesmente ligou uma bomba e falou, pode esperar 5 minutinhos que já chega a água! Que puxa sacanagem, esqueceram de ligar a bomba e deixaram a pousada sem água em um sábado a noite, com tudo lotado!

O Fê voltou, explicou para a Cris o que tinha acontecido, e testamos o chuveiro. A água tinha voltado. A Cris conseguiu só se ensaboar e.... A água acabou de novo.

O Fê saiu e já tinha um monte de gente procurando alguém pra reclamar. Claro, não tinha ninguém. O Fê foi de novo no restaurante e estava lá o senhor. O cara nem pra ficar na pousada e ver se tinha estabilizado. Ele só falou que testou um quarto...

Ele pediu para um funcionário (que descobrirmos ser o genro dele) ir até a pousada e ver o que tava acontecendo. O Fê acompanhou tudo. Não estava chegando água na caixa. Eles iam ligar uma caixa de 1000L de reserva até ver o que aconteceu. 

O Fê desceu pra explicar para a Cris o que estava acontecendo, já que tinham se passado 20 minutos. Abrimos o chuveiro e ficamos esperando, pois 1000L iam acabar rápido!

5 minutos e nada. O Fê subiu na caixa de água novamente e o funcionário não estava achando as peças para ligar. Graças a Deus que o senhor teve algum senso e foi até a bomba e conseguiu rearmar. A água voltou a jorrar!

Enquanto a Cris terminava o banho e Fê mandou uma mensagem para a dona da Seriema, com uma bela reclamação por tudo o que estava acontecendo. Graças a isso conseguimos que eles nos trocassem de hotel, e para um dentro de cidade, a Pousada Casa Flor.

Lá chegando, que diferença. Era uma casa enorme que foi transformada em pousada. Tudo novinho, limpo, fantástico mesmo. Ah, e o banho estava ótimo!

Quarto da Pousada Casa Flor


Nós combinamos com o Lindomar de sairmos às 19:30 para irmos jantar na pizzaria que o Gustavo recomendou, a Pizzaria Laporcella. Ela fica no centro, bem perto da igreja, o de ia ter a quadrilha.

Pedimos uma pizza de calabresa e 4 queijos, que estava boa. Era de fogão a lenha, mas a de Rio da Conceição era melhor. O engraçado era que serviam em pratos descartáveis!
Praça da Igreja toda Arrumada para Quadrilha

Ainda aproveitamos e fomos ver a quadrilha. Era bem bacana. Bem mais agitada do que quando éramos pequenos!

A cidade inteira estava lá assistindo!

As 22hs voltamos para o hotel por causa do horário do dia seguinte e porque estava bem frio rs. Sim, lá faz frio. Uns 20 graus e com ventinho.



Dia 4: Aurora - Poço Azul e Gruta Caldeirões


Na manhã seguinte acordamos cedo, pra variar, para fechar as malas e colocar no carro. Tínhamos combinado 7:30 com o David e a moça do hotel conseguiu preparar o café às 7hs para nós (o normal é 7:30).

Conseguimos comer frutas, ovos e pão. Ela ainda fez questão que experimentássemos o cuscuz, rs.

A dona era realmente muito simpática e prestativa. Quando explicamos o motivo da troca de última hora, ela contou que a bomba de água do Agenda 21 realmente da problemas sempre. Ainda que fossem concorrentes, não era de duvidar.

Chegamos no ponto de encontro, o posto de gasolina da cidade, e pegamos o Vagner.

De lá seguimos até o Poço do Pequizeiro, pois era lá que o Vagner pegava a chave para irmos no Poço Azul. É uma estrada de terra não muito boa, igual a do dia anterior. Lá ele falou pra gente descer do carro e darmos uma olhada no poço, pra vermos que o assoreamento era sério.

O local é muito bem estruturado, com banheiros, cadeiras, redes, restaurante, mas realmente o poço estava uma prainha. Pior que a do paraíso. Uma pena porque o lugar era lindo.

O engraçado é que não deixavam tirar fotos!

Voltamos ao carro e andamos mais um trecho de estrada um pouco pior, até um portão trancado, perto de árvores bem grandes. Entramos e estacionamos lá, já que a trilha ia começar.

Parece que não são muitos os guias que gostam de fazer essa trilha porque a consideram longa e sob o sol.
Paisagem da Trilha



Nós estávamos amando. O local tinha bons trechos de sombra. A hora que estávamos lá era perfeito, perto de 8:30hs. Tinha alguns trechos de areia, mas nada muito longo. 
A paisagem é bem cerrado e o Vagner ia explicando várias plantas do local. Às vezes passavam araras Canindé e Vermelha, não demos a sorte de vermos a Azul (que lá é chamada de preta, já que olhando de baixo, quando ela está voando, parece escura rs).

Além disso vimos papagaios, maritacas, pássaros pretos, Anús entre outros. Só não vimos nenhum animal, a não ser as vacas de criação do dono do local.

Depois de uns 45min de caminhada chegamos no poço. Ele é todo sombreado e muito lindo. Profundo e com correnteza, mas logo depois tem um ponto bem razinho.


Poço Azul e Detalhe da Serra Acima


Nossa, lá aproveitamos. Pulamos do galho da árvore ao lado. Nadamos. Nós refrescamos. Curtimos muito mesmo! Quem inaugurou o poço foi o Lindomar, subindo comuita agilidade no tronco da árvore e pulando rs.

Depois o Vagner explicou bastante sobre a região, pessoas que tentam se apossar de terras, outra ludibriam aqueles que não tem conhecimento.

Também contou que ele já foi secretário do Meio Ambiente e Turismo da cidade, que já chegou a ajudar expedições de mapeamento das grutas, e que inclusive fez parecia com Universidades Federais para o estudo dos fósseis encontrados na cidade. Ou seja, extremamente engajado no turismo e ecologia locais.

Essas conversas são muito interessantes para aprendermos mais sobre nosso país.

Depois de bastante conversa entramos novamente na água para um banho antes da volta. E não é que no meio do banho o Fê solta um: Aí, caramba! e começa a empurrar a Cris pra ela sair de lá. Era a sucuri que resolveu fazer presença e tinha passado quase encostando na nossa perna!

Como estávamos no fundo, ainda tivemos que dar uma nadadinha pra sair, rs. Ainda bem que ela não é venenosa e nem estava muito brava!

Ficamos na margem tentando tirar fotos ou filmar, mas ela se escondeu.

Foi a deixa pra voltarmos. O retorno já estava mais quente, mas como estávamos molhados, não foi tão penoso. Foi uma trilha muito legal!

De lá íamos descidir onde comer. Primeiro iríamos no Pequizeiro devolver as chaves. De lá o Vagner ia ver se o restaurante da cidade estaria aberto, se não tivesse comeriamos no Cantinho do Sonho.

Nada de resposta no restaurante, então fomos no Cantinho do Sonho almoçar. O Vagner explicou que a cidade realmente carece de desenvolver uma estrutura melhor ao turismo. Os restaurantes fecham sem planejamento. Pousadas não tem recepção, como a Agenda 21. 

Chegamos no Cantinho do Sonho e lembramos o que a dona da Pousada Casa Flor tinha comentado, que ia ter Cavalgada e iriam almoçar lá. E não é que estavam todos os cavaleiros e amazonas lá? 

Pelo menos tinha um self service por R$35,00, que era o almoço do pessoal. O Vagner nós encaixou lá e comemos a guarnição de sempre, mas as carnes estavam um pouco mais gordurosas, sendo galinha caipira, costela ou carne de panela.

Comemos em uma mesa pertinho do rio. Bem legal! Mas não cogitamos entrar. 

Depois do almoço fomos para a cidade para pegar capacetes na casa do Vagner, para a visita à Gruta Caldeirões.

Com os EPIs em mãos fomos rumo à gruta. A estrada era a mesma complicação de sempre. O interessante é que pra caverna não tinha nenhuma porteira trancada. Estacionamos em frente uma placa do IPHAN. Nenhuma fiscalização por lá. 







Detalhes das Formações na Caverna, Pinturas Rupestres e Pixações

Andamos por uma trilha bem curtinha e chegamos em um rio. Era bem raso, mas nem o Vagner e nem o Lindomar queriam molhar o tênis. Nós estávamos de papete/sapatilha, então seguimos pelo leito mesmo. Eles foram pulando pedra.

Chegando lá, vimos a boca da gruta, enorme. Muito bacana. Logo na entrada já tem vários espelhotemas. Alguns bem antigos e bem pisoteados, outros vários ainda em formação e com brilho. 

A visita seca é bem curta, mas a gruta tem muita coisa pra ver. Tinha infelizmente muitos sinais de depredação e até pixações. 

Na volta ele mostrou no teto várias pinturas rupestres. Infelizmente várias com pixações por cima. Uma pena mesmo. Um acervo riquíssimo abandonado!

Também vimos vários morcegos, que estavam um pouco incomodados com nossa presença, mas tentamos não atrapalhá-los.

No ponto final é possível ver outra entrada, que é por onde o rio entra. Se pudéssemos entrar na água, teriam mais 500m de caverna para visitar. Não sabemos se não pode ir ou se precisa agendar melhor e com mais antecedência com o Vagner. De qualquer forma foi muito legal mesmo a visita.

Saindo da cachoeira descemos uma trilha para um banho de cachoeira.

Foi uma surpresa boa. A cachoeira é bem pequena mas a água estava bem boa. O que notamos é que como tudo na região é calcário, as águas podem até ser bem transparente, mas ressecam bem a pele!
Cachoeira Logo na Saída da Gruta


Como lá não tem porteiras, tinha bastante lixo. Inclusive na gruta achamos até preservativo usado.

Curtimos um pouco e fomos embora. No retorno tinha que atravessar o rio novamente. O Lindomar foi pulando pedra de novo, mas o Vagner não deu tanta sorte e acabou caindo na água, coitado!


Voltamos para a cidade, deixar o Vagner e seguimos rumo a Dianópolis, já que era meio caminho do próximo dia, o seu Davi em Almas.

O Lindomar nos deixou na Pousada Mosaico de sempre, rs, e foi para Rio da Conceição.

A tarde não foi legal. A Cris passou mal, provavelmente por causa do almoço. Usamos os remédios que trouxemos, o soro principalmente. Nem jantamos nessa noite. O bom é que a Cris foi melhorando e conseguiu dormir. 



Dia 5 - Almas: Vale dos Pássaros (seu Davi) - Cachoeiras Urubu-Rei e Cortina e Ancoragem 

Acordamos cedinho, principalmente para avaliar a situacao da Cris. Aparentemente ela estava melhor.

Aproveitamos que o café era cedinho e descemos pra ver se ela ia conseguir comer. Deu tudo certo! Então terminamos de arrumar as coisas e ficamos esperando o Lindomar chegar.

Eram 7hs e já estávamos seguindo ruma a Almas, mas as atrações eram antes, bem afastadas da cidade.

Depois de quase 2hs chegamos na Pousada Cantinho do Paraiso, basicamente para confirmar que estava tudo certo com nossa reserva. Conhecemos os proprietários, a Dona Laura e o seu Creumar. Muito simpáticos! Eles só não mostraram nosso quarto porque tinham dois casais saindo e estavam arrumando as coisas. Mas eles eram bem simpáticos e deixaram a gente ver o famoso quarto de camas suspensas por cordas, rs.

Já deu pra ver que a Pousada era bem simples, mas tudo bem arrumado.

De lá fomos para o seu Davi, cuja propriedade ele chamou de Vale dos Pássaros. 

No caminho o Lindomar parou o carro e nos mostrou o topo da cachoeira do Urubu-Rei! Que altura!!! Era legal demais. Lembrou a cachoeira da Fumaça, na Chapada Diamantina, mas chegando de carro rs.

Andamos mais um pouco e estacionamos o carro em um estacionamento para carros que não são 4x4, pois para cehgar pertinho só 4x4.

Descemos uma trilhazinha, trazendo algumas compras para eles. Isso porque sempre que um guia vai ao local, eles conversam com o seu Davi e a Dona Antônia para ver se precisam de alguma coisa. Dessa forma eles não precisam descer na cidade para fazer compras, já que sempre tem guia chegando. Legal demais mesmo!!!!

Lá chegando o próprio veio nos receber, junto de sua esposa, a Dona Antônia. São pessoas extremamente simpáticas e amistosas. E impressionante mesmo. O seu Davi é uma figura. Com 78 anos ele estava terminando de estudar inglês via um app de celular. Estuda todo dia. 

O lugar as pessoas chamariam de rústico, mas é muito mais que isso. É tudo feito com madeirad locais, tudo focado em ser sustentável e com uma simplicidade que remetem a uma vida mais verdadeira e feliz. É até difícil de explicar, talvez só estando lá. O chão é de terra batida, e as paredes de madeira. Mas tudo transmite aconchego e paz.

Conversamos um tempinho com o seu Davi, que nos deu café e um bolo! Também falamos com a Patrícia, que iria fazer nossa ancoragem!!!

Saímos de lá rumo às cachoeiras com sorriso no rosto, ainda mais que o seu Davi nos acompanhou até o começo da trilha.

A trilha é muito gostosa. Toda sob a sombra de árvores. Vale a pena pegar um cajado porque tem algumas dúvidas e descidas, mas nada demais. Depois de uns 20 minutinhos chegamos em uma bifurcação e seguimos primeiro para a Cachoeira Urubu-Rei. Foi mais uns 15 minutos e estávamos lá. Haviam pequenos trechos de sol, mas nada demais. O Lindomar ensinou a olhar o sentido dos fios do capim na trilha para saber em qual sentido estava a última pessoa que por ali passou. Isso ajudava a saber se teria gente ou não na cachoeira. Legal né?

Cachoeira do Urubu-Rei




A cachoeira é enorme. 80 metros de queda! Ela fica fechada aos lados e rodeada de vegetação. É linda!!!

A Cris ainda estava um pouco indisposta e preferiu ficar admirando. Já o Fê foi conhecer ela "por dentro". A água era bem gelada, mas estava muito bacana. Próximo da queda há muitos respingos que, dependendo do vento, atrapalham até para enxergar. Só dá pra tomar o jato indireto da cachoeira porque a fluxo principal é muito forte!

Mas foi uma delícia. Ainda apreciamos bastante antes de voltarmos!

Voltamos pela mesma trilha até a bifurcação e agora seguimos para a Cachoeira da Cortina. A trilha era mais na sombra que a da Urubu-Rei. Encontramos com um ajudante do seu Davi no caminho. É bem legal como eles mantém as trilhas bem.

Chegamos e já notamos que o poço da Cachoeira da Cortina era bem maior, mesmo que a cachoeira fosse menor um pouco. Ele é bem mais gostoso pra nadar, e é bem gostoso entrar embaixo da água que vai dela, já que tem uma quebra antes. E era nessa cachoeira que faríamos a ancoragem!!!
Cachoeira da Cortina

É muito legal o visual dela, com o paredão e plantas por trás da queda! Curtimos um bom tempo ela!

Voltamos felizes e até a trilha pareceu menor rs. O Lindomar aí da mostrou o que chamam de carreteras, que é a trilha que alguns bichos fazem. Ele explicou que tem bichos, como os tatus, que passam sempre pelos mesmos caminhos, desde que nós não passemos as mãos nessas trilhas. 

Chegamos rapidinho no seu Davi, onde iríamos almoçar. O almoço tinha acabado de ficar pronto e que coisa legal, o seu Davi nos chamou para a cozinha para todos participarmos de uma breve oração de graças! Lindo mesmo! Ele e a Dona Antônia fazem uma oração linda.

O almoço estava maravilhoso. A guarnição é sempre a mesma, mas tinha galinha caipira, carne de panela, mas com uma carinha muito boa!

Depois do almoço, aí sim conversamos um tempão com o seu Davi. Ele mostrou muita coisa e contou outras. Lá tem um aquecedor de água feito com garrafas PET. Tem uma fossa verde com círculo de bananeiras plantada em cima, que não exige manutenção e não polui. Tem água por gravidade. Placas solares com batería para não depender da rede elétrica (eles estão ligados na rede, mas tentam não usar). Enfim, um lugar realmente auto suficiente!!!!

Ele ainda mostrou a coleção de livros lidos. Varias biografías e obras de ciências humanas!!! Realmente estávamos de frente a uma pessoa ímpar, muito mais evoluída que nós todos. Ele foi o primeiro a se preocupar com a preservação em toda região. Pioneiro em eco turismo por lá.
Ah, e ele fez rapel na cachoeira Urubu-Rei no ano anterior. Quando jovem viajou vários estados do nordeste, onde encontrou a Dona Antônia no Maranhão.









Fotos do Casal Seu Davi e Dona Antônia, Detalhes dos Quartos, Acervo de Livros e Cadeira do Seu Davi

Nossa, nem vimos o tempo passar... Ainda caminhamos um pouco por lá, fomos em uma prainha onde colocaram até um banco na agua. E chegou a hora da ancoragem com a Patrícia. Demos tchau para o Seu Davi, a Dona Antônia. Agradecemos por tudo.

A Patrícia é Argentina, mas roda a América do Sul de bicicleta. Sozinha!!! Ela costuma ir da Argentina até a Colômbia, passando temporadas em cada país que passa trabalhando como guia. Ela estava passando uma temporada no seu Davi fazendo esses trabalhos de ancoragem e rapel.

Para ir ao ponto vamos de carro até um trecho da estrada e depois pegamos uma trilha. Chegando no topo da cachoeira o Lindomar nos levou para alguns mirantes, enquanto a Patrícia arrumava tudo. Uma das coisas que ela faz é varrer as pedras da beira da cachoeira para tirar o limo.

Dos mirantes tínhamos várias visões da cacoeira e dos entornos. O mais engraçado era olhar a Patrícia varrendo a cachoeira. Parecia uma louca tentando secar com rodinho rs.

Bom, chagada a hora. A Cris que estava mais apreensiva foi a primeira. A Patrícia levou ela de mãos dadas até a beiradinha. Lá ela se soltou: foi foto deitada, sentada, de todo jeito.

Depois foi o Fê e nós dois juntos. A sensação é de muita segurança. Vale muito a pena. A vista lá do topo é magnífica!!! Ficamos um tempão admirando!!!
A Patrícia faz fotos maravilhosas!!!!



Imagens dos Mirantes da Cachoeira da Cortina e Detalhes da Ancoragem

Que legal essa atração! Gostamos demais mesmo.
Demos tchau para a Patrícia, já que ela ia ficar lá esperando outro grupo, e fomos direto para o Arco do Sol para ver o Pôr do Sol. Não tem ninguém por perto e a estrada tem muita areia, e quase o Nissan Kicks não chegava perto, mas o Lindomar conseguiu fazer ele chegar lá.

É um lugar lindo, mais ainda que a Pedra Furada (pelo menos nós achamos), não só pela formação em si, mas pela música das maritacas (e às vezes araras).



Detalhes da Formação Arco do Sol

Som dos Pássaros no Arco do Sol

Curtimos bastante o local, a paisagem, os sons e seguimos para a Pousada Cantinho do Paraíso.

Foi o tempo de tomar banho (lá tinha só nosso quarto e mais um com água quente) e já fomos jantar. Comida de sempre, bem feita e gostosa.


Detalhes do Quarto do Cantinho do Paraíso


Ainda curtimos o céu todo estrelado, até que ouvimos alguns barulhos de animal que, por causa das histórias de onça do Lindomar, achamos melhor voltar. Ainda o Fê teve a chance de comer uma mangaba madurinha! Lá tinha uma plantação delas.

Tudo certo fomos dormir!



Dia 6 - Almas: Cânion Encantado, Cachoeira dos Pelados e Cidade de Pedra


Na manhã seguinte foi o Fê quem não estava bem. Não tão mal como a Cris, pelo menos, talvez uma insolação.

Arrumamos as coisas e tomamos uma café rapidinho às 7hs, pois o Lindomar queria chegar antes das 8hs no Cânion Encantado, já que segundo ele era melhor que as 9hs.

O café foi mais simples, talvez porque o pessoal teve que adiantar pra gente. Tinha tapioca sem recheio, margarina, mamão e café com leite.

Pegamos as coisas e fomos até o Cânion. Chegamos 7:45hs e conseguimos ir às 8hs. Tivemos que por peneira e capacete e assistir a um vídeo com informações sobre o passeio. Também nos mostraram que dois pontos da visitação estavam interditados: a trilha aquática por dentro do Cânion e um trecho embaixo da Cachoeira do Elias. Uma pena.

A até o Cânion é quase toda sob o sol, com parada em um mirante, de onde se vê a cachoeira do Elias e uma na entrada do Cânion. Muito legal as maritacas por lá!
Detalhe do Guarda Corpo com Imagens de Gavião para que Pássaros não Choquem no Vidro

Cocheira do Elias visto do Mirante


O Lindomar estava avançando na trilha bem rápido, até que a Cris chegou a perguntar se ele estava com pressa ou era o andar dele mesmo. Isso porque ela notou que o Fê não estava bem.

O maior problema é que ele tinha dito que se um não faz a atração, ninguém fica pra trás, todos deixam de fazer. Então, seguimos assim.

A trilha é puxada, tanto por ter subidas e desciadas (mais subidas na volta), quanto pelo sol que fica sobre a cabeça quase todo o tempo. Depois de 45 minutos chegamos na Cachoeira do Elias. A vista lá era fantástica, e uma pena mesmo que não se podia chgar perto da cachoeira.




Trechos da Trilha já na Descida


Ficamos admirando um bom tempo até que continuamos a trilha da entrada do Cânion. Infelizmente só se podia fazer a parte seca, já que o resto estava interditado. Mas ao menos deu para apreciar bem o local. Ficamo ainda um bom tempo lá embaixo apreciando tudo. Tem uma placa indicando os horários para cada parte da trilha, e estávamos bem adiantado. Ainda assim o Lindomar nos chamou para voltar.
Cachoeira do Elias

Tabela de Horários para Cada ponto da Atração

Entrada do Cânion

Ponto Máximo que Chegamos na Trilha Seca


Arco Íris na Queda d'Água


No caminho de volta ainda cruzamos com outras pessoas que iniciaram a trilha um período depois. Achávamos que só teria a gente lá naquele dia. Como era bem cedo decidimos pegar a trilha dos mirantes, que o Lindomar falou que teriam dois mirantes ainda para visitar.
Pequenas Recompensas na Trilha


Para chegar lá basta pegar um desvio, uns 400m perto da recepção e andar até um portãozinho, que estava fechado. Nós atravessamos pelo arame farpado, mas a continuação era por outro portãozinho trancado. Decidimos voltar mesmo na recepção. O responsável por lá falou pra gente que era bem cedo, e falou pra irmos aos mirantes. Quando falamos que estava fechado, ele falou que era só ter pegado as chaves rs. Elas ficavam em um cajado.

Seguimos para os mirantes e ao menos tivemos uma bela vista da cachoeira que fica no final do Cânion, que não pudemos visitar. Eram lindos os mirantes!
Cachoeira do Fundo do Cânion (que estava interditada)

Vista das Quedas da Entrada do Cânion


Voltamos e almoçamos. A comida lá, no sistema self service, estava maravilhosa! Realmente lembrava a pousada dos mesmos donos que ficamos em Ponte Alta.

Alimentados, descansamos 1 hora e fomos para a Cidade de Pedra e a cachoeira dos Pelados. A trilha é toda sob o sol e uma parte boa em areia fofa, então não rende muito. Mas depois de pouco menos de 1 hora chegamos na cachoeira (deixamos para ver a cidade de pedras na volta). Foi um alívio entrar nas águas geladas dela. O visual é bem legal, tendo uma queda principal e um platô no lado. Legal demais mesmo. Como o Fê não estava muito bom, foi a vez da Cris explorar.

Cachoeira dos Pelados


Equipamentos de Segurança e Horários Novamente


Quando saímos, um casal que tínhamos cruzado na volta do Cânion tinha acabado de chegar. O guia deles era extremamente simpático. Quando nos viu tentando limpar os pés para calçar as meias e sapatos, ele foi até a água e pegou um pouco com a ajuda de um saco plástico e nos entregou. Foi legal demais a ajuda!! Agradecemos demais a ajuda e seguimos para a Cidade de Pedras. Tem um mirante que é basicamente subir em umas pedras demarcadas, mas dá pra ver uma linda vista lá de cima.


Panorâmicas na Cidade de Pedras


Admiramos a vista um pouco e voltamos rumo à recepção. Lá ainda conversamos com um dos funcionários, que disse amar trabalhar lá. Que tudo é feito pensando em segurança e na sustentabilidade. Legal demais.

E foi assim que acabou essa parte da viagem. Entramos no carro e seguimos 2hs até Palmas, onde nos despedimos do Lindomar e voltamos ao velho e bom Ibis para, finalmente, descansar sem hora para acordar rs. De jantar, optamos só pelos misto quente do próprio Ibis! Nem sair estávamos com vontade.




Dia 7 - Palmas: Praia da Graciosa e Ilha da Canela


Pela primeira vez desde que começamos nossa viagem conseguimos fazer algo fantástico: acordamos sem alarmes!!! Precisávamos desse descanço depois de tantas emoçoes rs.

Fomos tomar um café sem pressa, como sempre muito bom no Ibis, e voltamos ao quarto e planejamos nosso dia. Pensamos em ir na Praia da Graciosa, conhecer o local, e visitar a Ilha Canela. Saímos sem precisar carregar um monte de coisas e pegamos um Uber para a Praia da Graciosa (uma nota: Uber em Palmas funciona muito bem!).

Chegando lá vimos que não havia quase movimento algum na praia. A Praia da Graciosa é um lugar muito interessante. Essa ideia de praia de água doce é muito diferente. Havia bastante vegetação típica de lagos, mas ao mesmo tempo uma faixa de areia enorme, como uma praia... Além disso há vários quiosques e alguns restaurantes bem incrementados!

Ficamos só olhando e decidimos ir primeiro na Ilha Canela, curtir lá e depois voltar para a praia. Fomos perguntar para um varredor de onde saiam os barcos para a ilha. Eles citam uns "Flutuantes" para indicar de onde saem os barcos. Basicamente fica próximo da ponte, do lado esquerdo no sentido saindo de Palmas. Os Flutuantes são embarcações grandes, com mesas e cadeiras, que provavelmente fazem passeios, assim como nas prais. Como era uma 4a. feira, estava tudo vazio. O varredor tinha um sotaque bem sulista, e perguntamos de onde ele era. Ele era de Santa Catarina, perto de Chapecó... ele falou que fazia 17 anos que ele tinha trocado o frio do sul pelo calor de Palmas, e estava muito feliz!!! Só esse Brasil para ter clima para todos os gostos.
Flutuantes


No caminho para os barcos, vimos um restaurante que pareceu bem interessante, o Rosa Madalena. Fechamos de comer lá na volta.

Fomos aos barqueiros e tivemos uma surpresa triste. O valor da travessia era de R$ 50,00 por pessoa. Tínhamos lido R$30,00... Pelo menos passa uma confiança no trabalho porque você paga diretamente no quiosque da ilha, e não ao barqueiro.

Como era pouco movimento, o barqueiro explicou que quando fechamos com ele que queremos ir, ele ainda espera 15 minutos cronometrados para ver se chega mais gente, e daí ele sai. O mesmo acontece na volta.Ao pedir pra voltar, o barqueiro da vez vai esperar 15 minutos.

Realmente chegaram duas famílias, e encheu o barco! O trajeto é bem curtinho, coisa de 5 - 10 minutos. A ilha é muito linda. Ela tem toda a proteçao de telas, assim como na Praia da Graciosa, contra piranhas e arraias. A proteção da ilha e pequenininha, formando uma piscina mesmo nos entornos dos dois quiosques/restaurantes que existem lá.
A ilha em si é pequena, mas estava bem vazia! Só tinha um quiosque funcionando, e com som alto. Como já tínhamos ouvido o suficiente das músicas que ali tocavam, em toda viagem das Serras Gerais, preferimos ir em uma mesa do quiosque fechado... E estava uma delícia! Só o som da água indo e vindo... algumas poucas embarcações passavam e formavam ondas mais fortes, mas que eram finitas... acabavam depois de pouco tempo... Vimos peixinhos na água extremamente transparante do rio Tocantins.





Finalmente Descanço











Únicas Ondas do Local - Quando um Barco Passava


O banho é um pouco prejudicado, já que a área protegida é muito rasa (até os joelhos no máximo) e só perto das telas, em alguns pontos, que dá pra afundar até o tórax. O bom mesmo é ficar lá curtindo o tempo, a paisagem... Em alguns momentos passava um jet ski para tirar a paz, mas só isso... estava demais.

Ficamos umas 3 ou 4 horas, até que decidimos voltar para almoçar (já eram quase 17hs). Voltamos com o mesmo barqueiro, que preferiu nem esperar os 15 minutos, já que ele viu que ninguém ia levantar para ir embora como nós.

Chegamos na Graciosa e fomos no Rosa Madalena...E lá começou uma novela... Primeiro tivemos que pegar uma mesa perto do sol, porque estavam lixando uma parte do restaurante e tinha voado pó pra todo lado... Fizemos o nosso pedido, um peixe assado que estávamos sonhando em provar há tempos! Ia demorar pelo menos 40 minutos....

Ficamos lá conversando... até que um gaçom me liga o som do salão no último volume... daí começamos a ver que o lugar era bem sem noção mesmo... já deveríamos ter visto isso com a lixação com o restaurante funcionando...Decidimos mudar de mesa para outro salão, pois nem dava pra conversar... no outro salão ainda mudamos de mesa porque começou a vir um cheiro fortíssimo de verniz... sim, escolheram envernizar com o restaurante aberto...

Passados 50 minutos fomos perguntar o status do prato e aí veio a deixa final: NÃO TINHAM NEM COMEÇADO A PREPARAR!!! Ainda bem que o Fê voltou a ver com a atendente depois que ele perguntou, porque ela ia simplesmente pedir para começarem a preparar... um prato de 40 minutos!! E nem ia nos avisar!!! Obviamente pagamos a conta e saímos... Depois vimos que o restaurante mudou de nome recentemente, talvez pelo já desgastado atendimento que tinham, ou não tinham...

Bom, voltamos ao hotel e nos preparamos para jantar no velho de bom Cabana do Lago. Fizemos a ideia que o garçon que tinha nos atendido antes deu: ligar para pedir o pranto com antecedência, mas infelizmente não tinham o Tucunaré no tamanho para duas pessoas, então pedimos a Carne de Sol. Estava muito boa...cheia de ótimos acompanhamentos! O gaçon de sempre nos atendeu e deu outra ideia: ligar perto de 11hs no dia seguinte porque daí a responsável da cozinha já vai ter ido dentro da câmara fria e checado de fato o estoque!

Bom, voltamos felizes com a Cabana novamente, rs, e planejamos um pouco o dia seguinte antes de dormir.



Dia 8 e 9 - Palmas: Praça dos Girassois e Fim da Viagem


Novamente acordamos no horário que o corpo quis! Agora sim estávamos de férias rs. Tomamos o café ótimo do Ibis e nos preparamos para o dia, que seria: Praça dos Girassois. Teríamos que ficar fora até o final do dia, porque descobirmos que o Hotel ia ficar sem energia elétrica no período da tarde.

Essa praça contém uma grande quantidade de coisas para se visitar, então tomaria um bom tempo de visitação. Pegamos um Uber e fomos direto na entrada da sede do Governo Estadual do Tocantins. O motorista, muito gente boa, ainda tentou nos deixar bem na frente, mas não deixaram ele entrar rs. Ele era de Uberlândia, e além de motorista, também era corretor imobiliário de fazendas. E contou a quantidade de terra que tem a venda, e como eram bem abaixo do valor de outros mercados... Ele estava feliz lá, mas sentia falta da comida mineira... quem não sentiria rs.

Fomos ligeiros no Palácio Araguaia (sede do Governo do Estado) pois tínhamos visto que fecharia para visitação às 11hs, e eram 10:30hs já. O prédio é lindo, já de fora você fica impressionado pela quantidade de detalhes que havia na fachada. Do lado de dentro há dois murais lindíssimos que contam a história da região. Entramos e fomos perguntar na segurança como funcionava a visitação.

Para nossa alegria, descobrimos que há uma visita guiada, gratuita. Chamaram uma funcionária do governo que foi nossa guia nesse tour. Ela nos contou que isso era uma iniciativa do governo atual, então tinha começado há pouco tempo essa visita guida. Que sorte a nossa!!!



Frente do Palácio Araguaia


Ela começa explicando sobre os murais, criados nos anos 2000 por um artista de Bragança Paulista, que retrata desde a época colonial, até a criação do estado do Tocantins, mostrando figuras ilustres que atuaram em prol dessa região. O interessante é que há retratos também dos conflitos e matanças, ou seja, nada é eufemizado não!



Painéis na Entrada do Palácio


Depois dos murais, nos foi mostrado o real centro geodésico, que fica dentro do Palácio. Ele representa o exato "centro" do Brasil. Um ponto equidistante entre Norte-Sul, e Leste-Oeste. 

Centro Geodésico do Brasil

Daí seguimos ainda para o andar superior, passando por vitrais lindos, do mesmo artista. Logo depois tinha um pequeno espaço com artesanato de todas as etnias indígenas do Tocantins, além de algumas fotos. A guia nos contou que no dia anterior eles tinham recebido um grupo de crianças de uma das tribos, e uma menina começou a chorar ao ver as fotos. Quando a guia perguntou, a criança falou que numa das fotos estava o pai dela segurando o irmaozinho. Ela estava emocionada de ver a foto do pai nesse lugar tão importante :-)




Vitrais com Passagens Bíblicas mas Usando Elementos Locais

Itens Representando todas as Etnias do Tocantins


Entramos em uma Sala que tem toda a vista da frente do Palácio, de onde se pode ver o quão planejado é Palmas, já que as avenidas principais passam alinhadas perfeitamente com a sede do governo.


Todos os Governadores do Tocantins

Maquete da Praça dos Girassóis Antes da Construção (há algumas diferenças)


Avenidas perfeitamente alinhada com o meio do palácio

E assim acaba a visita, com essas explicações e visões bem legais da capital. Gostamos demais mesmo. Saímos e começamos a explorar, debaixo do sol de 12hs, as demais atrações da praça. Fomos primeiro no centro geodésico "falso", que era um monumento à bíblia.
Centro Geodésico Alegórico (o centro fica no centro do palácio)

Depois seguimos para o monumento da "Súplica dos Pioneiros", que saúda os primeiros que se sacrificaram na tentativa de criar o estado do Tocantins.
Monumento da Súplica dos Pioneiros

Depois seguimos para o cruzeiro, onde existe a pedra fundamental da construção de Palmas e onde foi celebrada a primeira missa.



Cruzeiro acima e Pedra Fundamental



Depois seguimos para um relógio do sol, que é uma armação metálica e várias pinturas no chão, mostrando as correções em relação aos meses do ano (ao deslocamento do sol).
Estrutura à Esquerda e na Calçada é Possível ver as Linhas para Cada Mês


Em seguida fomos ao monumento em homenagem aos 18 do Forte de Copacabana. Há muitas homenagens aos movimentos que visavam acabar com a República Velha (Café com Leite):

Monumento dos 18 do Forte

E por fim seguimos ao prédio em homenagem a Carlos Prestes que continha fotos de quando a Coluna Prestes passou pela região que hoje fica no Tocantins. O melhor de lá é que tem Ar Condicionado (na parte de baixo, que é um anfiteatro). Dentro do museu há vários comentários de como a Coluna Prestes foi importante para acabar com a República Velha.

Memorial Coluna Prestes


Um lugar que não se visita é onde deveria ter sido criado a Igreja Ecumênica, mas que, de alguma forma (a guia não soube explicar, apenas citou algum processo judicial), foi entregue à Igreja Católica, mas ainda está em construção. Fizeram somente um pequeno anexo onde celebram missas.
Igreja em Construção (ao fundo ) e Anexo


Antes de irmos embora, ainda passamos pela Fonte de Água. Um lugar bem bonitinho para apreciar, mas o calor nos mandou embora para o Shopping da cidade, onde almoçamos e curtimos o ar condicionado até umas 17hs, quando tínhamos certeza que a energia elétrica do hotel estaria reestabelecida.


Fonte de Água

Jantamos no Restaurante Tabu, pois vimos no google que teria Tucunaré assado. Mas quando chegamos lá o garçon explicou que eles tinham surubim no espeto assado. Pedimos e não nos arrependemos, era muito bom mesmo!

Voltamos para o Hotel para nossa última noite no Tocantins e arrumamos a mala pela última vez nessa viagem. Já estávamos craque!!!

No dia seguinte tomamos café tranquilos e partimos de volta para casa. Foi facinho pegar um Uber para o aeroporto.

E assim acabou nossa aventura pelo Tocantins... Um lugar muito lindo e que ainda vai ter, com certeza, muito crescimento no turismo, já que tem atrações maravilhosas.

Última Vista do Rio Tocantins



Essa é uma narrativa em duas partes. Use os links abaixo para navegar nas partes:




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